Por Thiago Burigato

De acordo com a gerência de Análise de Informações da Secretaria da Segurança Pública de Goiás, foram 48 assassinatos na capital em abril deste ano contra 52 no mesmo mês do ano passado
A deputada federal Flávia Morais tem confidenciado aos aliados do PDT que, depois de descartar aliança com o pré-candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso, porque não acredita que formará uma chapa competitiva para deputado federal, deve compor com o candidato do PMDB a governador, Júnior Friboi, ou com o governador Marconi Perillo, do PSDB. No cenário atual, Flávia Morais tende a compor com Júnior Friboi, que lhe oferece a estrutura tida como mais adequada para a disputa. Mas está examinando uma proposta do tucanato. O prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda, afirma que não muda de posição: vai apoiar Antônio Gomide, do PT, para governador. O pedetista, que considera Gomide um modelo como gestor e como político, aposta que se trata do “símbolo da mudança”.
O deputado federal Roberto Balestra (PP) tem confidenciado que, assim como Ronaldo Caiado (DEM), está meio cansado da Câmara dos Deputados, onde está há mais de 20 anos. Por isso alguns de seus aliados avaliam que Balestra deve ser candidato a um cargo majoritário — como vice-governador ou senador.
O governador Marconi Perillo tem apreço pelo parlamentar dada sua lealdade. Em 2010, quando o deputado federal Sandes Júnior (PP) preferiu ficar ao lado do então governador Alcides Rodrigues e do então secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, Balestra desafiou o poder e ficou ao lado tucano-chefe.

[caption id="attachment_3238" align="alignnone" width="620"] Gustavo Sebba, Humberto Aidar, Ernesto Roller e Virmondes Cruvinel Filho: quatro nomes fortes para a disputa de outubro[/caption]
PSDB — 11 candidatos para 8 vagas: 1 — Gustavo Sebba (Catalão); 2 — Iso Moreira (Nordeste de Goiás); 3 — José Vitti (Palmeiras de Goiás); 4 — Júlio da Retífica (Porangatu); 5 — Lêda Borges (Valparaíso); 6 — Marcos Martins (Goiânia); 7 — Marquinhos do Privê (Caldas Novas); 8 — Nédio Leite (Jaraguá); 9 — Sônia Chaves (Novo Gama); 10 — Tulio Isac (Goiânia); 11 — Vítor Priori (Jataí).
PMDB — 11 candidatos disputam 6 vagas: 1 — Barbosa Neto; 2 — Bruno Peixoto (Goiânia); 3 — Clécio Alves (Goiânia); 4 — Ernesto Roller (Formosa); 5 — José Essado (Inhumas); 6 — José Henrique (Rio Verde); 7 — José Nelto (Goiânia); 8 — Luiz Carlos do Carmo (Goiânia); 9 — Nélio Fortunato (Trindade); 10 — Paulo Cezar Martins (Quirinópolis); 11 — Wagner Siqueira (Goiânia).
PSD — 6 candidatos disputam 4 vagas: 1 — Diego Sorgatto (Luziânia); 2 — Francisco Júnior (Goiânia); 3 — Frederico Nascimento (Goiânia); 4 — Lincoln Tejota (Goiânia e região do Araguaia); 5 — Lissauer Vieira (Rio Verde); 6 — Virmondes Cruvinel Filho (Goiânia).
PT — 6 candidatos disputam 4 vagas: 1 — Adriana Accorsi (Goiânia); 2 — Carlos Soares (Goiânia); 3 — Humberto Aidar (Goiânia); 4 — Karlos Cabral (Rio Verde); 5 — Luis Cesar Bueno (Goiânia); 6 — Marina Santana (Goiânia).
PTB — 6 candidatos para 3 vagas: 1 — Henrique Arantes (Goiânia); 2 — Luiz Roberto (Águas Lindas); 3 — Marlúcio Pereira (Aparecida de Goiânia); 4 — Tales Barreto (Goiânia); 5 — Walcenor Braz (Luziânia); 6 — Zé Antônio (Itumbiara).
