3 motivos pelos quais vale a pena a Castelo Branco virar Agrovia Iris Rezende
20 novembro 2022 às 00h07
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A Avenida Castelo Branco é uma das mais importantes e mais extensas de Goiânia. Em seu percurso, mostra muito do comércio pujante da capital, de seu início nas imediações do Terminal Padre Pelágio até encontrar a Avenida Mutirão, no Setor Oeste, e “passar-lhe o bastão”. A Mutirão, sua sequência, “morre” na Avenida 85, já no Setor Bueno.
A mudança de seu nome para Agrovia Iris Rezende Machado foi aprovada na semana passada, em sessão polêmica na Câmara de Goiânia. Comerciantes que têm empresas na (ainda) Castelo Branco reclamam de um prejuízo que levariam com a alteração, por conta da readaptação, de problemas com os Correios etc.
O fato é que o projeto de lei é, por outro lado, uma justa homenagem com o maior político da história da cidade. E, ainda que já haja outros logradouros com seu nome – por exemplo, o recém-concluído viaduto da Avenida Goiás Norte sobre a Perimetral Norte, no Setor Urias Magalhães –, há pelo menos três boas razões por que a mudança vale a pena. Vamos a elas:
1) Iris Rezende era uma grande liderança do Estado na defesa dos interesses dos produtores rurais. Mais do que isso, foi ministro da Agricultura no governo de José Sarney (PMDB), de 1986 a 1990. Natural e legítimo que dê nome à primeira agrovia da capital.
2) Por toda a história política e, mais do que isso, sua grande marca como homem público, faz muito sentido que uma avenida batizada de “Mutirão” se ligue a outra chamada “Iris Rezende Machado”.
3) Ainda que o general Castelo Branco tenha sido o mais “light” dos ditadores (fosse seguida sua linha, e não a de Costa e Silva, muito provavelmente o ciclo dos militares no poder teria sido bem mais curto), ele representa um período da história que deve ser marcado negativamente. Iris Rezende é, apesar de controvérsias de suas ligações com o alto poder em Brasília ainda dos anos 60, um grande democrata.
Portanto, se existem razões econômicas – de certo modo justificáveis, mas de impacto passageiro – de um grupo para manter o nome, há razões históricas muito mais fortes para que a mudança se concretize.