Caiado desprivatiza o Estado e o coloca a serviço da sociedade
29 dezembro 2019 às 00h01
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O governador mostrou capacidade administrativa, manteve o Estado funcionando e faz uma gestão decente
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do partido Democratas, mostrou três coisas seminais em 2019.
Primeiro, promoveu um grande ajuste nas contas públicas, com o objetivo de viabilizar o governo e, aos poucos, recuperar sua capacidade de investimento. No primeiro ano, o gestor fez sua lição de casa. Precisa do governo federal para solucionar a crise do Estado, mas não ficou parado no primeiro ano.
Segundo, organizou um governo decente, que, além de não desperdiçar recursos, aplica-os honestamente. Seu governo é transparente e não tem escândalos.
Terceiro, Ronaldo Caiado tem a coragem do verdadeiro homem público. Dificilmente outro político teria tutano para fazer as mudanças que está implementando – como se disse, para viabilizar o governo e, também, Goiás. Por não ser populista, está fazendo aquilo que precisa ser feito – em vários campos.
O fato de ter atraído técnicos de outros Estados, e de quase não ter nomeado políticos para cargos cruciais, sobretudo os de natureza mais técnica, demonstra outro acerto. Políticos e técnicos locais, dados seus laços, dificilmente teriam defendido, de maneira incisiva, a ampla reforma do Estado que Ronaldo Caiado está promovendo. Não por falta de boa vontade, e sim por receio de desgaste político e, mesmo, pessoal. Porque a pressão é intensa. A secretária da Economia, Cristiane Schmidt, por exemplo, provou ter uma coragem inaudita ao enfrentar o lobby dos empresários.
Veja-se o caso dos incentivos fiscais. Ronaldo Caiado não é contrário a eles, e sim é favorável que empresas beneficiadas deem sua contribuição ao desenvolvimento global de Goiás. A criação de um emprego em Goiás, por ser altamente subsidiado, retira recursos públicos que poderiam ser investidos na qualidade de vida de todos, não só de grupos que têm imensa capacidade de pressionar.
Ronaldo Caiado é liberal, mas percebe, com acerto, que a função do Estado não é, como antes, servir empresas e grupos corporativos. Sua função primordial é servir à sociedade, quer dizer, o todo. Pode-se sugerir que o governador “desprivatizou” o Estado e o colocou a serviço da sociedade.