PSL — 3 candidatos para 1 vaga: 1 — Lucas Calil (Goiânia); Mozar Moraes (Goiânia); 3 — Wellington Valin (Inhumas).
PHS — 4 candidatos disputam 1 vaga: 1 — Chiquinho de Oliveira (Goiânia); 2 — Dr. Waldir ( Aparecida de Goiânia); 3 — Jean Carlo (Itaberaí); 4 — Mauro Bento (Jataí).
PR — 2 vagas: 1 — Álvaro Guimarães (Itumbiara); Cláudio Meirelles (Goiânia e Jussara).
PP — 4 candidatos para 2 vagas: 1 — Abelardo Vaz (Inhumas); 2 — Franco Martins (Senador Canedo); 3 — Pedro Canedo (Anápolis); 4 — Geraldo Messias ( Águas Lindas).
PSB — 2 candidatos para 1 vaga: 1 — Túlio Sérvio (Senador Canedo); 2 — Evandro do Rainha da Paz (Águas Lindas).
DEM — 1 vaga: Helio de Sousa (Goianésia).
PSC — 1 vaga: Simeyzon Silveira (Goiânia).
PRB — 1 vaga: Pastor Jefferson (Anápolis).
PTN — 1 vaga: Francisco Gedda (Jataí)
PRTB — 2 candidatos para 1 vaga: 1 — Charles Bento (Goiânia); 2 — Leonardo Veloso (Rio Verde).
PMN — Dois candidatos para 1 vaga: 1 — Elias Júnior (Goiânia); 2 — Eliane Pinheiro (Anápolis).
Solidariedade — 2 candidatos para 1vaga: 1 — Carlos Antônio (Anápolis); 2 — Ney Nogueira (Santa Helena).
PDT — Dois candidatos para 1 vaga: 1 — Paulinho Graus (Goiânia); 2 — Zé de Lima (Anápolis).
PC do B — 1 vaga: Isaura Lemos (Goiânia).

[caption id="attachment_3239" align="alignleft" width="166"] Iris Rezende: nome forte para a sucessão de Paulo Garcia[/caption]
Mesmo que Iris Rezende não demonstre muito entusiasmo, no seu bunker, que permanece cheio, porém menos motivado e mais lamentoso, há iristas que ensaiam uma resistência e insistem que o decano peemedebista, caso Júnior Friboi não emplaque, continua à disposição para a disputa do governo de Goiás.
Consultado pelo Jornal Opção, um pesquisador experimentado sugere que os iristas ensarilhem as armas e adotem outra tática. Porque as próximas pesquisas, sem o nome de Iris como referencial, tenderão a mostrar Friboi crescendo. O pesquisador acredita, até, que, brevemente, o empresário, dada sua imensa estrutura, deve superar o segundo colocado, Vanderlan Cardoso, do PSB.
Os iristas mais realistas já ensaiam outro discurso. Eles propõem que, como o prefeito petista Paulo Garcia está desgastado, Iris seja candidato a prefeito de Goiânia em 2016. Acredita-se que é o único nome que tem chance de derrotar a oposição.

[caption id="attachment_3235" align="alignright" width="310"] Armando Vergílio: “Acredito que o deputado Ronaldo Caiado acrescenta, e muito, na chapa majoritária de Marconi Perillo”[/caption]
Depois de uma longa conversa com o governador Marconi Perillo, o deputado federal Armando Vergílio recuou de sua posição inicial. O presidente regional do Solidariedade dizia, com frequência, que não tinha certeza de que o tucano-chefe seria candidato à reeleição. “Hoje, acredito que Marconi será candidato a governador, porém mais por falta de alternativa, que não foi construída em quase quatro anos, e pelas pressões de um grupo que precisa muito de seu apoio do que por convicção pessoal.”
Na opinião de Armando Vergílio, Marconi está praticamente sendo obrigado a disputar a reeleição. “Percebo que ele tem dúvida sobre se deveria disputar mais um pleito, sobretudo agora. Possivelmente não gostaria de ser candidato, mas sabe que, dadas as circunstâncias, terá de concorrer ao governo.”
