Por Yago Rodrigues
“Que Brasil é este?”, pergunta com trocadilho Marcelino Freire. O escritor de Sertânia, no Pernambuco, dá vida à Balada Literária da Vila Madalena, em São Paulo, cidade onde vive desde 2006. E com a oficina Quebras, realizada com o apoio do Rumos Itaú Cultural, o autor de “Angu de Sangue”, “Contos Negreiros” e “Nossos Ossos” propõe descobrir o espaço literário que temos ocupado e quais autores, agitadores, artistas estão conosco neste caminho. Acontece que Marcelino resolveu colocar todas essas suas perguntas na bagagem para perambular por quinze capitais brasileiras e a parada da vez é em Goiânia. Gratuita, a oficina acontecerá ali no Grande Hotel, aquele da Av. Goiás, nas noites dos próximos dias 27 e 28 de janeiro.
[caption id="attachment_26625" align="alignright" width="300"] Foto: Layza Vansconcelos[/caption]
Hoje tem cena curta de Thaise Monteiro no Edelweiss Café e Bar. “Um meio bem nosso” é o novo trabalho da Cia de Arte Poesia que Gira. A estreia da Cia foi em dezembro de 2014, no Festival Juriti de Música e Poesia Encenada, que tem aberto às portas para bons artistas da nossa terrinha. E, se não bastasse, vale dizer que o trabalho levou o prêmio do Juri Popular.
No Café e Bar, Thaise não dá vida apenas ao texto do escritor, crítico literário e professor de literatura brasileira da UNB, Alexandre Pilati, como delira no próprio poema “Bêbado eu?” –– segunda cena da noite. Pode chegar, puxar uma cadeira, pedir um cafezinho lá pelas oito da noite que, um pouquinho depois, a arte ali gira.
Serviço
Apresentação Cenas Curtas com a Cia de Arte Poesia que Gira
Dia: 21 de janeiro
Hora: 20h30
Local: Edelweiss Café e Bar (Rua R-2, N.:78, Setor Oeste )
Entrada: R$ 8

Por Natânia Carvalho
[caption id="attachment_26622" align="alignright" width="300"] Reprodução / Haidak[/caption]
Bebi um vinho aberto há sabem-se lá quantos dias. Ele não tinha copos de vidros. Aliás, tinha um, mas estava lascado. Não que eu seja fresca. Claro que não. Mas aquele lascado simplesmente me irritava. Prendia meu lábio e minha atenção como o diabo.
Resolvi tomar o vinho velho em um copo laranja. Daqueles que você pede a Deus para não ver o fundo, encrustado com tanta sujeira quanto à pele dele.
— Você vai ligar, certo?
Balancei a cabeça afirmando que sim.
Eu acabaria ligando. Não amanhã, nem terça, nem sábado. Mas eu ligaria domingo. Pegaria meu carro, andaria uns seis quilômetros trocando de estação a cada três minutos e depois nós nos beijaríamos antes mesmo de passarmos da sala. No final, porque convenhamos: ele não vai demorar muito, eu vou me levantar, ir à cozinha, tomar o resto do vinho que não tomei da última vez e ir embora.
E aí ele vai me perguntar:
— Você vai ligar?
Eu vou afirmar que sim, pensar que não. Tomar um banho. Chorar um pouco. Esperar domingo.
Natânia Carvalho é jornalista
- As inscrições para oficina literária “Quebras” já estão abertas. Com o apoio do Rumos Itaú Cultural, Marcelino Freire proseia literatura nos dias 27 e 28 de janeiro.
- O espaço “Estação Ciência”, no Passeio das Águas Shopping, traz engenhocas para comprovar que a ciência diverte. A exposição vai até o dia 8 de fevereiro.
- A Vila Cultural Cora Coralina inicia o ano divulgando atividades — algo realmente necessário de ser feito: está lá a exposição de esculturas luminárias e fotografias “Ascenda”, do artista goiano Leon Junqueira.

