Por Euler de França Belém

Políticos dizem que pesquisas de intenção de voto põem Divino Lemes, do PSD, em primeiro lugar na disputa pela Prefeitura Senador Canedo. Mas, apontado como ficha suja, dificuldade o ex-prefeito terá condições de ser candidato. Por isso, já criou seu plano b. Ele pode apoiar o vereador Roberto Lopes, do PPS, para prefeito do município.
Presidente da Câmara Municipal, Roberto Lopes disse a aliados que terá também o apoio de Franco Martins, que perdeu a eleição para Misael Oliveira em 2012. Ele já conta com o apoio de três vereadores. Outros postulantes: Misael Oliveira (PDT), Zélio Cândido (PSB), Alsueres Mariano (PR) e Sérgio Bravo (Pros).

[caption id="attachment_67737" align="alignright" width="301"] José Luiz e Sirlene Borba: a experiência e o novo na tentativa de derrotar o candidato do PMDB[/caption]
A cúpula do PSDB costurou um acordo em Rubiataba, municípi de Goiás. O partido vai lançar chapa pura — com o médico José Luiz Fernandes para prefeito e a diretora da Caixa Econômica Federal Sirlene Borba para vice-prefeita. Uma pesquisa definiu as posições na chapa.
Sirlene Borba é vista como o novo, além de competente, mas José Luiz é apontado como mais popular e experimentado em termos de administração pública, pois foi prefeito duas vezes.
A cúpula tucana faz um questionamento: como o mentor político de José Luiz é um aliado de Ronaldo Caiado, Marcos Cabral, em 2018, na eleição para governador, ele vai subir em qual palanque: o do senador democrata ou o do vice-governador José Eliton (PSDB)? Ele diz que ficará com os tucanos, mas há quem desconfie de sua lealdade. O tucano e Cabral são carne e unha.
Há um possível problema para 2016: se caracterizado como ficha suja, José Luiz não poderá disputar a reeleição.
Nenhum político de Goiás é tão próximo do presidente Michel Temer quanto Sandro Mabel. O ex-deputado federal tem uma sala no terceiro andar do Palácio do Planalto e mantém contatos frequentes com o peemedebista-chefe. “O governo do Michel está indo muito bem. Mas o que não se pode é exigir que resolva os problemas de 13 anos deixados pelo governo do PT em um mês. O importante a ressaltar é que a equipe econômica sabe o que fazer para retirar o país da crise e já deu os primeiros passos. Os resultados não aparecem de imediato, mas a sociedade percebe que alguma coisa, bem de concreto, está sendo feita”, afirma Mabel. “Além de Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, os quadros que foram para o Banco Central, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Ipea e BNDES são de excelente nível. Um Pedro Parente na Petrobrás, com nomeações exclusivamente técnicas, é um sinal evidente de que se quer consertar as coisas.” A pedido do presidente, afiança Mabel, “nós estamos articulando um Pacto Nacional Contra o Desemprego. Nosso objetivo é contribuir, ainda que com realismo, para reduzir o clima de pessimismo. Queremos acabar o círculo vicioso — demissões gerando demissões e, com isso, paralisando a economia como um todo —, com o objetivo de evitar que, da recessão, se chegue à depressão. O governo vai lançar uma campanha para estancar o clima de pessimismo”. A oposição petista está no ataque e, por isso, a imprensa precisa distinguir o que é crítica consistente e o que é manipulação. “Falaram que o governo vai criar mais 14 mil cargos. Não é nada disso. O governo vai remanejar algumas pessoas de suas funções.” Diferentemente de Dilma Rousseff, que propagandeava que tinha alergia de políticos, Michel Temer recebe políticos de vários partidos e não discrimina ninguém. “Michel é um democrata autêntico, um legalista em tempo integral. Ao saber que a turma que deixou o governo ‘zerou’ os computadores, não deixando nem mesmo o sistema operacional, numa ação de vandalismo explícito, o presidente, com sua calma e tolerância habituais, disse que iriam ‘arrumar a casa’. O objetivo dos ‘vândalos’ era dificultar o acesso às informações, mas rapidamente o governo colocou casa em ordem. É certo que a cada dia se descobre uma bomba nova, como dívidas em todos os lugares. Mas o governo de Michel já reuniu os dados básicos para decidir.” Mabel conta que, dado o caos do governo de Dilma Rousseff, algumas embaixadas não pagavam aluguel e nem mesmo água e energia elétrica. O que o governo vai fazer com os empréstimos a Cuba e Venezuela, para citar apenas dois países? “O governo vai estudar o assunto com atenção. Os governos dos países que devem ao Brasil terão de pagar as dívidas. Mas sabe-se, de antemão, que não será fácil recuperar o que foi investido.”

