O ex-governador de Minas Gerais Magalhães Pinto dizia: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Você olha de novo e ela já mudou”. A vereadora Valéria Pettersen (MDB) segue a máxima. Até sábado, 3, estava ao lado do candidato a prefeito pelo MDB, Leandro Vilela, na expectativa de se tornar vice.

Leandro Vilela considerava Valéria Pettersen uma opção ao lado do ex-deputado federal João Campos, que virou o vice; Tatá Teixeira, Isaac Martins e pastor Romeu Ivo. Cada um tinha um ponto forte e outro nem tanto.

No caso de Valéria Pettersen, pesava contra o faro de ser filiada ao MDB — o que configuraria chapa pura; portanto, não agregaria valor político, em termos de aliança.

Contudo, a própria Valéria Pettersen se inviabilizou ao participar de evento institucional do governo estadual em período que a lei veda qualquer pretendente a disputar um cargo público passar perto de entrega de obras nos três meses que antecedem as eleições.

Supostamente pressionada pelo prefeito Vilmar Mariano, do União Brasil, para recuar no apoio a Leandro Vilela e declarar apoio a Professor Alcides Ribeiro, Valéria Pettersen oficializou o apoio ao candidato do PL.

Em troca Valéria Pettersen segue no comando da Secretaria do Meio Ambiente. Em junho, ela deixou o cargo e indicou a sua chefe de Gabinete para ocupar o cargo de secretária. Um ex-aliado comentou: “Entre a lealdade partidária e um cargo com polpudo salário e as benesses correspondentes, como indicação de aliados, a emedebista optou pelo cargo”.

No sábado, 10, em seu primeiro discurso ao lado de Professor Alcides, Valéria Pettersen praticamente desconsiderou o legado de Maguito Vilela — o político que a projetou para a política ao transformar a Diretoria de Projetos e Convênios em uma secretaria especial.

Além de ignorar Maguito Vilela, Valéria creditou ao ex-prefeito Ademir Menezes tudo o que Aparecida vive agora. Ledo engano da vereadora, que, tomada pelo rancor de não ter virado vice de Leandro Vilela e pelos prazeres proporcionados pelo cargo, nega a sua própria história. Não há registro de que, antes de obter o cargo, tenha elogiado Ademir Menezes.

Comenta-se que, se for eleito, Professor Alcides vai nomeá-la para o cargo de chefe de gabinete.