Por Sarah Teófilo
O deputado estadual Jean Carlo (PHS), com o apoio de José Garrote, o empresário mais rico da cidade, deve disputar a Prefeitura de Itaberaí. Por ser gestor e por ter prestígio político, é apontado como imbatível. “É um craque”, afiança o advogado tucano Gilberto de Castro.
Ricardo Corrêa era o chefe de gabinete do vice-governador José Eliton, mas perdeu o cargo para Rogério Félix.
O deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB) tinha 23 superintendentes. Perdeu quase todos. Vecci é forte junto ao governador Marconi Perillo e, por isso, quer mais cargos para seus aliados. Na Secretaria de Gestão e Planejamento, porém, Giuseppe Vecci mantém o controle de pelo menos 85% dos cargos mais importantes. O secretário Thiago Peixoto está com dificuldade para acomodar o seu pessoal.
De um tucano erado: “Quando a gente chega perto de José Eliton já sente o ‘cheiro de governador’”.
Um irista, dos mais moderados e íntimos do ex-prefeito, afirma que Iris Rezende vai para o Xingu, até cultiva soja. “Mas o que ele gosta mesmo é de fazer política. Fora da política, o ex-governador se torna um peixe fora d’água. Sente-se mal.” “No Xingu, ele não se interessa muito pelas plantações, até porque não idade para grandes esforços físicos. Da roça Iris não pega nem carrapato”, diz, enigmático, o irista.
O presidente do PHS, Eduardo Machado, diz que o secretário das Cidades, Vilmar Rocha, “é 100% família”. Na semana passada, o presidente do PSD de Goiás estava feliz, mais do que de hábito — ele está sempre de bem com a vida. Motivo: o nascimento de sua neta Clara, filha de Clarissa.
Naçoitan Leite, do PSDB, é favorito na disputa pela Prefeitura de Iporá. Porém, se quer mesmo ser eleito, não pode brincar em serviço, pois tende a enfrentar uma pedreira, o professor Paulo Alves de Oliveira, do PT, que simboliza a renovação, e Max Mahoen, do PMDB, que parece mas não é galinha morta, pois já foi prefeito duas vezes. O maior perigo são as histórias das “favas contadas”. Há candidatos que dormem líderes nas pesquisas, considerando-se praticamente eleitos, e acordam derrotados e reclamando da vida. Em Iporá, eleitores mais esclarecidos dizem, em tom de pilhéria mas focando a realidade do município: “Naçoitan é ficha limpa, mas a cidade está suja”. O prefeito, eleito porque Naçoitan não pôde ser candidato em 2012, é apontado como “decepcionante”. Ele não tem tino administrativo e, com dois anos de mandato, parece inteiramente perdido, dizem seus adversários e, pior, até alguns de seus aliados. “O prefeito é teleguiado”, diz um oposicionista.

O Órion Business & Health Complex é um dos principais empreendimentos imobiliários de Goiás — um investimento de cerca de 600 milhões de reais. A obra incluirá hotel — da rede Atlantica Hotels International, segundo publicidade veiculada na internet —, hospital, salas corporativas, lojas, restaurantes e a nova sede da Associação Médica.
O Órion é um grande negócio, de qualidade irretocável. Mas dois médicos dizem que os empreendedores possivelmente terão de resolver um problema. Um grupo de médicos repassou dinheiro para a construção da sede da Associação Médica do Estado de Goiás, nas confluências das avenidas Portugal e Mutirão, no Setor Marista, e se tornou uma espécie de sócio-patrimonial. Agora, há a possibilidade de exigirem seus direitos na Justiça.