[caption id="attachment_67732" align="alignright" width="620"] Reprodução[/caption]
Não houve mudança no quadro político de Mineiros. O PSDB vai mesmo bancar a candidatura de Ernesto Vilela, do PDT, a prefeito. O problema é que há tucanos que dizem que, em 2018, Ernesto vai subir no palanque de Daniel Vilela ou de Maguito Vilela, do PMDB, não do vice-governador José Eliton, na disputa pelo governo do Estado.
O PSD definiu Luiz Armando Pompêo de Pina como pré-candidato a prefeito de Pirenópolis. “Ele foi prefeito duas vezes, é apontado como um dos melhores prefeitos da história do município, por ter ampla identidade com a cidade e seus moradores. Pirenópolis é uma cidade histórica e turística e poucos gestores têm noção do que isto significa para a cultura e para a economia. Luiz Armando tem. Está bem nas pesquisas e deve ser eleito”, afirma Vilmar Rocha.
A Perdigão fecha sua unidade de Jataí em 30 de junho. Numa nota, sugere que pode reativá-la quando a economia estiver mais aquecida. Mas produtores rurais e políticos de Jataí e especialistas em mercado não acreditam que a empresa voltará a funcionar na cidade. Até porque perdeu a credibilidade dos parceiros.
O empresário Victor Priori, pré-candidato a prefeito de Jataí pelo DEM, é gaúcho de Nova Prata, como Darci Accorsi, pai da pré-candidata pelo PT a prefeita de Goiânia, Adriana Accorsi. Aos 62 anos, Victor Priori reside em Jataí há 39 anos. Ele garante que é apaixonado pelo município, onde estão seus negócios como empresário rural e urbano. Agora, Victor Priori quer ser o Darci Accorsi de Jataí, ou seja, quer ser prefeito. Ele acha que chegou a sua hora.
Marco Antônio, do PDT, tanto pode ser candidato a prefeito de Jataí quanto vice de Victor Priori. Ele é apontado como um nome consistente, que acrescenta como candidato a prefeito ou a vice. Ele seria o vice dos sonhos de Victor Priori.

[caption id="attachment_67719" align="alignright" width="620"] Divulgação[/caption]
O Jornal Opção conversou com 12 pessoas de Jataí, entre políticos e empresários. Todos disseram que Geneilton de Assis (PMDB), o candidato a prefeito “imposto” pelo prefeito Humberto Machado, é “uma excelente pessoa”, mas “não é político” e “não entende nada de política”.
Por que Humberto Machado escolheu Geneilton de Assis? “Porque pretende continuar mandando na prefeitura. Embora Geneilton seja uma pessoa de valor, de uma seriedade ímpar, não tem experiência como político e gestor. É um caderno em branco no qual Humberto pretende continuar escrevendo a história administrativa de Jataí”, afirma um empresário.
“É uma pena que Humberto Machado esteja tentando transformar uma pessoa de bem, como o Geneilton, num político teleguiado”, afirma um ex-prefeito. “Geneilton está sendo tratado como a Dilma Rousseff de calça do prefeito. Não tem como dar certo”, declara um vereador.
Todos os entrevistados concordam que, embora seja uma pessoa respeitável, assim como Humberto Machado, Geneilton de Assis está sendo tratado pelo prefeito como se fosse um “poste político”. “Humberto tem receio de colocar na prefeitura uma pessoa com estatura política e perder o controle do poder. É uma pena que pense assim, pois ele próprio é um grande político”, sublinha um líder político local.
