Doutor pela UFG e escritor, Nilson Jaime é cotado para a Secretaria de Cultura do governo de Goiás

02 fevereiro 2021 às 19h12

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Além de ser do ramo da cultura, Nilson Jaime é um executivo organizado e criativo, sobretudo um realizador
A permanência de Ernesto Roller na Secretaria de Governo sugere que o secretário de Cultura será escolhido dentro de duas possibilidades.
Primeiro, a indicação política. Num momento de transição, quando o governo tende a ser mais político, dada a proximidade das eleições de 2022, os secretários, ainda que tenham de ser técnicos, tendem a ser indicados politicamente. Tanto que a Cultura era “cota” do ex-ministro Alexandre Baldy, ou do partido Progressistas, do qual é presidente.

Chegou-se a comentar que a deputada Magda Mofatto teria interesse na cultura, assim como no turismo. Mas a conversa não foi adiante. O PP pode manter o cargo? Não se sabe. Mas permanece na base do governador Ronaldo Caiado, do partido Democratas.
Há quem aposte também numa possível indicação de Cristina Lopes, a ex-vereadora que disputou a Prefeitura de Goiânia pelo PL.
A segunda possibilidade é de uma indicação da área cultural. O governo chegou a fazer sondagens e a lista de indicáveis é imensa, com pelo menos dez nomes. No momento, quem está na pole position, chamado pelos apoiadores de “Lewis Hamilton da cultura”, é o escritor e cientista Nilson Jaime.
Nilson Jaime é doutor pela UFG, foi professor da universidade, é escritor, crítico literário (seu trabalho aproxima-se do jornalismo científico) e é, acima de tudo, um gestor, um executivo, um organizador. No momento, se impôs uma tarefa, ao lado de Bento Fleury, o grande pesquisador: divulgar de maneira adequada a obra de Bernardo Élis, o único goiano a que se tornou membro da Academia Brasileira de Letras.
Quem conhece Nilson Jaime sempre diz a mesma coisa: é um realizador. Tudo que pega pra fazer leva até o fim, e de maneira competente. Não é um burocrata. É um indivíduo criativo, que se interessa por todas as artes (escreveu críticas notáveis sobre a música de Chico Buarque, por exemplo). Não é dogmático. Pelo contrário, é um criador aberto às várias tendências.
A cultura ganharia muito com a indicação de Nilson Jaime, um intelectual que, pessoalmente simples, é altamente sofisticado. É um autêntico polímata.
Como cientista, leu um livro da jornalista Maju Coutinho e apontou os acertos e também os problemas. A apresentadora da Globo entrou em contato e agradeceu.