Por Euler de França Belém

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, com todas as letras, para um político de Goiás: “Nós não temos dinheiro nem para o governo Dilma Rousseff, imagine para os governos estaduais”.

[caption id="attachment_34435" align="aligncenter" width="620"] Foto: Denise Xavier[/caption]
Cilene Guimarães não voltou para o governo do Estado de Goiás. A ex-deputada diz que seu nome está à disposição para disputar a Prefeitura de Jataí. Seu problema é falta de estrutura.
A tendência é que seja vice de algum candidato. Ou nem dispute o pleito de 2016.
A rodovia BR-158, que passa por Jataí e vai para Mato Grosso do Sul e chega até Barra Garças, no Mato Grosso, “voltou ao pó” — é pura terra, tanto que é frequente caminhões “atolarem”. O asfalto desapareceu por falta de manutenção. O Dnit, conhecido na região como “órgão fantasma”, desapareceu.
Os poderes Legislativo e Executivo colocaram pontos eletrônicos e estão sendo rigorosos com seus funcionários. Um deputado tucano pergunta: “Será que o Ministério Público, que cobra rigor de todos, e o Poder Judiciário vão colocar ponto eletrônico?”

Até o irista Samuel Belchior estaria apoiando a candidatura do deputado federal Daniel Vilela para presidente do Diretório Regional do PMDB. Em outubro. Só Iris Rezende, Adib Elias, José Nelto e Bruno Peixoto rejeitam o nome de Daniel Vilela para presidente do partido. O deputado Bruno Peixoto deve ser mantido na direção metropolitana do PMDB.

Uma curiosidade explicitada por um advogado: na disputa pela presidência da OAB-Goiás, em setembro, os principais candidatos estão se colocando como oposicionistas. Ninguém quer a pecha de situacionista. “Não há situação, só oposição”, afirma o advogado. Mesmo Enil Henrique, está pondo ordem na casa, se considera como “da situação”. Porque é oposição ao grupo antes dominante, o de Henrique Tibúrcio e Miguel Cançado.

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, maior nome do PMDB em Goiás, disse, na frente do vice-presidente da República, ministro Michel Temer, que Marcelo Melo teria legenda para disputar a Prefeitura de Luziânia. Porém, na dúvida se seu tapete será ou não puxado pela mão longa de Iris Rezende (Frederico Jayme uma vez acredito em Maguito e dançou), Marcelo Melo tende a se filiar ao Pros. Ele já recebeu convite formal do presidente do partido, Eurípedes Júnior.

De uma raposa felpuda da política goiana: “Todos os players da política de Goiânia estão esperando Iris Rezende decidir se vai disputar a prefeitura da capital ou não”. “Com Iris no páreo, o jogo é um, as alianças precisam ser reforçadas e talvez a base governista precise, para garantir o segundo turno, lançar dois candidatos e torcer para o PT lançar seu próprio nome”, afirma a raposíssima. “Se Iris não disputar, o jogo é outro, pois todos os candidatos se tornarão japoneses, inclusive Vanderlan Cardoso”, afirma o político.

