Por Yago Rodrigues

[gallery type="slideshow" size="large" ids="46072,46071,46070,46069"]
Em exposição até 22 de outubro na Fnac do shopping Flamboyant, “Imersa” fala de mulheres delicadas, singelas, doces e destemidas
Através de diferentes olhares sobre os sentimentos e o universo feminino, a artista plástica Fabiana Queiroga promove a exposição “Imersa”, com obras inéditas produzidas nos últimos meses. Trata-se de uma nova série exclusiva e limitada com doze peças que refletem uma nova fase no trabalho de Fabiana. A abertura da mostra acontece no dia 22 de setembro às 19h, na Fnac Goiânia, e fica até o dia 22 de outubro.
Com um traço fino e lúdico em diferentes formas visuais, a artista apresenta os mais variados retratos de um sensível universo feminino: meninas e mulheres delicadas, singelas, doces e destemidas. O que permeiam essas personagens são as formas que elas podem ser revistas, todas imersas em famosos frascos de perfumes personalizados pela própria Fabiana.
[caption id="attachment_46073" align="alignleft" width="300"] Artista Plástica Fabiana Queiroga: "A memória nos remete a fatos e narrativas que se passaram. Ela consegue resgatar fragmentos cotidianos escondidos de nós mesmos” | Foto: Divulgação[/caption]
Numa delicada capacidade de transmitir diferentes sensações e sentidos, é possível sentir e trabalhar o aroma e o olfato, personalizados pelas figuras. “O feminino é algo que toca. Acho que o público pode perceber na exposição um universo imenso de mulheres distintas”, explica a artista, que reitera o diálogo com a nostalgia, a memória e a saudade. “A memória afetiva é algo forte em nossas vidas. A memória nos remete a fatos e narrativas que se passaram. Ela consegue resgatar fragmentos cotidianos escondidos de nós mesmos”, pontua.
Para a construção das obras, Fabiana, que transita entre as artes visuais, design e escultura, precisou experimentar as mais variadas formas artísticas. De acordo com ela, o processo criativo da série é um desdobramento da escultura imersa, onde a figura feminina emerge do mobiliário. “A criação aconteceu naturalmente, com as experimentações em aquarela, que inevitavelmente transmite essa leveza e este aspecto sensorial e translúcido”, pontua.
Serviço
Abertura da exposição “Imersa” de Fabiana Queiroga
Data: terça-feira, 22 de setembro
Horário: 19h
Local: Fnac Goiânia (Shopping Flamboyant)
Entrada Franca

Atores e produtores no Rio de Janeiro, eles propõem a realização de um projeto cultural No sábado, 26, os atores e produtores Anna Sant´Ana e Rogério Garcia ministram o Workshop de Produção Cultural, no Sesc Centro. Com duração de 4 horas, o objetivo do encontro é introduzir conhecimentos para a realização de um projeto cultural, incentivando artistas a terem autonomia na produção e realização de seus projetos, para que possam colocar em prática as suas ideias. Dentre os temas abordados estão a criação e o desenvolvimento de uma ideia; passo a passo na produção de um projeto; introdução a leis de incentivo e editais; produção e realização de um espetáculo entre outros assuntos relacionados a proposta do workshop. O curso é direcionado para atores, estudantes, artistas em geral e produtores. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas na Central de Atendimentos do Sesc Centro. As vagas são limitadas. Serviço Workshop de Produção Cultural Data: sábado, 26 de setembro Horário: 13h30 às 18h30 Inscrição gratuita no Sesc Centro Emissão de certificado

