Por Euler de França Belém

O deputado federal Waldir Soares diz que o PSDB vai lançar candidato a prefeito em Aparecida de Goiânia. “Mas não será eu, lógico, pois vou disputar a Prefeitura de Goiânia.” Waldir Soares arrola três pessoas que podem disputar a prefeitura do município: o comandante geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Silvio Benedito; o deputado federal João Campos e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida (Aciag), Osvaldo Zilli. “Nós temos a chance de ganhar a eleição em Aparecida. Como candidato em Goiânia, vou também fazer política, durante a campanha, em Aparecida e aposto que vamos derrotar o candidato do prefeito Maguito Vilela”, diz Waldir Soares.

Em Luziânia, cidade mais próspera do Entorno de Brasília, conta-se que crianças de um ano e alguns meses falam “mamãe”, “papai” e “Marcelo Melo”. Brincadeira? Lógico, mas no sentido de que se trata do favorito para prefeito do município.
Marcelo Melo, que deve trocar o PMDB pelo Pros de Eurípides Júnior, terá como vice — bancado pelo deputado federal Célio Silveira (PSDB) — Marcos Cunha, do PTB, ou Télio Rodrigues, do PSDB. Os dois são vereadores; o segundo, presidente da Câmara Municipal, derrotou o candidato do prefeito Cristóvão Tormin, que os adversários chamam de “Vão Dormin” e “Mortin da Silva”.
O curioso é que, mesmo saindo do PMDB, Marcelo Melo terá o apoio do vice-presidente da República, Michel Temer.

[caption id="attachment_38681" align="aligncenter" width="620"] Os presidenciáveis Pedro Paulo de Medeiros, Enil Henrique e Flávio Buonaduce | Fotos: Facebook e Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Há duas OAB Forte: a de Felicíssimo Sena e Miguel Cançado, de um lado, e a de Enil Henrique e Márcio Messias, de outro. A primeira planeja bancar Flávio Buonaduce ou Pedro Pedro Paulo Medeiros para a disputa da presidência da Ordem, em novembro deste ano. A segunda pretende lançar Enil Henrique, atual presidente. Há, porém, uma movimentação interna, cada vez menos sutil, que defende uma recomposição dos dois grupos.
No caso de recomposição, Enil Henrique, que faz uma gestão eficiente na OAB-Goiás, pode ser o candidato a presidente da reconciliação. O motivo do reagrupamento? O fato de que, com a divisão, Lúcio Flávio Paiva, da oposição, pode sagrar-se vitorioso e, se isto acontecer, comandar uma grande operação de caça às bruxas, com auditorias divulgadas com grandes estardalhaço.
Os líderes das duas correntes da OAB Forte estão percebendo, aos poucos, que, na prática, não são “inimigas” — ou adversárias, para usar a linguagem da democracia —, mas que vão enfrentar um “inimigo” ou “adversário” poderoso e motivado, o grupo de Lúcio Flávio e Leon Deniz. Portanto, unida, a OAB Forte permanece, como o nome indica, fortíssima. Dividida, pode ser presa relativamente fácil para o “predador”.

[caption id="attachment_33507" align="aligncenter" width="620"] Armando e Iris durante campanha de 2014 | Foto: Leoiran[/caption]
Ao contrário do que publicou a imprensa, baseada em informações sugeridas possivelmente pelo staff irista, o ex-deputado federal Armando Vergílio, presidente regional do Solidariedade, não confirmou ao Jornal Opção na sexta-feira, 19, que seu filho, o deputado federal Lucas Vergílio, do SD, será vice de Iris Rezende na disputa pela Prefeitura de Goiânia, em 2016.
Armando respeita Iris Rezende, mas frisa que é “muito cedo para decidir” sobre composições partidárias e candidaturas. “Ainda nem foi definida a Reforma Política”, sublinha. Em seguida, sugere: “O Solidariedade poderá ter candidato próprio em Goiânia”.
Fundamental é articular o Solidariedade em todo o Estado. “Sinceramente, não estamos pensando nisso”, quer dizer, na disputa em Goiânia e em vice.
Cauteloso, Armando não critica Iris nem os iristas. Outro político não tem papas na língua: “Colocar Lucas Vergílio como vice com o único objetivo de ‘devolver’ Iris Araújo à Câmara dos Deputados chega ser desrespeitoso com o Solidariedade”.

O padre Robson — uma das principais estrelas da Igreja Católica no Brasil, não apenas em Goiás — estaria costurando uma aliança política inusitada em Trindade. O prefeito tucano Jânio Darrot disputaria a reeleição com o ex-petista Tayrone di Martino na vice. Oficialmente, não há nada acertado. Mas há conversações.

[caption id="attachment_10688" align="aligncenter" width="620"] Euler Morais, secretário de Governo | Foto: Reprodução/Secom Aparecida de Goiânia[/caption]
O secretário de Governo da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, Euler Morais, diz que pode “brigar para não ser candidato à sucessão do prefeito Maguito Vilela (PMDB), mas não para ser candidato”. Apontado como o nome preferido de Maguito, por ter capacidade de gestão — é responsável por alguns dos principais programas da administração do peemedebista —, Euler, na verdade, que ser candidato. Mas avalia que o momento de discutir a questão é no próximo ano.

