Por Euler de França Belém
A crise é um fato nacional incontestável e nenhum Estado é uma ilha. Mas Goiás continua atraindo empresas, dada sua economia pujante, que cresce acima da economia nacional. O governador Marconi Perillo, do PSDB, anunciou -- via redes sociais oficiais do governo -- na quinta-feira, 16, que a Hering, a gigante da fabricação de roupas, vai instalar novas fábrica no Estado.
A Hering já tem seis unidades em Goiás — em Anápolis, Goianésia, Paraúna e Santa Helena. O presidente do grupo, Fábio Hering [na foto acima, ao lado do governador goiano], disse ao governador Marconi Perillo, em São Paulo, que Goiás é um Estado que contribuiu para a expansão da empresa.
Goiás está no centro do Brasil e isto facilita o trabalho de distribuição da Hering.
Alcides Rodrigues (PSB), quando governador de Goiás, e Jorcelino Braga (PRP), quando secretário da Fazenda do governo de Goiás, disseram que Marconi Perillo, que havia sido governador de 1999 a 2006, era responsável pelo déficit nas contas do Estado. Rodrigues e Braga sublinharam que o tucano-chefe havia deixado uma “terra arrasada” e que o arquiteto da terra devastada seria o hoje governador Marconi Perillo. Porém, segundo o desembargador Itamar de Lima, do Tribunal de Justiça de Goiás, não conseguiram apresentar provas de suas afirmações. Por terem “lesado” a imagem de Marconi Perillo — configurando danos morais —, o magistrado condenou-os a pagar 100 mil reais de indenização. Rodrigues e Braga podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça. Se não o fizerem, terão de indenizar Marconi Perillo. A questão é que, se não apresentaram provas no TJ-GO, o que irão apresentar em Brasília, no STJ?
[Reese Witherspoon: na fantasia da Time, é uma mulher muito influente]
Dizer que o mundo já foi melhor talvez seja vício ou patologia dos nostálgicos. Mas não é estupidade, para usar uma palavra “de” Mário de Andrade, sublinhar que, há algum tempo, na lista de mais influentes iriam aparecer Winston Churchill, Stálin (inescapável), Franklin Roosevelt, Charles de Gaulle, Marcel Proust, James Joyce e Thomas Mann. Do Brasil, de maneira incontestável, seriam citados Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Machado de Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade e Clarice Lispector. Pois bem: o mundo mudou — quem sabe, para pior. A revista “Time”, dos Estados Unidos, publicou na quinta-feira, 16, a lista das 100 pessoas mais influentes da Terra.
[Gabriel Medina, surfista, precisa aproveitar logo seus 15 minutos de fama]
O empresário Jorge Paulo Lemann, homem mais rico do Brasil e um dos mais ricos do mundo, está na lista dos mais influentes. Difícil discordar, porque se trata de um empresário que saiu de um país ainda tido como periférico, embora seja a sétima maior economia global, e conquistou o mercado internacional. Porém, apontar o surfista Gabriel Medina entre os mais influentes — é mais apropriado apresentá-lo como um dos mais famosos, uma celebridade — é duvidar da inteligência das pessoas. O tubarão das águas é um craque do surfe, mas só. O que ele de fato influencia? Ah, as revistas e jornais abrem amplo espaço para explicá-lo e acolhem suas “ideias”. Mondo cane.
Lemann e Medina são os únicos brasileiros da lista. O cantor Kanye West — Frank Sinatra acaba de sair do túmulo para surrar os “eleitores” da “Time” — e a atriz Reese Witherspoon (do túmulo Marlon Brando manda avisar que já reencarnou em Vito Corleone para “pegar” os eleitores da “Time”) aparecem entre os mais influentes. É provável que, se perguntados a respeito, dirão: “Não sabemos o que está acontecendo”.
O czar da Rússia, Valdimir “Kontora” Putin, e Angela Merkel, a chefona da Alemanha, são de fato influentes. Só perdem em influência para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O premiê grego Alexis Tsipras não teve tempo para ser influente, mas já aparece na lista. Talvez seja mais importante ou influente do que Aristóteles — na perspectiva atual. Elizabeth Warren, senadora democrata, é listada. É provável que 99% das pessoas do mundo — e pelo menos 69% dos norte-americanos — não saibam de quem se trata.
Ah, sim, o economista francês Thomas Piketty, autor de "O Capital no Século XXI", e o papa Francisco aparecem na lista. Menos mal. O papa Francisco, ao lado de Barack Obama, talvez seja o homem mais influente do mundo.
A Editora Abril, ao descontinuar as edições impressas da “Veja BH” e da “Veja Brasília”, demitiu 40 profissionais — a maior parte jornalistas.
A Abril não tem intenção alguma de migrar a revista “Veja” unicamente para a internet. Ao menos no momento. Mas “Veja BH” e “Veja Brasília” — “com conteúdo focado nos roteiros culturais e nos serviços de ‘Comer & Beber’, os mais requisitados pelos leitores”, segundo a publicação — só existirão, a partir de 18 de abril, na web.
Um dos objetivos da cúpula da “Veja”, com o novo portal, é integrar ainda mais “as equipes das edições Online e off-line”.