[gallery type="slideshow" size="large" ids="46060,46061"] Após uma longa turnê na Europa, Herz mistura ritmos brasileiros e africanos com a improvisação de jazz “Aqui é o meu Lá”, com Ricardo Herz Trio, lembra o resfolego da sanfona, parece o ronco da rabeca, mas é violino. E da mais alta qualidade. Com a influência de Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Egberto Gismonti, Jacob do Bandolim, entre outros, eles misturam ritmos brasileiros, africanos e o sentido de improvisação do jazz. O trio, formado por Herz, Pedro Ito (bateria e percussão) e MichiRuzitschka (violão 7 cordas), se apresenta no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (CCUFG), na sexta-feira, 18. As composições são próprias e se dividem entre o repertório do disco “Aqui é o Meu Lá” com músicas ainda inéditas, que estarão no próximo disco do trio, “Torcendo a Terra”. Destacando-se por seu suingue, originalidade e energia, o trio acaba de chegar de uma turnê de 18 shows na França. Desde que lançou seu mais recente trabalho solo, o “Aqui é o meu Lá”, o grupo tem se apresentado nos principais teatros e festivais do Brasil e exterior, com uma contagiante presença de palco. Músico Graduado em violino erudito pela USP, sua sólida formação vem da renomada Berklee College of Music, nos Estados Unidos, e da Centre des Musiques Didier Lockwood, escola do violinista francês Didier Lockwood, uma lenda do violino jazz. Com Lockwood, Herz tocou nas principais capitais brasileiras durante as celebrações do Ano da França no Brasil. Após viver nove anos na França, o violinista levou sua música para os quatro cantos do mundo: tocou em Festivais na Malásia, no México, na Holanda, em clubes de Jazz na Rússia, em Israel, na Dinamarca e gravou com músicos de diversos países. De volta ao Brasil em 2010, Herz tem participado de muitos projetos e colaborado com músicos de todo o país. Em 2011, se apresentou como solista ao lado de Dominguinhos, abrindo a temporada anual da Orquestra Jazz Sinfônica no Auditório Ibirapuera. Formou um duo com o vibrafonista, multinstrumentista e compositor mineiro Antonio Loureiro (com quem acaba de lançar um CD) e foi selecionado no Rumos Música 2010-2012, do Itaú Cultural, onde nasceu mais um duo, dessa vez com o gaúcho Samuca do Acordeon. Com a camerata Cantilena Ensemble, tem tocado o repertório do seu disco infantil. Herz também tem dedicado parte de seu tempo no ensino e difusão do violino popular. Serviço “Aqui é o meu Lá” com Ricardo Herz Trio Data: sexta-feira, 18 de setembro Horário: 20h Local: Centro Cultural UFG Entrada Franca

[caption id="attachment_45993" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
Natânia Carvalho
Especial para o Jornal Opção
A minha ingratidão vale mais do que todos os seus sorrisos juntos, porque agora, só agora, sei que devia ter te procurado mais cedo. Deveria ter gritado seu nome na rua, ter levantado naquele feriado, deveria ter te seguido, te intimidado, te assustado.
Você veio tarde. Tarde como seus meios risos tortos, quebrados, incompletos, sempre atrasados.
E, então, você gritou. Jogou coisas fora. Esmurrou o próprio peito. Brincou com as veias do pescoço. E eu não me mexi. E você ficou vermelha. E quebrou as coisas que havia jogado fora. E arrancou os cabelos. E eu só pisquei duas vezes, embora você não tenha notado.
Senti a porta fechando atrás de mim. Com força. Sua raiva controlava o vento, batendo a maçaneta de novo e de novo e de novo, como uma balada furiosa. E eu não fiz nada, por que era a primeira vez que eu via sua alma; ela era vermelha, quente, salgada e ficara presa no fecho, perto da maçaneta que ainda vibrava.
Empurrei a porta, puxei a alma e vi o momento exato em que sua fina membrana se partiu. Eu vi a dor, o tecido, o pulsar, mas eu queria o
quente,
o vermelho,
o sal.
Natánia Carvalho é jornalista.

Olha quem já está por aqui? A Playlist Opção, que reúne as músicas mais embalam os foninhos da equipe do Jornal Opção. É só dar play e relaxar. Black Alien – Babylon By Gus Dalida e Alain Delon - Paroles Paroles Iron Maiden – Hallowed Be Thy Name Mapei – Don't Wait Naughty Boy - Runnin' (Lose It All) feat. Beyoncé e Arrow Benjamin O Rappa – Hey Joe Skank – Ela Me Deixou The Neighbourhood – R.I.P. 2 My Youth Tom Jobim – Copacabana Tourniquet – Fed by Ravens, Eaten by Vultures Violator – Futurephobia While She Sleeps – Four Walls Wilson Simonal - Tributo a Martin Luther King

