Mesmo se não for eleito, a postulação do tucano pode fortalecer a candidatura tanto de Lêda Borges quanto de Helio de Sousa

Lêda Borges, Helio de Sousa (perguntado pelo Jornal Opção: “Marconi Perillo vai mesmo a governador?”, respondeu: “Certeza”), Paulinho de Jesus, Afrêni Gonçalves, Jayme Rincón e Rodrigo Zani (pré-candidato a deputado estadual) garantem aos seus interlocutores: Marconi Perillo vai disputar o governo de Goiás na eleição do dia 2 de outubro. Trata-se de uma crônica de uma candidatura mais do que anunciada.

Perillo trabalhou, num primeiro momento, para ser candidato a senador na chapa do pré-candidato a governador pelo Patriota, Gustavo Mendanha. Chegou a forçar a barra. Mas esbarrou na força política do presidente do Patriota, o empresário e marqueteiro Jorcelino Braga, e do deputado federal Alcides “Cidinho” Rodrigues — que têm “verdadeira aversão” ao líder tucano. Depois, se aproximou de Lula da Silva e chegou a articular com o PT goiano. O PSB lançaria José Eliton para governador, com Wolmir Amado, do PT, na vice e Perillo para senador. No meio do caminho, a articulação fez água. E Perillo se afastou do PT.

Marconi Perillo: ex-governador de Goiás | Foto: Divulgação

Chegou-se a dizer que, isolado, Perillo não disputaria o governo e poderia ser candidato a senador e, mesmo, a deputado federal. Porém, no momento, houve uma mudança. Ele planeja disputar o governo de Goiás.

Jayme Rincón costuma dizer a aliados e a jornalistas que Perillo “está com sangue nos olhos”. Ao deputado federal Zacharias Calil, em Pirenópolis, o tucano foi explícito, ao afirmar que, como aprecia uma “guerra”, vai pleitear o governo do Estado.

Comenta-se, entre os tucanos, que a candidatura de Perillo vai fortalecer as chapas para deputado estadual e federal. Se ele não disputar o governo, optando pelo Senado, há uma aposta de que o PSDB fará no máximo um deputado federal — que pode ser Lêda Borges (apontada como favorita) ou Helio de Sousa. Porém, se for candidato e mesmo perdendo, a tendência é que o partido eleja dois parlamentares. Para deputado estadual, é a mesma coisa: se for ao governo pode “puxar” uma bancada maior. Se não for, acredita-se que ocorrerá uma derrota acachapante, como a de 2018.