A direção apresentou outra explicação para a mudança das revistas para a web e para as demissões: “O processo, também associado à desaceleração econômica que impacta a publicidade e a mídia de maneira geral, está alinhado às transformações do mercado e às exigências dos leitores. O objetivo é aumentar a competitividade ao adotar uma estrutura mais integrada e eficiente”.
O advogado, ex-deputado e ex-prefeito de Jussara Joaquim de Castro (foto) foi indicado pela Assembleia Legislativa para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). A posse será nos próximos dias. Ele ocupará a vaga deixada, por aposentadoria, pelo conselheiro Virmondes Cruvinel.
A informação mais curiosa é que o deputado Cláudio Meirelles (PR), que se considera inimigo figadal de Joaquim de Castro, fez questão de mostrar seu voto. Ele votou no ex-prefeito de Jussara. A votação foi secreta, mas o parlamentar decidiu exigir seu voto. Isto pode significar uma pacificação na política de Jussara, onde a prefeita, Tatiana Santos, é aliada de Cláudio Meirelles e adversária política do grupo de Joaquim de Castro.
Dos 36 votantes, Joaquim de Castro obteve o voto de 35. Cinco deputados não votaram porque não estavam na Assembleia.
Joaquim de Castro foi bancado pelo governador Marconi Perillo
Os deputados estaduais devem escolher Joaquim de Castro — advogado, ex-deputado e ex-prefeito de Jussara — para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios. Isto, é claro, se o painel da Assembleia Legislativa de Goiás “deixar”. Na tarde de quinta-feira, 16, o painel “pifou” duas vezes — impedindo a votação. Deputados, de brincadeira, dizem: “É o mau agouro do Cláudio Meirelles”. Os parlamentares estão à espera de que técnicos consertem o painel. Joaquim de Castro é o nome apoiado pela base marconista. Cláudio Meirelles, do PR, é o nome bancado pela aliança PMDB — leia-se José Nelto e Adib Elias — e pelo PT, leia-se Luis Cesar Bueno.
Políticos da região de Luziânia querem emancipar um distrito. Mas “O Popular” saiu na frente e “criou” o 247º município goiano — “Itaupranga”.
Verdade? Quase. Na realidade, se o título do jornal diz “Candidato de Itaupranga vence Mister Mundo Goiás 2015”, o que se queria dizer, se houvesse mais cuidado editorial dos responsáveis pelo site, era (é), no lugar de “Itaupranga”, Itapuranga.
É provável que, devido à crise econômica, o repórter estava pensando no banco Itaú, que faz empréstimos, e em “franga”, daí o “pranga”, com o “p” no lugar do “f”.
Cláudio Meirelles tem o apoio de José Nelto, Adib Elias e Luis Cesar Bueno, seus principais articuladores
Deus está nos detalhes. Portanto, aquilo que parece sem importância é revelador. No expediente de “O Popular”, na versão impressa, já não consta os nome de três editores demitidos há alguns dias — Karla Jaime, Rosângela Chaves e Wanderley de Faria. No entanto, os nomes dos profissionais permanece na versão online — o que pode configurar, do ponto de vista trabalhista, que ainda estão trabalhando na empresa.
A cúpula e a redação de “O Popular” continuam dando pouca importância à versão online — daí a manutenção do nome dos editores na internet.
“Otávio Lage — Empreendedor, Político, Inovador” (Editora Naves, 351 páginas), de Jales Naves, será lançado na quinta-feira, 23, às 19h, no Salão Dona Gercina Borges Teixeira, do Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.
O livro do jornalista, que abre uma porta para novas pesquisas e estudos específicos, resulta de uma pesquisa séria e desfaz mitos. Por exemplo: quando governador, Otávio Lage não fechou a Assembleia Legislativa. A informação equivocada deriva de um livro dos professores Itami Campos e Arédio Duarte e repetido por jornalistas. A “arte” deve ser atribuída aos militares.
Outros, mais desinformados, chegaram a dizer que Otávio foi nomeado pelos militares, quando, na verdade, foi eleito pelo voto dos eleitores.
Jales Naves prova que, acima de tudo, Otávio Lage era um modernizador que entendeu bem seu tempo e, por isso, pôde modificá-lo — melhorando a vida dos goianienses. Era, como nota o biógrafo, um estadista. Se fosse mais ideológico, no sentir de construir não apenas as obras, mas também uma explicação detida sobre o que fez, figuraria com mais peso na história goiana.
O livro, muito bem escrito, parece, por ter sido encomendado pela família de Otávio Lage, uma hagiografia. Acredite: não é. Jales, se quiser, pode aprofundar a pesquisa e apresentá-la como dissertação de mestrado em alguma universidade.
O ex-deputado José Dirceu, do PT, será o próximo a cair nas malhas da Polícia Federal? Não se sabe. Mas o bem informado Reinaldo Azevedo, maior polemista da imprensa patropi na atualidade, escreveu no seu blog na revista “Veja”: “Consta que, em breve, um outro peixão da legenda [do PT] cai na rede”.
