Sargento Novandir (MDB) pode enfrentar um dilema no próximo ano: continuar como vereador ou se tornar deputado estadual. Com a possibilidade de cassação de Anderson Teodoro (Avante) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o parlamentar, representante do Setor Guanabara, é o próximo na fila para ingressar na Assembleia.

O processo de Teodoro deve ir para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), ou seja, a última instância. Dessa forma, caso o recurso seja negado, ele será cassado por conta de um caso de improbidade administrativa em 2010. Na época, ele era Secretário de Obras do Município de Águas Lindas de Goiás.

À primeira vista, a escolha parece óbvia: o político deveria optar pelo espaço parlamentar considerado mais importante, no caso, a Alego. No entanto, as circunstâncias para assumir a vaga como deputado estadual podem dificultar a decisão.

Até a análise na corte superior, o tempo passa e o possível mandato de Novandir se encurta. Ele teria menos de dois anos até as eleições de 2026. Ao mesmo tempo, nos bastidores, comenta-se que, devido a articulações anteriores, Novandir não poderia indicar nenhum membro para o gabinete e precisaria manter toda a equipe de Teodoro.

Já na Câmara Municipal de Goiânia, o parlamentar foi reeleito e teria mais quatro anos. O vereador não teria problemas em permanecer na Casa e se preparar para disputar o próximo pleito. Ao mesmo tempo, “meio” mandato como deputado estadual também pode ser suficiente para renovar a cadeira. Ele teve 18.608 votos em 2022 e ficou de fora por conta de quociente eleitoral.

Nada está ainda definido. A cassação ainda precisa ser confirmada e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve recalcular os votos para a validação do processo. Além disso, outros deputados também podem ser cassados, incluindo as chapas do Partido Liberal (PL), Progressistas e Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Além de George Morais (PDT), que também pode ser alvo de cassação por improbidade administrativa.

Dança das cadeiras

Ao todo, dez parlamentares correm riscos na Alego, com processos em andamento, e essa situação é observada com atenção pelos vereadores na Câmara de Goiânia. Além de Novandir, Fabrício Rosa (PT) também pode passar pela mesma escolha. Ressaltando que oito integrante da próxima legislatura da Câmara são suplentes na Alego: Kátia Maria (PT), Dr. Gustavo (Agir), Ronilson Reis (SD), Cabo Senna (PRD), Willian Veloso (PL), Juarez Lopes (PDT), Coronel Urzêda (PL) e Pedro Azulão Jr. (MDB).

Os suplentes das eleições deste ano também estão de olho na “dança das cadeiras” no Legislativo de Goiás. Por exemplo, se Novandir assume como deputado estadual, a primeira suplente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) ano que vem é Lucíola do Recanto, que não foi reeleita. (F.V.)