A crise da segurança pública gerou uma geração de políticos justiceiros. Tal geração pode chegar enfraquecida em 2022

Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública do governo de Goiás | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Dada a crise da segurança pública no país, surgiram os políticos justiceiros – que pregam medidas duras contra o crime, mas não conseguem, no geral, a aprovação de projetos adequados para combatê-lo. Na prática, eles ganham eleições com a “crise” da segurança, não com a solução dela.

Em Goiás, o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda – egresso da Polícia Federal –, criou uma política de segurança baseada tanto em Inteligência, quer dizer, investigações criteriosas com amplo uso das tecnologias mais modernas, e também tornou a Polícia Militar mais presente e ostensiva em todo o Estado, notadamente nas médias e grandes cidades, onde há mais problemas. A Polícia Civil também ganhou autonomia para investigar tudo o que há de irregular.

O resultado é que tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar, agindo em conjunto – trocando informações, por exemplo –, estão mais eficientes. Os integrantes das duas corporações sentem que têm o apoio do governo para combater a criminalidade de maneira firme e resoluta.

Na eleição de 2022, principalmente, os justiceiros terão mais dificuldades de se elegerem? Não se sabe, porque o futuro nem a Deus pertence. Mas é bem possível.