Seria José Dirceu? Pode ser. Mas não vazou nada da Polícia Federal e do Ministério Público a respeito. O peixão pode ser outro. O que se sabe é que as denúncias estão cada vez mais “coladas” em José Dirceu e estão se “aproximando” do ex-presidente Lula da Silva.
O empresário Vanderlan Cardoso afirma que só disputará a Prefeitura de Goiânia se tiver o apoio de um grupo político forte. Como o PMDB já definiu seu candidato — será Iris Rezende —, as conversas do presidente do PSB tem sido com integrantes do PSDB, como o governador Marconi Perillo. As conversas, por enquanto, são preliminares, porque, como os líderes políticos sabem, não é mesmo o momento de definições de longo prazo — a eleição será em outubro de 2016. O momento é de conversar e de não arrombar portas abertas.
O que se especula, entre integrantes do PSB e PSDB, é que Vanderlan Cardoso tem chance de ser o candidato da base do governador Marconi Perillo. Uma das condições seria a filiação ao PSDB. Ele vai aceitar? Não se sabe. O que se sabe é que, mesmo se aceitar, o fará apenas em setembro, prazo final para filiação para quem vai disputar mandato em outubro de 2016. Mas um aliado de Vanderlan Cardoso é peremptório: “Ele não quer sair do PSB”. Por quê? “Porque tem o controle absoluto do partido e sua força, por não ter mandato legislativo ou executivo, deriva disto”.
O editor-executivo da "Folha de S. Paulo", Sérgio Dávila [foto abaixo, do UOL] divulgou uma nota sobre as 50 demissões na redação do jornal. O título colocado na nota, para efeitos editoriais, não é naturalmente de responsabilidade do jornalista, e sim da redação do Jornal Opção.
Nota de Sérgio Dávila
A Folha realizou nos últimos dias ajustes em sua equipe. A redução é efeito da crise econômica que afeta o País e atinge a publicidade.
As negociações entre o comando da Redação e a empresa duraram semanas e tentaram preservar ao máximo os jornalistas. Em alguns casos, os cortes, sempre o último recurso, foram feitos em comum acordo com o profissional.
Algumas áreas estratégicas do jornal não foram afetadas, como a reportagem da Secretaria, que até ganhou um novo integrante; a área digital, que sofreu uma reordenação interna; e o colunismo.
Nós buscamos também reagrupar as editorias de equipes menores em núcleos maiores, casos de Ciência e Saúde, que passaram para Cotidiano; F5, que se incorporou à Ilustrada; e Comida, Folhinha e Turismo, agora juntos em Semanais.
Reformas morfológicas estão em discussão e devem ser anunciadas nos próximos dias. Elas não envolverão novos ajustes de equipe, no entanto. A meta é tornar o jornal mais eficiente para atender às demandas do leitor, bem como otimizar o funcionamento da Redação.
A Folha continua líder em seu segmento, seja em circulação, audiência ou fatia publicitária, faz parte de uma empresa sem dívidas, que integra o segundo maior grupo de mídia do País, e preserva sua capacidade de investimentos editoriais.
Por mais dolorosos que sejam os cortes — e eles sempre o são —, o objetivo é adequar o jornal aos tempos atuais, de extrema competitividade pela atenção do leitor e pela verba publicitária.
Contamos com vocês para esse desafio. Se tiverem dúvidas, sugestões ou críticas, não deixem de me procurar.
Na ditadura, o perigo, quando se tratava do cidadão comum, nem era mesmo o general, e sim o guarda da esquina, disse um eminente político. Pós-ditadura, caracterizando que ela vive no interior de alguns (talvez vários) policiais, o guarda da esquina continua, às vezes, sendo um risco para os indivíduos. O jornalista Átila Giovani Lima Freitas [foto acima, de seu Facebook], da Fonte TV, ao acompanhar a abordagem de um jovem, em frente ao Buriti Shopping, em Aparecida de Goiânia, acabou detido, algemado e levado para o 4º Distrito Policial, em Aparecida de Goiânia, pela Guarda Civil Metropolitana.
Havia algum motivo para a detenção do repórter? Nenhuma. Ele se identificou, não atrapalhou o trabalho da Guarda Civil Metropolitana e não oferecia nenhum risco. Os agentes, eles sim, não respeitaram a lei. Sequer permitiram que Átila Giovani desse um telefonema para a família ou advogado.
A história é contada pelo repórter Elpides Carvalho, na edição de quarta-feira, 15, do “Diário da Manhã”.
Arnaldo Jabor, o cronista da classe média anti-governo, ou talvez anti-PT, além de crítico (modernizador-liberal) de comportamento — autor de textos viscerais, com frases que passaram a ser citadas com frequência nas redes sociais —, foi demitido do “Estadão” na terça-feira, 14.
Em julho de 2001, afastado da “Folha de S. Paulo”, o ex-diretor de cinema foi contratado por “O Estado de S. Paulo” com estardalhaço: “Polemista nato, Jabor promete incendiar as páginas do ‘Caderno 2’ com suas inflamadas opiniões sobre política”. Pelo visto, o editor atual do jornal não pensa o mesmo. Ou a empresa.
Jabor era um dos colunistas mais lidos do jornal.