Por Yago Rodrigues
- Após 14 anos de sua criação, a banda Actemia está de volta com um show de reestreia. No repertório, canções do disco “Com Licença Dona Cidade” e outras inéditas. Cover da banda Raimundos, o grupo Imundos abre a apresentação, que será na sexta-feira, 18, às 20h, no Goiânia Ouro. Os ingressos custam R$ 10, a meia-entrada.
- No domingo, 20, o projeto “Rock In Rua Goiânia” leva o melhor da música, de todos os estilos e tribos, para o Beco da Codorna. Das 15h às 22h30, os DJs embalam o melhor dos anos 1970, 1980 e 1990. Em apoio ao Natal Solidário, a entrada é 1kg de alimento não perecível.

Livro

Música

Filme


No domingo, 13, a Casa de Música e o Shiva Alt-Bar apresentam a segunda edição da Beer Sessions. Com o chopp goiano da Colombina, o Ipa, a sete mangos, a noite promete ao som dos DJs Alan Honorato, representando a Casa de Música e o melhor do Hip Hop, e Pri Loyola, a convidada da vez que não deixa ninguém parado com seus sets. A Beer Sessions tem início às 18h e a entrada custa R$ 5.

Irapuan Costa Júnior escreve ao Opção Cultural para explicar como foi o processo de tradução de “First Principles”, livro do filósofo inglês Herbert Spencer

Confira a lista com algumas dos singles que mais fizeram sucesso durante o ano

[caption id="attachment_53585" align="alignright" width="620"] O espetáculo "Autopsia" integra a programação do Fuga 8 | Foto: Rafaella Pessoa[/caption]
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Criado em 2007, o Festival Universitário de Artes Cênicas de Goiás (Fuga) se tornou a principal data do calendário acadêmico das cênicas da Universidade Federal de Goiás, colaborando com o fortalecimento artístico de Goiás. Produzido por meio do projeto de extensão e cultura Universidade em Cena, em parceria com coordenadores da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac/UFG), sua gestão e organização contam com o trabalho colaborativo entre professores, estudantes e demais envolvidos nas artes. A fim de entrelaçar a dimensão da formação, reflexão e fruição cênica, o Fuga chega a mais uma edição. Sua programação tem início na quinta-feira, 10, na Emac, e conta com espetáculos locais e nacionais, oficinas, debates e atividades científicas voltada para o desenvolvimento e profissionalização. Mais informações: [email protected].

[caption id="attachment_53580" align="alignright" width="620"] Divulgação[/caption]
Com regência de um dos maiores nomes da Música de Concerto do mundo, o maestro Isaac Karabtchevsky, a Orquestra Filarmônica de Goiás apresenta as Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos e a Sinfonia nº 5 de Tchaikovsky no Centro Cultural Oscar Niemeyer, na quinta-feira, 10 de dezembro. Com entrada franca, o espetáculo tem início às 20h30.
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Divulgação[/caption]
A série musical Prosa Sonora, que busca a ampliação do acesso a música regional brasileira e cultura popular, traz a Orquestra Contemporânea de Olinda para os palcos do Instituto Federal de Goiás — Campus Goiânia. Além do grupo pernambucano, se apresentam Luiz Salgado (MG) e Erotori (GO). Com entrada franca, o evento tem início às 19h.

[gallery type="slideshow" size="full" ids="53943,53944"] Entre 10 e 12 de dezembro, de quinta a sábado, o grupo brasiliense Sutil Ato apresenta em Goiânia, no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás, o espetáculo “Autópsia”. Com direção de Jonathan Andrade e dividida em dois atos, a obra foi considerada pela imprensa e crítica especializada o melhor espetáculo teatral brasiliense de 2014. De 2002, o grupo nasceu no Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília (UnB). No palco, oito corpos em cena. Oito personagens despidos de pudor ou moralidade. “Autópsia” é uma adaptação de cinco clássicos do dramaturgo brasileiro, o “autor maldito”, Plínio Marcos. A meia-entrada custa R$ 5 e a classificação etária é de 18 anos. A apresentação começa às 19h.