Depois do encontro com Marconi, em Goiânia, Armando Vergílio decidiu apoiar sua reeleição? “O Solidariedade está prestes a compor uma chapa majoritária. Podemos encabeçar uma chapa ou, então, fazer parte dela. Friso que nosso partido não depende das decisões de líderes de outros partidos, pois temos autonomia. Adianto que, nos próximos 15 dias, a política em Goiás será acelerada e, assim, mudará muita coisa.”
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As pesquisas “não mentem” e captam o “sentimento profundo da sociedade”, avalia Armando Vergílio. “O eleitor está sugerindo que vai buscar o novo e que quer mudança. Nas pesquisas, quantitativas e, especialmente, qualitativas, o eleitor está firmando que vai votar contra os atuais ‘mandatários’.” No momento, na opinião do deputado, “há três pré-candidatos que podem ser apontados como simbolizando o ‘novo’ — eu, Antônio Gomide, do PT, e Júnior Friboi, do PMDB. Percebo que Gomide não volta atrás, pois me disse que não aceita ser vice nem candidato a senador. Está decidido, basicamente porque sabe, estribado em pesquisas, que o eleitor está apostando no ‘novo’. Friboi mostrou capacidade de articulação ao firmar sua candidatura, superando um ícone histórico do PMDB, Iris Rezende. Precisa, portanto, ser levado a sério pelos adversários”.
Entretanto, Friboi, para se fortalecer, precisa convencer Iris a disputar mandato de senador. “Seria o upgrade essencial à postulação do empresário. Friboi representa o ‘novo’ com estrutura, porém, por lhe faltar experiência política e, até o momento, popularidade, precisa, e muito, de um apoio decidido e presente de Iris.”
Vanderlan Cardoso não representa mais o novo, na opinião de Armando Vergílio. “Mas isto não significa que tenha ‘envelhecido’ politicamente. Ele parece decidido a disputar.”
Opinar sobre a formatação de chapas majoritárias de outros partidos não é muito do agrado de Armando Vergílio, exceto quando faz algumas pinceladas.
“Acredito que a chapa majoritária de Marconi Perillo não está inteiramente definida. É possível que o único nome definido é o seu. O fato é que o deputado federal Ronaldo Caiado acrescenta numa composição com Marconi, pois tem votos ‘próprios’, atrai ‘votos novos’. Sei que está decidido a ser candidato, ainda que sozinho. O problema é que o DEM está praticamente com Marconi.”
Aos 26 anos, Nayara Barcelos é uma jovem que adora política e que planeja ser candidata a deputada federal pelo PSB, com o apoio do pré-candidato a governador Vanderlan Cardoso. Nayara não quer ficar conhecida como a “ex-mulher do deputado Heuler Cruvinel”.
Ao contrário dos boatos de que havia desistido da disputa, optando por compor com as forças tradicionais da cidade, Nayara disse ao Jornal Opção que está “firme, forte e decidida a disputar mandato de deputada”. Ela afirma que pertence a um grupo e que, com seus aliados, vai conversar com Vanderlan sobre a candidatura. “O PSB é minha primeira filiação partidária e me orgulho de ser uma militante. Nós temos um candidato a governador convincente, com projetos para reordenar o desenvolvimento e modernizar a economia de Goiás”, afirma.
Nayara frisa que Rio Verde deve bancar de três a quatro candidatos a deputado federal. “Eu devo ser candidata, estou animada. Heuler Cruvinel, do PSD, deve disputar, mas pode ser derrotado, pois não cumpriu as expectativas dos eleitores de Rio Verde e região. Além disso, seu principal cabo eleitoral, o prefeito Juraci Martins, está muito desgastado. Paulo do Valle, do PMDB, afirma que será candidato. Mas sei que principal projeto é a disputa pela Prefeitura de Rio Verde, em 2016. Teme perder e ficar com uma imagem negativa, principalmente se seu rival, Heuler Cruvinel, for eleito. Chico do KGL, do PDT, também afirma que será candidato.”
Para deputado estadual, Nayara afirma que os nomes mais cotados são os de Lissauer Vieira, do PSD, Karlos Cabral, do PT, e Leonardo Veloso, do PRTB. “Leonardo conta com o apoio de Júnior Friboi, que certamente será valioso.”
