Em dezembro de 2020, o presidente optou por comemorar o aniversário da Embratur a participar de um encontro para comprar a vacina da Pfizer

Amado Rodrigues Batista nasceu em Catalão em 17 de fevereiro de 1951, há 70 anos, e se tornou cantor, compositor, fazendeiro e empresário de sucesso. É milionário. Figura na lista dos primeiros-amigos do presidente Jair Bolsonaro. Tanto que o chefe do Executivo não participou da reunião com o CEO da Pfizer, para discutir a aquisição de vacinas, em 17 de novembro de 2020 (lembra a data de nascimento do artista goiano), porque estava num evento para comemorar o aniversário da Embratur acompanhado de Amado Batista (o evento poderia ter sido transferido para outro dia, claro).

Wilder Morais, Jair Bolsonaro e o cantor Amado Batista | Foto: Divulgação

Nas imagens divulgadas pela Presidência da República, Amado Batista, com seus 44 anos de sucesso musical, aparece sem máscara, como se a Covid-430 mil fosse uma ficção. Mas o cantor seguia apenas seu novo guia político-espiritual, o caubói de Marlboro Jair Bolsonaro, que usa máscara quando quer, sobretudo se for com o símbolo do Palmeiras. O encontro do cantor com o político foi bem comentado pelos internautas. Um deles disse: “O presidente optou por ficar com o Amado Batista do que comprar vacina pro seu povo. Prioridades”.

Amado Batista pertence ao time que apoia a reeleição do presidente Bolsonaro.

Pesquisa revela que, se o governo tivesse comprado a vacina da Pfizer, só em março 3.500 idosos poderiam sobrevivido.