Bolsonaro negocia com o Patriota mas ainda tenta registrar o Aliança pelo Brasil
26 janeiro 2021 às 12h17
COMPARTILHAR
Major Vitor Hugo, deputado federal, e Paulo Trabalho, deputado estadual, devem trocar o PSL pelo novo partido do presidente da República
O presidente Jair Bolsonaro entrou em conversações com Adilson Barroso, presidente do Patriota, para se filiar ao partido e disputar a reeleição em 2022. Ao mesmo tempo ainda trabalha para tentar registrar o partido Aliança pelo Brasil. A legenda tem de ser organizada até março — senão não poderá disputar eleição em 2022 —, mas experts consideram que se trata de uma missão impossível, dado o prazo exíguo.
O presidente disse, na segunda-feira, 25, que vai disputar a reeleição não por ele, e sim pelo pessoal que quer se candidate. “Vou ter que decidir (sobre o partido), porque não é por mim. Não estou fazendo campanha para 2022, mas o pessoal quer disputar e queria estar em um partido onde tivesse simpatia minha”, sublinhou Bolsonaro. Ele frisa que “pessoal ajuda de forma voluntária, mas não é fácil você conseguir 500 mil fichas e certificados” (que é o número mínimo de seguidores cobrados pela Justiça Eleitoral para o registro de um partido político).
“Em março, vamos reestudar se o partido decola ou não. Se não decolar, a gente vai ter que ter outro partido, senão não temos como nos preparar para as eleições de 2022”, assinalou Bolsonaro na segunda-feira, 25. As conversas com o Patriota estão avançadas. Mas há quem diga que o PP do senador Ciro Nogueira também entrou na parada.
Em Goiânia pelo menos dois parlamentares devem acompanhar Jair Bolsonaro no novo partido: Major Vitor (federal) e Paulo Trabalho (estadual). E talvez um terceiro, um delegado de polícia que é deputado estadual.
O advogado Luís Felipe Belmonte dos Santos, milionário de Brasília, é o principal operador da organização do Aliança pelo Brasil. Ele é amigo e aliado do presidente Jair Bolsonaro.