[caption id="attachment_3241" align="alignleft" width="250"] Reinaldo Barreto[/caption]
O ex-secretário de Finanças da Prefeitura de Goiânia Reinaldo Barreto diz que seu sucessor, Cairo Peixoto, “caiu rápido porque subestimou publicamente o prefeito Paulo Garcia, que comanda a cidade há três anos, ao dizer que ele não tinha informação sobre a difícil situação financeira municipal. Freitas anunciou medidas que já estavam em andamento, como a criação do Cadin e o projeto de recebimento da dívida ativa, como se fossem iniciativas suas. É um boquirroto”.
Um petista, menos moderado do que Reinaldo Barreto, embora prefira o anonimato, chama o ex-secretário de “Parvo de Desfeitas”. “Na verdade, apresentado como o homem que sabia das coisas, Parvo está desatualizado, anacrônico. Ele parou no tempo. Não entendeu que os métodos modernos de gestão de finanças têm pouco a ver com aqueles que empregava na gestão de Darci Accorsi., há duas décadas.”
Não procede, porém, que Peixoto, o secretário-meteoro, estaria com depressão e tomando medicamentos controlados. Ele já estaria beirando os escritórios políticos de Júnior Friboi e de Vanderlan Cardoso.

O grupo de Henrique Tibúrcio, Miguel Cançado e Reinaldo Barreto, entre outros, não definiu o nome do candidato a presidente da OAB-Goiás, sugerindo que a eleição será realizada daqui a um ano.
Mesmo assim, a situação, o grupo OAB Forte, aposta nos seguintes nomes: Sebastião Macalé, Flávio Borges, Reginaldo Martins e Pedro Paulo Medeiros.

Diferentemente de Cairo Peixoto, o “Escorpião Plebeu” — no dizer de petistas —, o novo secretário de Finanças da Prefeitura de Goiânia, Jeovalter Correia, é, além de eficiente, discreto. O prefeito Paulo Garcia fez uma escolha decente e inteligente.
Jeovalter Correia trabalhou no governo de Marconi Perillo e, ao contrato de Cairo Peixoto, não criou problemas.

[caption id="attachment_3236" align="alignleft" width="310"] Iris Araújo: a deputada é firme e pode não aceitar a composição com Friboi[/caption]
Costuma-se dizer que o ex-governador Iris Rezende é mais flexível e que a deputada federal Iris Araújo é mais radical. De fato, o ex-prefeito de Goiânia é mais tolerante, ouve mais e busca composições. A parlamentar é mais arrojada e, quando não gosta, não gosta mesmo e, se necessário, faz cara feia. A peemedebista, que deve disputar a reeleição, não gostou do fato de que Júnior Friboi atropelou Iris Rezende e que este não recebeu a solidariedade dos principais líderes do PMDB. Há aqueles que dizem que a resistência do peemedebismo a Iris Rezende é uma forma de rejeitar Iris Araújo. Puro pretexto. Há muito que grupos do partido queriam arrancar o ex-ministro do comando, mas faltavam-lhe tutano. Com a filiação de Júnior Friboi, que criou uma estrutura poderosa dentro do partido, praticamente tornando-o uma célula do friboizismo, aqueles que queriam afastar Iris criaram coragem.
Ao impedir a candidatura de Iris Rezende ao governo, o grupo de Friboi, do qual participam Maguito Vilela, Pedro Chaves, Marcelo Melo, reduziu sua força política. Mas o candidato precisa dos dois Iris. Portanto, Friboi vai trabalhar para que um dos Iris seja candidato a senador em sua chapa. Se não for o Rezende, poderá ser a Araújo.
Iris Araújo tem vontade de ser senadora, mas resta saber se o grupo vai aceitar aliar-se a Friboi, acolhendo uma postulação vista como consolação, ou se vai marcar presença, mostrando-se independente. Por ser empresário — e muitos empresários tendem a avaliar que tudo, no reino da mercadoria, está à venda —, Friboi avalia que será fácil dobrar os dois Iris. Não será.