[caption id="attachment_45812" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
Yago Rodrigues Alvim
"Necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais", cantava o menino-lobo, acompanhado de Baloo e Bagheera. A canção marcou a infância de muito marmanjo, fosse pela alegria-ingênua de Mogli, por quão estabanado era o urso Baloo ou, ainda, pela proteção carinhosa-rabugenta e mais que demais da pantera Bagheera. Muitos VHSs e sessões da tarde com os primos todos eram embalados pela história do menino-lobo, que acaba de ganhar uma nova produção, dirigida por ninguém menos que Jon Favreau, de Homem de Aço.
A versão traz apenas Neel Sethi (Mogli) para os sets. Com os efeitos especiais assinado por Rob Legato, de Avatar, o longa traz Bill Murray (Baloo), Christopher Walken (Rei Louie, o chefe da trupe de macacos e orangotangos da selva), Giancarlo Esposito (Akela, líder da matilha de lobos), Ben Kinglsey (Bagheera), Scarlett Johansson (a cobra píton Kaa), Lupita Nyong'o (loba Rakcha) e Idris Elba (tigre Shere Khan) no elenco.
Com o título "The Jungle Book" (ou Mogli - O Menino Lobo) estreia em abril de 2016. Assista abaixo o trailer.

[caption id="attachment_45695" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
Em sua 5ª edição, a Mostra de Dança Contemporânea do Basileu França (Itego) tem início no sábado, 19. Com oficinas e apresentações, a mostra, que continua no dia seguinte, tem como objetivo difundir as diversas expressividades da dança contemporânea e propor um diálogo, afim da descoberta do que tem sido desenvolvido e proposto nos demais espaços. Segundo o professor Eurim Pablo, a intenção é que grupos e cias de dança e artistas possam trocar suas experiências, discutirem as linguagens, além da exposição/apresentações. Os ingressos custam R$ 10, antecipados.

[caption id="attachment_45677" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
Após um final de semana badalado com mais de 50 artistas, que se apresentaram nos palcos do Oscar Niemeyer, dentre eles, Tulipa Ruiz, Rollin Chamas, Emicida, Cone Crew Diretoria, Carne Doce e muitos outros, o Vaca Amarela está de volta com o Drops da banda alemã Kadavar. Com 5 anos de história, Kadavar é nome constante no circuito mundial desde o lançamento de seu álbum homônimo, em 2012. Além do Kadavar, os grupos Hellbenders, Overfuzz, Dry, Dogman, Almirante Shiva, de BSB, Revengers e Sheena Ye se apresentam pelo Drops, que acontece na noite da sexta-feira, 18, no Centro Cultural Martim Cererê. Os ingressos custam R$ 20, antecipados.

[caption id="attachment_45678" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
A Monstro Disco realiza mais um #MonstroRocks. Desta vez, com a banda paulista Velhas Virgens, como headline. Os grupos Sheena Ye, Woolloongabbas, Shakemakers e The Galo Power completam o line-up. Há 28 anos, inspirados em Mazzaropi, Alexandre Dias e Paulo de Carvalho criaram Velhas Virgens, a banda mais desbocada, divertida e bêbada do Brasil. A apresentação é no sábado, 19, no Centro Cultural Martim Cererê. Os ingressos custam R$ 20, primeiro lote.

[caption id="attachment_45685" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
A banda paulista Beatles Abbey Road se apresenta no Bolshoi Pub. Considerada na Inglaterra, por três anos consecutivos, como a melhor banda Beatles do mundo, Abbey Road não é um simples cover do grupo de Liverpool. Além de recriar a atmosfera da época, destacam-se por seu comportamento nos palcos e por sua competência musical. Com vinte anos de estrada, a Abbey Road se tornou a banda “Beatles Official Brazil”. A apresentação é na sexta-feira, 18, às 21h. Os ingressos custam R$ 40.