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, tem um ano e 11 meses para recuperar sua gestão, hoje mal avaliada pela sociedade.
Para tentar se recuperar, o petista-chefe vai seguir o exemplo do governador Marconi Perillo que, nos dois anos finais, focado inteiramente na gestão, conseguiu resgatar tanto o governo quanto sua imagem pessoal e política.
Paulo Garcia, como não vai disputar mandato em 2016, não tem a preocupação de fazer mais política do que de gerir a máquina. Aliados mais moderados avaliam que deve sair do “palanque” e estabelecer relações administrativas não conflituosas com o tucano-chefe. O petista precisa “amar” mais Goiânia e “adorar” menos Iris Rezende.
O contencioso de Paulo Garcia com Marconi Perillo deriva, em larga medida, de sua relação política com o prefeito com Iris Rezende. Ocorre, porém, que o peemedebista-chefe, com a derrota de 2014, “saiu” da política estadual e agora pode ser considerado, no máximo, um político de Goiânia. Noutras palavras, não tem mais sentido o petista “brigar” com o tucano para defender o decano de 81 anos. É uma batalha inútil, quixotesca.
Projeto número 1 das oposições, ou de parte delas: tentar impedir que o governador Marconi Perillo (PSDB) contribua para eleger o próximo prefeito de Goiânia. Acredita-se que, se perder em Goiânia, as oposições terão muita dificuldade para eleger o sucessor do tucano-chefe em 2018. Ao mesmo tempo, se o tucanato eleger o próximo prefeito, ficará mais fácil eleger o governador em 2018, pois as oposições terão perdido sua principal base no Estado, quer dizer, estrutura. Por isso, a batalha por Goiânia será agressiva — não será nenhum passeio. Os pré-candidatos — de todas as correntes — serão bombardeados. Até a lua de mel de parte do PMDB e do PSDB com Vanderlan Cardoso não deve demorar muito.
Um auxiliar da gestão estadual viu quando o superintendente do Detran, João Furtado, entrou no gabinete do governador Marconi Perillo com cara de poucos amigos. Porém, ao deixar o Palácio Pedro Ludovico, João Furtado já estava com cara de muitos amigos. “Suas feições não eram as de quem está demissionário. Ele saiu falando de projetos que pretende implantar no Detran.” O Detran é o órgão do Estado que, apesar de capitalizado, é o que mais atrai mídia negativa para o governo do Estado. João Furtado é um executivo competente e íntegro. Porém, num mundo cada vez mais integrado pela comunicação, o dirigente do Detran detesta comunicar-se.
Uma dessas coisas curiosas da vida: o Jornal Opção publicou que o vereador Vinicius Luz (PSDB), com menos de 40 anos, pode ser a alternativa renovadora para prefeito em Jataí. Aí, imediatamente, a cúpula do PSDB declarou que o empresário Victor Priori, quase bilionário, deve ser o candidato do partido. Porém, o Jornal Opção recebeu comentários e telefonemas sugerindo que, se quiser ganhar em Jataí, o PSDB terá de inovar. Lá, todos admiram Victor Priori como empresário bem-sucedido, mas quer na prefeitura “gente como a gente”. O empresário tende a ser derrotado, mais uma vez, pelo PMDB, agora com Leandro Vilela.
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), reúne-se na terça-feira com vários governadores, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. Na pauta uma discussão ampla do etanol. Embora seja considerado como o futuro para o Brasil e para o mundo, por ser uma energia renovável e menos poluente, o etanol (os produtores), por falta de apoio do governo federal, está em crise. Várias usinas que produzem álcool — algumas tendem a priorizar a produção de açúcar — estão falindo.

[caption id="attachment_27470" align="alignright" width="300"] Giuseppe Vecci quer ser “o” herdeiro político de Marconi Perillo[/caption]
O fogo amigo no governo de Marconi Perillo nunca esteve tão quente. As razões? Disputa por espaço e consciência de que quem avançar mais poderá se tornar “o” herdeiro político. Dois tucanos querem disputar a Prefeitura de Goiânia, o presidente da Agetop, Jayme Rincón, e o deputado federal Giuseppe Vecci. Veccistas sugerem que o parlamentar prefere disputar o governo, mas admitem que a prefeitura é o treino perfeito para o governo em 2022.

[caption id="attachment_27463" align="alignleft" width="300"] Carlos Maranhão: “Estamos buscando financiamento interno ou externo” / Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O Jornal Opção recebeu a “informação” de que o VLT, dada a crise econômica nacional, não seria mais iniciado em 2015 — ficaria para 2016. O governador Marconi Perillo iria se concentrar em obras que pode terminar em seu quarto mandato. “Não procede”, contrapõe o geólogo Carlos Maranhão, responsável pelo Veículo Leve Sobre Trilhos — que vai circular na Avenida Anhanguera, em Goiânia. “Nós devemos começar as obras até junho deste ano e queremos inaugurá-la ainda no governo de Marconi.”
O que está ocorrendo, assim como em outros Estados, é que está mais difícil conseguir financiamento, afirma Carlos Maranhão. “Nós estamos buscando financiamento [público] interno. Mas há um plano B — um empréstimo externo. A licitação está feita, sem problema. Está tudo pronto. Com os recursos viabilizadas, as obras poderão começar. A tramitação está lenta no Ministério das Cidades, mas, como o ministro Gilberto Kassab, tende a avançar.”