O que Friboi quer, de fato, é Iris Rezende empenhado 100% em sua campanha. E sabe que se não estiver na chapa majoritária, ou se Iris Araújo não estiver, Iris pode até apoiá-lo, mas não será um apoio convicto, com forte presença
Um grupo de iristas não vai fazer alarde, mas vai trabalhar e votar no pré-candidato do PT a governador de Goiás, Antônio Gomide. Iristas dizem que Gomide, candidato leve, é visto como o “novo” e simboliza a “mudança”. Poderá ser o candidato do tostão contra o milhão (Júnior Friboi). Ideologicamente, os iristas estão distantes de Gomide. Mas a antipatia por Júnior Friboi é crescente. O empresário é visto como o político que levou peemedebistas históricos a traírem Iris Rezende. Durante anos, Goiânia ficou conhecida por sua limpeza e por suas ruas arborizadas. Agora, dada a cobertura da mídia nacional, está se tornando conhecida como “cidadão-lixão”. Não será fácil recuperar a boa imagem de outros tempos. Embora seja um político limpo, a própria imagem de Paulo Garcia está profundamente arranhada. Ele se tornou o Judas de uma cidade que não tem papas na língua. Há quem, inclusive, lamente não ter votado em Jovair Arantes (PTB), o candidato derrotado, em 2012, pelo petista.
Uma coisa é certa: o empresário Júnior Friboi está se tornando um político obstinado e duro. Instado a jogar a toalha, sob intensa pressão do irismo, não apenas não desistiu da luta e, como se fosse uma espécie de Roy Nelson — o lutador americano de MMA que nocauteou o brasileiro Minotauro —, jogou pesado e atropelou Iris Rezende. Derrotar Iris, praticamente aposentando o principal líder do PMDB — pelo menos em termos de disputa para o governo do Estado —, foi o primeiro grande trunfo de Friboi. Fica evidenciado que o empresário não tem medo de enfrentar políticos poderosos, com ampla história. Para seus aliados, foi uma prova de coragem. “Foi a primeira vez que Iris Rezende foi derrotado internamente e de maneira vexatória”, afirma um friboizista. “Júnior pediu para que, a partir de agora, tratemos Iris com carinho e respeito, com o objetivo de atrai-lo para a chapa majoritária, como candidato a senador”, acrescenta. Depois de derrotar Iris, Friboi e seus aliados acreditam que, com um trabalho de Hércules, será possível vencer Marconi Perillo. O problema é que os eleitores não compõem um exército de mercenários...
O que há de comum entre os deputados federais Sandro Mabel, do PMDB, e João Campos, do PSDB? Simples: ambos querem ser candidatos a prefeito de Goiânia, em 2016, mas possivelmente acabarão disputando a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Mabel é católico e Campos é evangélico. Há dois cenários. Se o governador Marconi Perillo for reeleito, Campos será um candidato fortíssimo, com estrutura farta. No entanto, se Júnior Friboi for eleito, a estrutura será de Mabel. Este enfrenta um problema: em Aparecida, o vice-prefeito Ozair José, do PT, garante ter o apoio do prefeito Maguito Vilela, do PMDB, para disputar a prefeitura. Em Goiânia, o PMDB pode bancar Iris Rezende ou Agenor Mariano. João Campos não tem rival de porte em Aparecida, porém, se Marconi foi eleito, seu candidato a prefeito de Goiânia tende a ser o presidente da Agetop, Jayme Rincon, que, de avião como gestor, está se tornando um avião político.
Atravessando um bom momento político, com a recuperação da imagem e crescimento da popularidade, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, voltou a sonhar com a política nacional. Se for reeleito este ano, Marconi vai trabalhar, dependendo do cenário, para disputar um mandato nacional. Se Aécio Neves, pré-candidato do PSDB a presidente da República, for eleito, em 5 de outubro, o tucano goiano tende a disputar mandato de senador em 2018. No entanto, se Aécio for derrotado, pretende colocar seu nome à disposição para ser candidato daqui a quatro anos. Se encontrar resistência no PSDB, Marconi poderá ser candidato a presidente pelo PSD de Gilberto Kassab.