Livro
De 2012, o livro ganha reedição. A obra reconta a história do Brasil desde as raízes da colonização, narrando aqueles fatos considerados importantes. História do Brasil Autor: Boris Fausto Preço: R$ 84,10 - Edusp
Música
“Burning Bridges” é o primeiro álbum dos roqueiros de New Jersey, desde “What About Now”, de 2013. “Saturday Night Gave Me Sunday Morning” já é hit nas rádios.
Burning Bridges
Intérprete: Bon Jovi
Preço: R$ 33,90 - Universal Music
Filme
Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro se reúnem mais uma vez contra o monstro de inteligência artificial, Ultron.
Vingadores – Era De Ultron
Direção: Joss Whedon
Preço: R$ 39,90 - Buena Vista
[caption id="attachment_45332" align="alignnone" width="620"] Reprodução | Tumblr[/caption]
Paulo Lima
Especial para o Jornal Opção
A moça mal recebeu o folheto na calçada e já ia jogando fora quando percebeu algo que lhe interessava. “Odara, dona de muitos poderes, faz e desfaz qualquer trabalho. Traz seu amor de volta.” Obcecada, foi logo correndo ao local anunciado.
Era bem perto da sua casa. Estranhou nunca ter reparado naquela porta de ferro e vidro com uma plaquinha em cima com o mesmo nome descrito no papelzinho. Entrou. Uma senhora bem alta, gorda e sorriso de orelha a orelha, com roupas largas em tom azul escuro e laranja, cheias de pano solto e um turbante, a recebeu com as duas mãos estendidas, agarrando as dela logo na entrada.
― Como vai, querida? Em que posso lhe ajudar?
Meio sem graça, respondeu:
― Eu o li o seu folheto e queria muito...
― Já sei! Vem, senta aqui comigo. Procurou a pessoa certa!
Puxou a cadeira e se sentou de frente pra ela, numa mesinha redonda com uma bola de cristal no centro.
― Então... ― continuou ― Aqui diz, entre outras coisas...
A senhora atalhou:
― Traz seu amado de volta! É isso que você quer não?
Surpresa, de sua boca só saiu um "É...".
O diálogo pegou ritmo de vez.
― Como ele se chama?
― Leo.
― Leonardo, Leonel...
― Só Leo.
― Tá. E há quanto tempo ele se foi?
― Dois anos.
― Muito tempo... Nunca mais soube dele?
― Não.
― Por que ele desapareceu de sua vida?
― Ah... Tenho certeza de que foi por causa daquela cachorra... Ai que ódio!
─ Não! Nada disso. O ódio não leva a lugar algum. Confie em mim. A gente traz o seu Leozinho de volta.
― E quanto isso vai me custar?
― Quanto você esta disposta a pagar?
― Se a senhora conseguir, eu juro que te dou 5 mil reais!
― Hmmmm...
A vigarista procurou se fazer de difícil, enquanto se controlava para não pegar logo a rua e ir pessoalmente atrás do desaparecido com uma coleira na mão. Cinco mil era uma senhora grana.
― Escuta, minha filha, eu preciso pensar... Tenho muitos poderes, mas dois anos é muito tempo. Não sei se consigo, mas por você eu vou fazer o possível. Vou começar os trabalhos ainda hoje, ok? Volte amanhã neste mesmo horário e falaremos mais sobre o seu amado. Pode ser?
Para quem esperava há tanto tempo, um dia a mais não faria tanta diferença.
― Pode, sim. Até amanhã.
Enquanto a moça ganhava a rua, a velhaca ia costurando um plano. “Essa tá a fim de gastar. Tenho que aproveitar a deixa. Amanhã, vou colocar mil e uma dificuldades, dobrar o preço e pedir 50% de entrada. Digo para retornar uma semana depois e faço como o tal do Leozinho: caio fora! O aluguel tá vencendo e esse ponto é muito ruim.”
No dia seguinte, uma garota entusiasmada chega, toca a campainha e já vai entrando.
― A senhora é realmente muito poderosa! Vim lhe pagar o que devo.
Abriu a bolsa e depositou três maços de notas de 100 e 50 sobre a mesa.
― Minhas amigas vão fazer fila na sua porta depois que souberem...
A velha tentava disfarçar simulando humildade, mas no fundo não estava entendendo bulhufas.
― Imagine só: acordei de madrugada e olha quem tava lá na minha varanda, fazendo serenata, feliz de me ver?
― O Leo, claro! ― emendou a bruxa, tirando proveito da situação.
― O próprio!
Dizem que a sorte acaba sorrindo pra todo mundo. Aconteceu com a dona poderosa. Um mês antes, a cachorra que havia tirado o Leozinho do caminho da mocinha havia morrido. Passado o luto, ele resolveu voltar para a sua ex. E graças à bruxa ― quer dizer, ao destino ― sua cliente e seu amado cãozinho estavam novamente em lua de mel.
Paulo Lima é redator publicitário desde 1988, caminhando para 26 anos de atividades ininterruptas. Contista por natureza, vocação ou sina, escreve desde mini contos a contos maiores. Nesse balaio, inclui algumas crônicas.