[caption id="attachment_53574" align="alignright" width="620"] Divulgação[/caption]
A fim de badalar suas segundas de dezembro e janeiro, o El Club, em parceria com o Glória Bar, realiza o “Palafita”, que promete o melhor do chopp goiano e do hip hop, black, funk e soul. O happy hour começa no bar, que fica ao lado do Tribunal de Justiça, e continua no clubinho. No Glória, tem dobradinha de chopp por R$ 10 até à 1h e a entrada é free. Já no El, você continua a festa, regada a dobradinha, até às 4h e a entrada, sem lista ou bônus, é R$25. Lá, os DJs do The White Moustache (DF) se juntam a Thiago Jesus e Mílian G.

Livro
Após sua identidade secreta ser exposta em um jornal, colocando seus amigos na mira dos criminosos de NY, o Homem Sem Medo Matt Murdock enfrenta a maior luta de sua vida nos tribunais.
Demolidor — Revelado
Autor: Brian Michaeli Bendis
Ilustrador: Terry Dodson
Editora: Panini Livros
R$ 92,00
Música
S
ua 1ª edição, “Crianceiras em homenagem ao poeta Manoel de Barros”, fez um enorme sucesso, tanto que virou espetáculo. O novo disco promete seguir os mesmos passos.
Crianceiras — Mário Quintana
Compositor: Mário Quintana
Intérprete: Marcio De Camillo
Gravadora: Criatto Promoções
R$ 34,90
Filme
Premiado em todas as categorias na quinzena dos realizadores de Cannes de 2014, a comédia francesa de Thomas Cailley conta do universo distinto de dois jovens que resolvem se alistar.
Amor à Primeira Briga
Diretor: Thomas Cailley
Distribuidora: Imovision
R$ 39,90

Playlist Opção É hora de dar play! AC/DC — Highway to Hell Antony & The Johnsons — Knockin' on Heaven's Door Barcelona — Love Story (Cover) Benjamin Clementine — Condolence Camera Obscura — Keep It Clean Itamar Assumpção — Batuque Hamlet — Un Mundo En Pausa Little Mix — Love Me Like You Stromae — Carmen Stromae — Papaoutai Wesley Safadão — Camarote