O presidente do Solidariedade, Armando Vergílio, disse ao Jornal Opção na quinta-feira, 30, que conversou com o possível candidato a prefeito de Goiânia pelo PMDB, Iris Rezende. “Falamos de política, porém muito mais de amenidades. Nós dois sabemos que não está na hora definir alianças e ‘fechar’ acordos”, frisou.
“É preciso cautela. Porque a Reforma Política pode mudar radicalmente o quadro. Deve cair a coligação proporcional, o voto distrital pode ser implantado e deve ocorrer a fusão de pelo menos seis partidos. PSB e PPS confirmaram a fusão e PTB e DEM estão entrando em acordo”, anota Armando. “Nós estamos organizando o Solidariedade no Estado.”
Aos afoitos, Armando recomenda prudência.
Armando destaca que Lucas Vergílio, de 27 anos — o deputado federal mais jovem da história de Goiás —, é o principal operador da organização do Solidariedade nos municípios goianos. “Nós queremos lançar candidatos a prefeito em várias cidades, como Anápolis. Neste município, o partido deve bancar a candidatura do deputado estadual Carlos Antônio, um campeão de popularidade.”
Sobre as fusões partidárias, Armando nota que alguns políticos e mesmo jornalistas não estão percebendo o que significam do ponto de vista de adesões. “A fusão só abre ‘janela’ de saída, mas não de entrada. Por exemplo: a senadora Lúcia Vânia, se quiser filiar-se ao partido originário da fusão entre PPS e PSB, pode enfrentar problemas na Justiça Eleitoral. Porém, se seu sobrinho, o deputado federal Marcos Abrão, quiser sair do PPS, por discordar da fusão, não sofrerá nenhuma penalização.”
Sobre a consulta de Lúcia Vânia ao Tribunal Superior Eleitoral, Armando pondera: “A consulta só pode ser feita em tese, e não citando um caso específico, como o da senadora. Porque se deixar o PSDB, e sofrer uma ação por parte do partido, na tentativa de retomar-lhe o mandato, a Justiça terá de julgá-la. Se deu-lhe um parecer favorável, como poderá avaliar sua decisão de sair do partido?”.

Projeto apresentado pelo deputado Lucas Calil (PSL) propõe alteração na Lei n° 13.453, que autoriza a concessão de crédito outorgado e redução da base de cálculo do ICMS para o pequeno e médio produtor rural na aquisição de gerador de energia elétrica. O objetivo é estimular o setor leiteiro de Goiás, sobretudo pequenos e médios produtores, que não têm os mesmos mecanismos de defesa da concorrência dos grandes. “Em um mercado cada vez mais competitivo, o pequeno produtor experimenta situação de grande dificuldade: o alto custo para produzir e baixo preço de venda.” Calil busca assegurar a oferta de energia elétrica e reduzir os custos de produção do pequeno produtor.

Tese de um cientista político: “O tucanato acredita que, após o mensalão, o então presidente Lula da Silva iria sangrar até a próxima eleição. O petista, ancorado nos programas sociais e no sucesso da economia, recuperou-se e foi reeleito”. “Agora”, complementa o cientista político, “o tucanato quer que a presidente Dilma Rousseff sangre até 2018. Porém, com três anos e oito meses pela frente e apesar do petrolão, é provável que a petista-chefe recupere parte de sua imagem”. Noutras palavras, se o PT recuperar a imagem, ainda que parcialmente — o que, se é difícil, não é impossível —, Lula da Silva se torna o candidato favorito para a disputa de 2018. O problema é que começam a crescer as denúncias contra Lula.
Comenta-se, em blogs de Brasília, que o milionário Luiz Estevão estaria se preparando para comprar o “Correio Braziliense”. Resta saber se os Diários Associados querem vender sua galinha de ovos de ouro. Luiz Estevão já está atuando forte no rádio de Brasília, contratando jornalistas de peso, como Mino Pedrosa.

[caption id="attachment_34420" align="aligncenter" width="620"] Deputado Jean garante duplicação entre Itauçu e Itaberaí | Foto: Marcos Kennedy / Alego[/caption]
O deputado Jean Carlo esteve na Agetop, com o presidente Jayme Rincón e o diretor Marcos Musse, e recebeu a informação de que homens e máquinas já voltaram a trabalhar na duplicação da GO-070, entre Itauçu e Itaberaí. “As obras foram paralisadas devido ao período chuvoso”, afirma o parlamentar do PHS. “Em 60 dias, a obra estará concluída, possivelmente.”
Os deputados federais Alexandre Baldy e Heuler Cruvinel, o primeiro do PSDB e o segundo do PSD, estão cada vez mais próximos em Brasília. Recentemente, os dois almoçaram com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.
O PSD de Vilmar Rocha está de “olho grande” no passe de Alexandre Baldy. Mas resta saber que se o deputado federal tem vontade de deixar o PSDB. Tudo indica que não tem.