Andréa Vulcanis, Cristiane Schmidt, Rodney Miranda e Pedro Sales são alguns dos mais bem avaliados

Políticos, jornalistas, intelectuais, pesquisadores e marqueteiros foram ouvidos para avaliar quais foram os secretários e presidentes de órgãos do governo de Ronaldo Caiado (DEM) que mais se destacaram em 2019 – no primeiro ano da gestão. Parte dos entrevistados admitiu que não acompanha o trabalho de todos os secretários e alguns disseram não saber o nome de dois a três secretários. O balanço é que o secretariado é, no todo, competente e decente. O jornal pediu que cada um listasse cinco nomes, mas acabou publicando sete – dados dois empates. A disputa foi acirrada entre três secretários – Cristiane Schmidt, Andréa Vulcanis e Rodney Miranda. Adriano da Rocha Lima, embora não listado, recebeu boa avaliação. A lista a seguir é por ordem alfabética.

Andrea Vulcanis, secretária de Meia Ambiente | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

1 – Andrea Vulcanis – Meio Ambiente

A secretária pode parecer vulnerável, por falar baixo e com educação, mas é de uma firmeza rara e não teme cara feia nem vozes alteradas. Sua arma não é o grito e nem o recurso à autoridade – é o conhecimento detalhado dos assuntos da secretaria. Os entrevistados postulam que ela destravou o Estado, contribuindo para liberar mais de 30 bilhões de reais em investimentos. As empresas querem se instalar, mas não conseguiam. Algumas delas esperavam laudos há dez anos. Se o Estado cresceu mais em 2019 tem a ver com sua desenvoltura e diligência no atendimento ao mercado. Frise-se que tudo tem de estar dentro da legalidade.

Cristiane Schmidt, secretária da Economia | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

2 – Cristiane Schmidt – Economia

De maneira orgânica, empresários jogaram pesado na questão dos incentivos fiscais – que, na prática, são presentes de avô para neto. Fortalecem as empresas, mas não a sociedade e o governo. A jovem secretária ousou, enfrentou os detratores do governo de frente e segurou os custos da máquina estadual com pulso de aço – às vezes superando resistências internas. A economista não tem medo de cara feia e, sobretudo, não recua um milímetro – se estiver certa. Ao enxugar o Estado, de maneira ampla, pode estar lançando as bases de um governo que, no longo prazo, conseguirá fazer investimentos com recursos arrecadados mensalmente. A revolução que está sendo feita na economia, com o Estado trabalhando para recuperar sua capacidade de investimento, ainda não foi descrita, com precisão, pela imprensa.

Ernesto Roller, secretário de Governo | Foto: Jornal opção

3 – Ernesto Roller – Governo

Há quem fale mal do secretário no meio político. Mas, se o governo está cortando na carne, com o objetivo de recuperar a capacidade de investimento do Estado, procede que políticos vão reclamar. Não há, por exemplo, a fartura de cargos comissionados que havia no governo anterior. Mas as pessoas que levam a política a sério – percebendo-a como tarefa de estadistas – concluem que Roller é eficiente. Sua tarefa, conquistar apoio para o governo no Legislativo, é espinhosa. Mas ele não tem se saído mal. É tido como diplomático e tolerante – por isso conseguiu mais apoio para o governo, e, repita-se, em tempos difíceis para quem faz a articulação política.

Marcos Cabral, presidente da Codego | Foto: Reprodução

4 – Marcos Cabral – Social e, depois, Codego

Nos nove meses em que cuidou da área social, Marcos Cabral, até por sua experiência como prefeito, percebeu, de cara, que a área, se mais organizada, poderia beneficiar ainda mais os pobres. Procedeu uma auditoria, verificou quem realmente precisava, mas em nenhum momento parou os programas sociais. O resultado é que economizou recursos financeiros para o Erário. Na Codego, está contribuindo para destravar empreendimento do mercado. A Codego tem distritos industriais em 52 municípios goianos e alguns deles estão invadidos. Dois grandes distritos estão sendo efetivados em São Antônio do Descoberto (186 alqueires) e em Cidade Ocidental – no Entorno de Brasília, o que vai colaborar para a descentralização do crescimento e do desenvolvimento.

Marcos Roberto Silva, presidente do Detran | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção

5 – Marcos Roberto Silva – Detran

Quando o advogado assumiu a presidência do Detran, um deputado comentou: “Como o Marcos não é maleável e não aceita as pressões da ‘máfia’ da área, é provável que não vai durar muito tempo no cargo”. De fato, a máfia pressionou, chegou a inventar denúncias, mas o jovem não recuou um passo. Calmo, abre sempre um sorriso contrito e, se preciso, diz “não” com todas as letras – “n-ã-o”. E sem ofender o interlocutor. Honesto e eficiente, deu uma nova dinâmica ao Detran. Sob seu comando, o órgão preocupa-se inclusive com o social. Por exemplo: pessoa pobre, desde que comprove que não tem recursos, não paga um centavo para fazer sua carteira de motorista. A palavra “propina” – sobretudo a própria propina – foi banida do Detran, sob Marcos Silva. A “máfia”, ressabiada, afastou-se. Está de longe, observando – sempre perigosa.

Pedro Sales, presidente da Goinfra | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção

6 – Pedro Sales – Goinfra

Se o jovem Pedro Sales fosse jogador de futebol, o técnico poderia escalá-lo no gol ou no ataque – tal a sua versatilidade. Por onde passou, não deixou o centroavante fazer gol; e, quando no ataque, fez gols. Jovem da era do conhecimento, não aprecia discursos bonitos, mas ineficazes. Observa os dados com atenção e procura romper os processos burocráticos – típicos do setor público – para tornar o governo mais eficiente, rápido e para evitar desperdícios financeiros. Como gestor, cobra eficiência, ação. Na Goinfra, começou a recuperar as rodovias, sem alarde – inclusive, algumas estão sendo restauradas pelas empresas que fizeram o trabalho anterior. Quem acompanha o trabalho do garoto garante: “Um dia, será ministro”. Ou, quem sabe, governador. Mas ele não é político. É um técnico da melhor estirpe do país.

Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública| Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

7 – Rodney Miranda – Segurança Pública

A popularidade do governo de Ronaldo Caiado advém dos ajustes na máquina pública e no fato de a gestão e seus representantes serem decentes. Mas não só. Advém também do fato de que a segurança melhorou em todo o Estado. A polícia, valorizada e defendida – tanto pelo secretário quanto pelo governador –, tem sido mais produtiva. No lugar de ficar propondo concurso, para inchar o Estado, o secretário trabalha com a equipe existente. Aumentou o número de policiais dos esquadrões de choque – não fica mais ninguém “descansando” nos quartéis. A polícia está nas ruas – presente, atendendo à sociedade. A polícia, com Rodney Miranda, é 100% ação. O crime organizado em Goiás se tornou desorganizado, pois seus líderes estão sendo presos e respondem a novos processos judiciais.