Olha quem já está por aqui. Que tal dar play e descobrir as músicas mais tocadas na redação do Jornal Opção? Baden Powel e Vinícius de Moraes – Canto de Ossanha Creedence Clearwater Revival – Fortunate Son Dirty Vegas – Save A Prayer Mumford & Sons – Babel Old Crow Medicine Show – Wagon Wheel One Direction – Drag Me Down P!nk – Today's The Day The Weeknd – Can't Feel My Face

No recém-lançado longa, a atriz vive uma roqueira cinquentona que, após ter largado a família para viver o sonho de estrela de rock, tenta salvá-la
[caption id="attachment_45321" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
Tacilda Aquino
Especial para o Jornal Opção
Quem acompanha a carreira de Meryl Streep sabe que não é exagero chamar a atriz de Super Meryl. Afinal, ela já fez de tudo no cinema: uma bruxa e uma primeira ministra e, até mesmo, mães às voltas com os problemas familiares em filmes, como no recente “Álbum de Família” (com Julia Roberts) e em “Um Amor Verdadeiro” (de 1998), no qual contracena com Renee Zellweger.
Com 66 anos, mais de setenta filmes, três Oscar e outras dezesseis indicações como Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, ela bem que poderia ficar em casa, colhendo os frutos de seu trabalho, vivendo de renda ou ajudando a alavancar a carreira de duas filhas atrizes, uma executiva de marketing e um filho músico. Ou, ainda, curtindo o marido Don Gummer, com quem é casada há mais de 35 anos.
Pensando assim, por que ver “Ricki and the Flash – De Volta Para Casa”? Para ver mais do mesmo? Não mesmo. Porque Super Meryl gosta de ir além e vê-la em ação é sempre gratificante. É como comprar toda a discografia de um cantor do qual se é fã. O disco pode nem ser grande coisa, mas a gente curte ouvir a voz do dito cujo, independentemente do que ele esteja cantando.
No caso do mais recente filme da Super Meryl, há outros aspectos que merecem atenção. Um deles é a reunião do diretor Jonathan Demme e da roteirista Diablo Cody, que têm suas carreiras associadas a histórias agridoces sobre personagens fora do padrão social que tentam se adaptar, ou ao menos conviver, com o mundo careta ao redor.
Parecia natural, portanto, que um dia os caminhos do veterano diretor de “Totalmente Selvagem” (1986) e da jovem autora da história de “Juno” (2007) e “Jovens Adultos” (2011) um dia se cruzassem em Hollywood. Este encontro aconteceu em “Ricki and the Flash – De Volta pra Casa”.
Aqui, Meryl é a roqueira cinquentona Ricki Rendazzo que, à noite, toca com a banda The Flash em um bar de uma cidadezinha do vale de São Fernando, na Califórnia, e, de dia, trabalha como caixa de mercado. Os fãs são alguns gatos pingados que – como eu –, curtem clássicos do rock e artistas como Bruce Springsteen, Tom Petty e outros nem tão clássicos assim, como Pink e Lady Gaga.
Assim, só para ouvir Meryl cantando “American Girl”, de Tom Petty; “My Love Will Not Let You Down”; de Bruce Springsteen; “I Still Haven't Found What I'm Looking”, do U2; “Get The Party Started”, de Pink – além de uma versão super cool de “Bad Romance”, de Lady Gaga já valeu a pena ter assistido “Ricki and the Flashes”.
Além das músicas interpretada pela banda, ainda se pode ouvir na trilha sonora artistas como Lucinda Williams, com “Walk On”, Emmylou Harris, em “Here I Am”, Henry Wolfe, com “For The Turnstiles” e The Feelies, em “Paint It Black”. A parte boa do filme é essa. Fora dos palcos, o filme não anda tão bem assim. O roteiro é muito pobre.
A líder do grupo mantém um romance meio enrolado com seu guitarrista Greg, o roqueiro Rick Springfield. Um telefonema vai revelar que a protagonista tem uma família: o ex-marido e também executivo bem-sucedido Pete, interpretado por Kevin Kline, liga para avisar que a filha do casal está em depressão porque seu casamento desmoronou. Ao cruzar o país para rever Julie, interpretada por Mamie Gummer (filha de verdade de Meryl), Ricki será confrontada pelo passado e pela opção de ter largado o lar e os três filhos para ir atrás do sonho de virar uma estrela do rock.
Ainda que coloque em discussão o senso comum a respeito do papel feminino dentro da família e provoque ao mostrar como a sociedade tolera os excessos dos roqueiros homens e condena essas mesmas atitudes das mulheres, falta ao filme a densidade dramática de “O Casamento de Rachel” (2008), outro longa em que Jonathan Demme mostra o reencontro de uma família disfuncional.
Fora dos palcos, um dos pontos altos de “Ricki and the Flash” é a química entre Meryl Streep e Kevin Kline. Eles já trabalharam juntos em “A Escolha de Sophia” (1982). Mamie Gummer, como a filha problemática, é uma boa surpresa do filme. Filha de Streep na vida real, a atriz não se permite ofuscar pela presença da mãe e conquista seu próprio espaço na tela, trazendo uma personagem desequilibrada, sarcástica e muito divertida.
Assista o trailer do filme.

