26 deputados federais admitem que podem sair do PT. Tarso Genro seria o articulador
11 abril 2016 às 14h41
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Os parlamentares tendem a deixar o partido depois das eleições municipais deste ano. Se confirmada a fuga em massa, o partido ficará com uma bancada reduzida
Catia Seabra, da “Folha de S. Paulo”, revela que 26 deputados federais do PT admitem sair do partido depois das eleições de 2 de outubro. O articulador do movimento é o ex-ministro da Justiça e ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (foto ao lado).
Os “descontentes representam quase a metade da bancada do PT hoje em exercício na Câmara de Deputados: 57”, afirma a reportagem. O que os parlamentares querem evitar é um desastre eleitoral na disputa de 2018. Saindo agora, avaliam que podem recompor suas bases e rearticular o diálogo com a sociedade em novo patamar. Noutras palavras, a turma que está saindo não coaduna com a bandalheira criada por um grupo específico de petistas. É o recado.
“O movimento inclui nomes como os de dois ex-presidentes da Casa — Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS, foto)) — e da ex-ministra Maria do Rosário (RS). A desfiliação começou a ser organizada no segundo semestre de 2015, tendo como ponto de partida a criação da tendência Muda PT, que somava 35 deputados à época”.
A “Folha” sublinha que, “originalmente, esses insatisfeitos se valeriam de uma janela aberta para que parlamentares deixassem seus partidos sem perda de mandato, mas essa brecha foi fechada em 31 de março”.
A tendência dos parlamentares é negar a notícia. Mas o fato é que articulam mesmo uma debandada.