Com apenas 20 anos, o cantor goiano Stefanini lançou, recentemente, o EP "ONDE". Ele conta um pouco sobre seu trabalho, que vai muito além de suas músicas [gallery type="slideshow" size="full" ids="53345,53346"] "E se eu fosse imune ao despreparo do meu coração?"
Stefanini, trecho da canção "Canto de Fuga"
Yago Rodrigues Alvim O jovem cantor goiano Stefanini já contou ao Jornal Opção que com apenas três anos já nascia na música. Escutava fitas gravadas pela mãe, cantarolava, enrolado, de Laura Pausini a Kurt Cobain. Hoje, já com seus 20 anos, lança seu próprio som — que traz as diversas sonoridades que o compuseram e não só enquanto cantor, já vale dizer. Com primor visual, o artista disponibiliza também ao público seu primeiro trabalho audiovisual, o videoclipe da faixa “Eu Sei”, do recém-lançado EP “ONDE”. É sobre isso que ele conta nas próximas linhas. Bora descobrir um pouco mais de Stefanini? [relacionadas artigos="43712,36227"] “ONDE” saiu na segunda-feira, 30 de novembro, nas maiores plataformas de streaming, a exemplo iTunes e Spotify. Como foi lançar essa prévia do seu trabalho, o qual também já apresentou ao público pelo projeto Palco Interativa, no Bolshoi, em Goiânia? É um sentimento de missão cumprida. O "ONDE" vem, desde 2012, sendo construído de forma minuciosa, tanto em imagem quanto em som por mim, Gorky (Bonde do Rolê), Pedrowl, Luís Araújo, Thaynara Mesquita e Rodolfo Brasil. Depois de passar por várias mudanças nesses dois âmbitos, conseguimos encontrar algo que nos agradasse e que fosse original. O EP é um reflexo das diversas mudanças emocionais e físicas que eu passei entre os anos de 2012 e 2014. É um “minidocumentário” deste período. E como tem sido a recepção? A recepção tem sido linda. O Soundcloud totaliza mais de 15 mil plays e vejo vários compartilhamentos nas redes sociais. Acho que as pessoas se identificaram com a simplicidade das letras e as emoções por trás de cada faixa. Por enquanto, tenho experienciado só coisas boas. Junto do EP, você também lançou o videoclipe do single “Eu Sei”. De onde surgiu a ideia do clipe e como foi gravá-lo e até mesmo quanto à edição, uma das coisas marcantes do vídeo? O videoclipe de “Eu Sei” foi desafiador porque era uma preocupação minha expor todo o sentimento da faixa em um roteiro simples, já que os seus versos são bem fáceis de entender. Gravamos uma primeira versão do clipe seguindo essa linha, mas o resultado final acabou literal demais e não me agradou. Então, o fotógrafo Rodolfo Brasil sentou comigo e me mostrou uma alternativa mais metafórica que mais me agradou visualmente. A partir desta ideia, começamos a construir a versão final do vídeo juntamente com outros dois amigos designers, o Luís Araújo e a Thaynara Mesquita. Quanto ao encarte, à arte do EP, você derrete no disco? Como é isso e, até mesmo, existe algo que quis passar pela arte? O encarte foi todo construído pelo Luís, utilizando as fotografias do Rodolfo. O objetivo era produzir algo que fizesse coesão com a sonoridade original do EP e o meu comportamento como artista. É para ser uma verdadeira experiência conjunta entre imagem e som. Não são fotos que as pessoas vão apenas folhear e esquecer, elas têm aqueles elementos justamente para o público perder alguns minutos olhando e encontrando a familiaridade com as faixas. Ela mostra enquanto um artista conceitual. Você acredita que isso está crescendo no mundo da música ou é algo que sempre existiu? Sempre foi uma preocupação dos artistas unir de forma coerente a imagem e o som. São coisas bem difíceis de se separar nesta indústria. Você não vende só um disco, mas o conceito estético que criou detrás dele e que faz as pessoas se identificarem, quererem aquilo ou até mesmo se lembrarem de momentos passados, por exemplo. Essa união aguça os sentidos. Por isso, a música possui tanto poder de influência sobre a sociedade. Por fim, quais são os próximos passos? Os próximos passos são lançar um disco no ano de 2016 com algumas parcerias incríveis, fazer shows mais elaborados visualmente e continuar neste caminho fazendo o que eu sempre amei e me moveu: música. https://soundcloud.com/stefaninimusic/sets/onde-ep
“The Complete Stories” ainda não foi publicado no Brasil. A expectativa é que chegue às livrarias brasileiras no próximo ano
[caption id="attachment_53319" align="alignright" width="250"] Ilustração de Jean-Philippe Delhomme | NY Times Reprodução[/caption]
“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”
Clarice Lispector, em Aprendendo a viver
Yago Rodrigues Alvim A crítica literária do The New York Times (NY Times) publicou uma lista dos cem melhores livros de ficção, poesia e não-ficção de 2015. A surpresa, ou nem tão surpresa assim, está entre os dez primeiros colocados, mais especificamente no sexto lugar. É o livro “The Complete Stories” (New Directions), de Clarice Lispector. Com edição de Benjamin Moser e sensivelmente traduzido por Katrina Dodson, a obra ainda não foi publicado no Brasil. A expectativa é de que ele chegue por aqui no ano que vem. [caption id="attachment_53320" align="alignleft" width="250"]

