Eles trabalham para que seu candidato chegue colado ou ligeiramente na frente para a disputa seguinte

Os analistas políticos do MDB afirmam que o fato de Maguito Vilela, candidato do partido a prefeito de Goiânia, não ter aparecido com destaque na pesquisa Serpes — está empatado em segundo lugar, ao lado de Adriana Accorsi, do PT, e atrás de Vanderlan Cardoso, do PSD—, pode ser menos prejudicial do que parece.

Na avaliação dos emedebistas, a tendência é que aquele que sai em primeiro agora, com relativa vantagem, se estabilize ou até caia (os que começam liderando têm de lutar para permanecer na liderança). Eles sugerem que, com a campanha e a exposição dos candidatos, pode ser que parte dos eleitores mude de ideia ou então que os indecisos acabem por, pouco a pouco, definir seus postulantes.

Se o primeiro estabilizar ou cair, e se o segundo começar a subir, a expectativa de poder muda de configuração, criando a possibilidade de uma virada eleitoral. Portanto, os emedebistas vão trabalhar para que Maguito Vilela cresça de maneira paulatina.

Maguito Vilela: candidato a prefeito de Goiânia pelo MDB | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O que os emedebistas não querem é ir para o segundo muito atrás do primeiro colocado, possivelmente Vanderlan Cardoso. Por isso, vão trabalhar — já estão trabalhando, Maguito Vilela está visitando os bairros em cima de veículos, se apresentando — para que seu candidato chegue colado ou ligeiramente na frente para a disputa seguinte. Se for em segundo, mas muito atrás, a expectativa de poder continuará com o postulante do PSD e poderá ser incontornável.

Avalia-se também que a candidata do PT, Adriana Accorsi, no momento bem avaliada — tanto que está empatada com Maguito Vilela, em segundo lugar —, tem teto, entre 13% e 16%. Para saber se procede o que se está sugerindo é preciso verificar as próximas pesquisas. Os emedebistas postulam que Maguito Vilela, da segunda para a terceira pesquisa, tende a “subir” — dados seu nome ser bem avaliado como gestor, a partir do que fez em Aparecida de Goiânia, e à estrutura do MDB e de seus aliados (por exemplo: vereadores experimentados, como Romário Policarpo e Anselmo Pereira, estão na campanha de Maguito Vilela).

Comenta-se, sobretudo nos bastidores e com certo mau humor, que o fato de Iris Rezende não ter declarado que apoiará a candidatura de Maguito Vilela é uma barreira ao seu crescimento. Pode ser. Mas há um outro fator que, segundo pesquisas, poderá favorecer o postulante emedebista — o apoio do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que é conhecido na capital e bem avaliado pelo eleitorado goianiense, que o percebe como moderno. Iris Rezende tem mais peso, mas acredita-se que, somados, Maguito Vilela e Gustavo Mendanha, além do apoio de parte do eleitorado evangélico — por causa da aliança com o deputado federal João Campos, da Assembleia de Deus, com o vereador Rogério Cruz (o candidato a vice-prefeito), da Igreja Universal, e com Agenor Mariano (irista que assumiu a coordenação geral da campanha), da Videira, o MDB terá força na disputa.