[caption id="attachment_26474" align="aligncenter" width="620"] Divulgação[/caption]
As músicas da inesquecível Cássia Eller têm encantado muitos, mesmo passada mais de uma década de sua morte precoce. O país sabe disso e o Centro Cultural Banco do Brasil também, afinal, conseguiu atrair para o espaço “Cássia Eller, O Musical”. Sucesso de público em Belo Horizonte e São Paulo, o espetáculo segue até o dia 26 de janeiro, em Brasília.
Ainda dá tempo de ir à capital federal conferir as mais de duas horas de narrativa a respeito de uma das maiores cantoras brasileiras. O musical tem direção assinada por João Fonseca — já considerado o mais produtivo encenador do Rio de Janeiro — e Vinícius Arneiro. Tacy de Campos e Jana Figarella dão voz à “Cássia Eller”, que é exibida nas segundas, quintas, sextas e sábados às 20 horas; no domingo a cantora é revivida às 19 horas.
O script conta com os sucessos “Lanterna dos Afogados”, “Malandragem” e “O Segundo Sol”, mas também tem outras interpretações, tipo “Come Together”, dos Beatles. Corre lá!
[caption id="attachment_26477" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
É inegável o quanto de arte pulsa nas ruas do centro de Goiânia. E não é só da arquitetura, dos monumentos e da ancestralidade cultural que vibra por ali. Muitas escolas de arte ficam nos setores primeiros da cidade. Ali, o Sesc tem apostado em integrar e interagir as diversas expressões. Pode ser balé, dança de salão, jazz, sapateado, street dance, canto coral, guitarra, violão, teclado, teatro; pode ser a expressividade que você quiser.
Mas corre, pois as vagas para os cursos estão se esgotando. As matrículas são feitas ali mesmo, na unidade do Centro. Basta apenas levar a carteirinha do serviço, atestado médico para os que se interessarem pelas danças e o valor de R$ 75 referente ao semestre. E não se afobe que logo as aulas começam; dia 2 de fevereiro.
O Teatro Madre Esperança Garrido — aquele em frente ao Parque Mutirama — vira palco para oficina de teatro ministrada por Eduardo Sousa nas noites entre os dias 21 e 23 de janeiro. A galera interessada em televisão, teatro e cinema só tem a ganhar com as técnicas de Sousa em interpretação, figuração e para se dar bem ao falar em público. Além disso, o diretor tem como característica explorar a preparação corporal, criação de cenas e improvisação.
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Devido à renúncia do então presidente, o ex-jogador de futebol assume o cargo até o mês de novembro, quando haverá nova eleição
Nesta época de férias escolares, o Grupo Zabriskie apresenta seis peças para crianças no Teatro Sesc. A intenção é atrair as crianças para o teatro. Os próximos são: "Na Floresta da Brejaúva", dia 17; e "Segredos", dia 18. Às 17 horas.
No Museu de Arte de Goiânia, no Bosque dos Buritis, está a Exposição Anos 80, com trabalhos de 36 artistas nacionais. Entrada franca.
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A Mostra Clássicos do Cinema Mundial II, do Cine Goiânia Ouro, traz filmes que marcaram o cinema e ficará em exibição durante todo o mês. Em cartaz para esta semana estão: domingo, 11, “A Dama e o Vagabundo”; segunda-feira, 12, “O último Tango em Paris” e “Amor sem fim”. Na sexta-feira, 16, o sempre lembrado “Super-Homem” Christopher Reeve aparece nas telas com o clássico “Em algum lugar do passado”, filme que também será exibido no sábado, 17. Os ingressos têm o preço único de R$ 2.
É inegável que a faceta indie do rock tem aglomerado uma boa parte de fãs pelo mundo. E não apenas de adolescentes e jovens, mas de todas as idades. A razão é que algumas bandas — The Black Keys, por exemplo — têm uma qualidade incrível de som e apresenta boas composições líricas. No Brasil, uma das bandas referência no que diz respeito à vertente é a paulista IndieGo Club, que estará em Goiânia no próximo dia 15. A banda é nova — apenas quatro anos de estrada —, mas promete um repertório para duas horas de show. No set list estão bandas como Strokes, Arctic Monkeys, The Killers, Kings of Leon, The Black Keys, Queens of The Stone Age, Two Door Cinema Club, entre outros. O show será no Bolshoi Pub — já conhecido por contemplar o rock, tanto nacional quanto goiano.

[caption id="attachment_25711" align="alignnone" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Ainda que o verão aqueça os dias na capital goiana, o mês é de frio na barriga e ansiedade para quem quer mergulhar nas artes. É que a Escola de Artes Basileu França abriu o período de inscrições para diversos cursos. E se você curte bons passos de dança, o linóleo do teatro, o picadeiro do circo ou o bom pincel para alguma tela, deve ficar de olho, pois os testes estão quase aí. As inscrições para audição dos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) na área de dança, teatro e artes visuais vão até o dia 30 de janeiro. Quem se interessa pelas artes circenses tem até 2 de fevereiro para realizar sua inscrição. Pelo grande número de interessados e o tempo que se leva para realizar os testes, a chamada para aprender algum instrumento musical e/ou canto se encerrou na sexta, 9. Já para as demais áreas, ainda dá tempo de levar os documentos pessoais mais o valor de R$ 10 na secretária do Basileu, que fica na Avenida Universitária, Setor Universitário, sentir o frio na barriga e, quiçá, ser aprovado.