Realizada na Biblioteca Parque Villa-Lobos, a premiação também condecorou Estevão Azevedo e Micheliny Verunschk [gallery size="full" type="slideshow" ids="53305,26853"] Yago Rodrigues Alvim “Eu era incapaz de chegar a um lugar e dizer o que queria. Sempre envolvida pelas possibilidades de estar querendo — ou acreditando querer — a coisa errada. Sempre que eu ia a uma lanchonete com meu pai, eu precisava ver o cardápio inteiro, todas as vitrines de bolos, ponderando, desesperadamente, sobre as opções. Ele sempre se impacientava com isso. Em lanchonetes, ele caminhava decidido ao balcão e, sem perguntar o que serviam, sem ter em mãos o cardápio, pedia: Um misto quente e um café. Ele não se preocupava com as opções. E por que deveria? Eu é que tive opções demais na vida. Ele, não. Ele sabia o que queria. Adaptou-se ao fato de que qualquer birosca ofereceria misto quente e café. Ele teve uma só possibilidade. — Tem que ser simples — ele dizia. — Mas com o senhor vai saber se eles não têm algo muito melhor a oferecer que o misto quente?” Do romance “Enquanto Deus Não Está Olhando” (Record), o trecho, acima citado, é apenas um aperitivo de Débora Ferraz, autora pernambucana que venceu o Prêmio São Paulo de Literatura 2015, na categoria Melhor Livro de Romance do Ano – Autor Estreante com menos de 40 anos. Realizada na Biblioteca Parque Villa-Lobos, a premiação também condecorou Estevão Azevedo, na categoria Melhor Livro de Romance do Ano, com o livro “Tempo de Espalhar Pedras” (Cosas Naify), e Micheliny Verunschk, na categoria Melhor Livro de Romance do Ano – Autor Estreante com mais de 40 anos, com o livro “Nossa Teresa - Vida e Morte de uma Santa Suicida” (Patuá). [relacionadas artigos="26397"] Não linear e com fluxo de pensamento, o romance de estreia de Débora narra a história de Érica, uma jovem artista plástica que conta com a companhia de Vinícius, um antigo amigo, para desvendar o paradeiro do pai, que fugiu do hospital em que estava internado. Além da perda e da insegurança de entrar na vida adulta despreparada (leia o trecho abaixo), a obra é sobre o que a escritora chama de “instante modificador”, o ínfimo de segundo que transforma completamente a trajetória do homem. Natural de Natal, no Rio Grande do Norte, Estevão Azevedo graduou em Jornalismo e Letras. Atualmente reside em São Paulo, onde atua como editor e escritor. Publicou os livros de contos “O Terceiro Dia” (2004) e “O som do nada acontecendo” (2005), ambos pelo coletivo Edições K. “Nunca o Nome do Menino” (Terceiro Nome, 2008), seu primeiro romance, foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2009. Já Micheliny Verunschk, também pernambucana, estreou no gênero romance com “Nossa Teresa – Vida e Morte de uma Santa Suicida”. Doutoranda em Comunicação e Semiótica e mestre em Literatura e Crítica Literária, ambos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Micheliny também é autora dos livros “Geografia Íntima do Deserto” (Landy, 2003), “O Observador e o Nada” (Edições Bagaço, 2003) e “A cartografia da Noite” (Lumme Editor, 2010). Por fim, mais um trecho de “Enquanto Deus Não Está Olhando” de Débora, escritora que participou do projeto Quatro Estações, idealizado pelo escritor e crítico literário Sérgio Tavares, e publicado no Jornal Opção. O projeto se trata de quatro contos em que dois autores escrevem, a quatro mãos, uma breve narrativa inspirada em uma estação do ano. Luisa Geisler e Débora abriram o projeto com o conto Primavera. “— Ora, por que eu deveria me preocupar? Misto quente está ótimo. A pessoa tem que ter decisão na vida. Tem que chegar já sabendo o que quer. — Ele parecia ter listas definidas: cerveja em bares, misto quente e café nas lanchonetes, churrasco de picanha em restaurantes. Fim de papo. Enquanto eu lia detalhadamente as descrições de cada prato, atravessando labirintos e vagando, eternamente, entre uma e outra opção, na névoa delas, rezando para topar, por acaso, com a coisa que eu queria sem saber. Pessoas assim nunca vão crescer, de fato. Pensei, desanimada, sobre minha própria incompetência para uma vida adulta.”

O articulista e cronista Irapuan Costa Junior lança a tradução de “Primeiros Princípios” (Cânone Editorial), escrito pelo filósofo inglês Herbert Spencer, e o livro “Jogo de Memória – Lembranças, Livros e Histórias” (Ex Machina), na segunda-feira, 7, às 19h30. O lançamento será realizado no Palácio do Governo de Goiás, na Praça Cívica, e toda renda será revertida em benefício do Hospital Araújo Jorge, por meio da Associação de Combate ao Câncer em Goiás.