Com a participação de oito grupos teatrais, todas as atividades do Festival, que segue até o dia 14 de setembro, são gratuitas
[caption id="attachment_45162" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
Capital nacional das orquídeas e terra natal da atriz Telma Reston, de extenso currículo no teatro e cinema brasileiro, além da participação em inúmeras novelas da TV, Piracanjuba acreditou na força da cultura e deu sequência ao projeto do Festival Piracanjuba...Açu, que teve sua primeira edição no ano passado.
O II Festival de Teatro de Piracanjuba, que tem início na noite da quarta-feira, 9, segue até a segunda, 14 de setembro. Com a participação de oito grupos filiados a Federação de Teatro de Goiás (FETEG), todas suas atividades são gratuitas.
Oito peças, seis oficinas de teatro e show da Banda Ciranda da Gente ocuparão três espaços da cidade de Piracanjuba, oferecendo espetáculos para todos os gostos e idades. As oficinas estão à cargo de talentosos e experientes profissionais do teatro goiano filiados à FETEG. Eles demonstram o quanto a linguagem cênica pode servir de instrumento para o autoconhecimento, o estímulo à criatividade e o senso crítico, além de demonstrar o quanto é importante trabalhar em equipe.
Em um momento em que a juventude se vê cercada pelos desígnios de uma sociedade de consumo elitista e individualista, o teatro com sua trajetória milenar esclarece que uma sociedade se desenvolve no avanço de todos os seus personagens.
Realizado pela prefeitura de Piracanjuba, através da secretaria de Cultura, o Festival conta com a parceria da FETEG, em seu projeto de descentralização da produção teatral, estímulo a novos talentos e formação de plateias.
Serviço
II Festival de Teatro de Piracanjuba
Dias: 9 a 14 de setembro
Local: Cidade de Piracanjuba
(Teatro Paulo França, Largo da Igreja/Arena e Praça do Relógio)
Atividade Gratuita
Grupos participantes: Cia Anthropos, Cia Benedita, Cia Teatro Destinatário, Cia Licença Poética, Cia Plenluno, Cia Teatro que Roda, Grupo Trupicão, Grupo Zabriskie
Classificação indicativa: Livre para todas as idades
Veja abaixo a programação completa
[caption id="attachment_45161" align="alignnone" width="300"]
Clique na imagem para ampliá-la[/caption]