[caption id="attachment_38594" align="aligncenter" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O deputado federal Waldir Soares não quer mas pode trocar o PSDB por outro partido, como PTN ou PHS, com a finalidade de disputar a Prefeitura de Goiânia, em 2016. “Vou disputar, não tenho como fugir da raia, pois estou sendo ‘pressionado’ pelos eleitores. Nos lugares que frequento, públicos ou privados, sou mais aplaudido do que as demais autoridades. Nas pesquisas, estou em segundo e, às vezes, em primeiro lugar. Pesquisas mostram que supero Iris Rezende, do PMDB.”
Waldir diz que está vacinado para a tese de que eleição para prefeito é diferente de eleição proporcional. “Sei que é, mas o eleitor quer, para cargos majoritários, políticos arrojados, capazes de enfrentar adversidades. É o caso do Marconi Perillo de 1998, que contava com escassa estrutura e foi eleito governador, derrotando Iris. Meu estilo de fazer política, comunicando-me diretamente com o povo, prescinde de gastos faraônicos. É preciso lembrar que obtive 178 mil votos só em Goiânia. Tenho identidade com a cidade.”
História macabra (digna da ficção do britânico Ian McEwan) que se conta em Senador Canedo: um empresário, riquíssimo, se recusou a repassar 100 reais para o filho pagar um traficante de drogas. Resultado: o criminoso matou-o com mais de 30 tiros. Agora, o empresário quer ser candidato no município.

O advogado Robledo Rezende conta que a Câmara Municipal de Porangatu criticou duramente o ex-prefeito Júlio da Retífica. O deputado estadual teria feito críticas aos vereadores e, por isso, eles reagiram com acidez. Os vereadores sublinharam que Júlio da Retífica e seu grupo político perderam várias eleições na cidade — caracterizando, na opinião deles, um “processo de decadência política”. O competente “Diário do Norte” registrou a história.

De um político do PSDB de Porangatu: “Ou Eronildo Valadares acaba com Porangatu ou Porangatu acaba com Eronildo Valadares”. O tucano diz que as pessoas já dizem, nas ruas, que, depois da gestão do prefeito Eronildo Valadares, perceberam que José Osvaldo não era um prefeito tão ruim quanto todos pensavam. Claro que José Osvaldo é um dos piores prefeitos da história

[caption id="attachment_38666" align="aligncenter" width="620"] Prefeita Solange Bertulino | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
A prefeita de Uruaçu, Solange Bertulino (PMDB), tem uma grande chance de ser reeleita.
Basta que o tucano Valmir Pedro busque o apoio do ex-prefeito Lourenço Filho, sem dúvida, um dos políticos mais desgastados da história do município. Juntos, eles se tornarão os maiores cabos eleitorais, ainda que indiretos, da peemedebista.
A paixão recente de Valmir Pedro por Lourenço Filho é chamada por intelectuais de Uruaçu de “Síndrome de Estocolmo”. Se o tucano e Lourenço já esqueceram o passado, no qual se atacaram com virulência, os eleitores possivelmente têm uma memória mais azeitada. Solange Bertulino nem precisará criticar a dupla. Bastará dizer: “Os dois tinham razão nas suas críticas”.

[caption id="attachment_38663" align="aligncenter" width="620"] Foto: Denise Xavier[/caption]
O ex-deputado estadual Wagner Guimarães, do PMDB, deve assumir a Superintendência de Desenvolvimento Regional do governo de Goiás. O ex-deputado deverá participar do governo Marconi Perillo na cota do prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, e do deputado estadual Lissauer Vieira — com o apoio do governador José Eliton.
Wagner Guimarães, referência ética da política de Goiás, e seu filho, o vereador licenciado Paulo Henrique Guimarães, não apoiam a candidatura de Paulo do Vale (PMDB) para prefeito de Rio Verde. Paulo Henrique assumiu, recentemente, a Secretaria de Turismo da prefeitura do município.
Boicotados no PMDB de Rio Verde, os Guimarães estão se afastando do partido.

Pesquisadores e marqueteiros começam a notar um fenômeno curioso: o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), melhorou sua gestão — nota-se suas mãos na cidade. No entanto, permanece a sensação de que a administração não é eficiente. Especialistas sugerem que, no momento em que a gestão do petista melhorou, é preciso azeitar a comunicação para superar o recall negativo.

[caption id="attachment_33915" align="aligncenter" width="620"] Reprodução[/caption]
O vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Ozair José, deve ser candidato a prefeito pela base do governador Marconi Perillo, possivelmente pelo PP. Pelo PT, ao qual é filiado, e pelo PMDB, que vai apresentar candidato próprio, o líder municipal não tem qualquer chance de ser candidato.
Com o apoio de um político goiano, dos mais poderosos, a Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada (Funjobe), de Minas Gerais, vai instalar uma big faculdade de Medicina em Goiás, possivelmente em Aparecida de Goiânia, em 2016.