
Jayme Rincón, Delegado Waldir, Vanderlan Cardoso e Iris Rezende: players de Goiânia | Fotos: Jornal Opção
A classe média, que pode decidir as eleições para prefeito de Goiânia, deve ser o objeto de desejo de todos os candidatos. Pesquisas sugerem — neste momento devem ser examinadas como menos afirmativas e, portanto, com reservas, principalmente porque alguns pré-candidatos (como o tucano Jayme Rincón) ainda são poucos conhecidos — que os eleitores mais pobres tendem a hipotecar apoio ao ex-prefeito Iris Rezende, do PMDB, e ao deputado federal Waldir Soares, do PSDB.
Resta, pois, a classe média, que, surpreendentemente, é maior do que tradicionalmente se pensa. É a maioria do eleitorado da capital. Portanto, a grande batalha será pela conquista de seu voto.
Ganhar o voto da classe média é uma missão difícil, até muito difícil. Trata-se do voto mais complicado de se obter. Porque a classe média é independente, questionadora e, em geral, não tem simpatia pelos políticos. Quando não pode escolher o melhor — porque avalia que isto é ficção —, faz opção por aquele que considera menos pior.
Para conquistar a classe média, o candidato tem de evitar truques e salamaleques populistas. É preciso mostrar ideias claras, não enganadoras e, notadamente, é preciso convencê-la que tem vontade e energia para levá-las do papel para a prática.
Entre o “político” e o “gestor”, a classe média escolhe o gestor. Mas quase sempre fica com o gestor que também pensa politicamente e apresenta-se de maneira ousada; sobretudo, se já esteve no poder, se sempre se comportou de maneira avançada e realizadora.
A classe média cobra o “novo”, aquilo que a surpreenda, mas observa e aprova basicamente aquele candidato que sinaliza que é gestor. Fundamentalmente, se percebe que o “novo” não aparece entre os candidatos, e se o “novo” não é visto como consistente, a opção imediata é pelo gestor. A classe média, mesmo na falta de um candidato que lhe agrade integralmente, tende a votar no candidato que não vai comprometer a cidade. Noutras palavras, quer a cidade limpa, os funcionários e fornecedores pagos em dia, obras concluídas e de valor para a coletividade — como o Crer e o Hospital de Urgências 2, o Hugol.
Aos pouco cautos, que acreditam que o marketing possa ludibriar a classe média, recomenda-se que repense seus conceitos ou preconceitos. A classe média é autônoma e, portanto, incontrolável. O marketing não faz sua cabeça. O que faz sua cabeça são ideias apresentadas da maneira mais objetiva possível. Se um candidato exagera, se promete uma Shangri-la, se fala de maneira estropiada, maltratando a Língua Portuguesa, a classe média o escorraçará de sua lista de preferidos e, rapidamente, o deixará de lado. Veja-se o caso específico do empresário Vanderlan Cardoso, pré-candidato do PSB a prefeito de Goiânia. A classe média o observa com atenção, mas sabe que os problemas de Senador Canedo, município que gestou o político, são menores do que os da capital. Mais: tende a vê-lo como um político caipira, sem uma visão universal dos problemas.
A imagem de Vanderlan Cardoso como gestor parece cristalizada. Mas a classe média o avalia como pouco ousado e, essencialmente, não o percebe como tendo a sua “cara”.
O peemedebista Iris Rezende aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, mas não porque a classe média o avalie como o último biscoito do pacote. Na verdade, é visto como gestor eficiente e que, quando assume a prefeitura, não compromete a cidade. Sua vantagem, no momento, é o que se pode chamar de inercial. A classe média ainda não pôde confrontá-lo com outros pré-candidatos — até porque não sabe exatamente quais são e o que pensam.
O delegado-deputado Waldir Soares é forte entre o povão, e mesmo na chamada classe média baixa, a classe C. Mas o grosso da classe média não o percebe como um dos seus e não o vê como seu representante. A classe média desconfia de que não se trata de um gestor. Na dúvida, pode “esquecê-lo”.
O pré-candidato do PSDB, Jayme Rincón, é pouco conhecido dos eleitores, mesmo os da classe média mais instruída. Por isso, as pesquisas de intenção de voto, mesmo as estimuladas, sequer o avaliam. Aqueles que o conhecem sabem que se trata de um gestor e, embora apaixonado pela política, não tem o perfil do político tradicional. É objetivo, direto, decidido. Talvez, quando expor suas ideias, consiga convencer o eleitorado de que é o gestor que pode levar Goiânia a um passo adiante. Precisa, também, firmar-se como Jayme Rincón, o pré-candidato do PSDB, não apenas como o candidato “do” governador Marconi Perillo. A classe média não tolera político que passa a imagem de que é tutelado.
GOIÂNIA PRECISA E DE POLITICO HONESTO É TRABALHADOR VAMOS DE DELEGADO WALDIR E QUE O IRES REZENDE VAI CUIDAR DE SUAS FAZENDAS JA DEU O QUE TINHA QUE DAR
DELEGADO WALDIR MOSTROU QUE TEM VOTO