Dois peemedebistas aceitaram falar em “off”, como os demais. “Nós, na verdade, queremos e vamos apoiar Victor Priori para prefeito, assim como Maguito Vilela está apoiando. Por medo de perseguição, vamos trabalhar e votar para Victor, mas sem alarde. Ninguém quer Geneilton, que não defeito, mas não ganha de jeito nenhum. É um mero capricho de Humberto. Não é a primeira vez que o prefeito faz isto. Uma vez seu grupo perdeu para Fernando da Folha.”
Uma pergunta que o eleitor vai fazer quando começar a disputa para prefeito: Valdemar Costa Neto, presidente do PR nacional, fará campanha em Goiânia usando tornozeleira eletrônica? Ou já tirou a peça constrangedora? Um delegado de polícia (por sinal, decente), candidato a prefeito, terá como explicar aos eleitores que um de seus principais apoiadores, no caso Valdemar Costa Neto, usa ou usava tornozeleira eletrônica por ter sido condenado pela Justiça? Seu crime: corrupção. A deputada federal Magda Mofatto pode vetar a participação de Valdemar Costa Neto na campanha de Goiânia. Se ele vier, poderá contribuir para uma possível derrota de Waldir Delegado Soares, que, no momento, está tecnicamente empatado com o líder nas pesquisas de intenção de voto, Iris Rezende.
Presidente do PSB em Goiás, a senadora Lúcia Vânia planeja disputar a reeleição. Porém, como tem aparecido bem nas pesquisas, atrás apenas do senador Ronaldo Caiado, do DEM, não está descartada a possibilidade de que seja candidata a governadora. O projeto da senadora vai ser pensado também de acordo o resultado eleitoral de sua base política em 2016. Se PSB e PPS saírem-se bem — por exemplo, elegendo Vanderlan Cardoso em Goiânia —, a líder política pode disputar o governo do Estado, ainda que sua prioridade seja a reeleição.
Perguntaram a Iris Rezende qual seria o vice ideal para a disputa da Prefeitura de Goiânia. Com aquele jeitão de quem diz mais quando nada diz, o peemedebista tergiversou, falou de vários nomes, como Agenor Mariano, Lucas Vergílio e alguém do DEM. Ao final da conversa com os interlocutores, o peemedebista acabou perguntando se Vanderlan Cardoso, do PSB, seria um bom vice? Todo mundo disse que sim. A questão é saber se aceitaria ser vice de Iris Rezende. Alguém sugeriu que, sim, aceitaria. Os olhos de Iris Rezende de repente adquiriram um ar, por assim dizer, messiânico. Brilharam. Além da vice, o que o PMDB poderia oferecer ao PSB? Uma vaga na chapa para o Senado em 2018. Para a senadora Lúcia Vânia.
De um deputado estadual: “Os nomes para o Tribunal de Contas dos Municípios estão definidos. Os deputados Valcenor Braz e Helio de Sousa serão os próximos conselheiros. Já Sérgio Cardoso, cunhado do governador Marconi Perillo, é mais cotado para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado”.
Em Goianira é assim: a cidade está aclamando Carlão Alberto, sugerindo, até, que assuma a prefeitura antes da eleição. Como não é possível, o postulante do PSDB segue firme na pré-campanha. Nas ruas, as pessoas dizem: “O povo quer... Carlão na prefeitura”. Apoiado pelo governador Marconi Perillo e pelo senador Wilder Morais, Carlão Alberto montou uma “frente do bem” para disputar a prefeitura e, depois, administrar o município. O primeiro passo será recuperar a imagem do setor público de Goianira, hoje conhecida como a “capital das irregularidades” do Estado.
O presidente do PSDB em Goiás, Afrêni Gonçalves, disse ao Jornal Opção que a pré-campanha de Giuseppe Vecci é planejada de maneira “inteligente”. “Vecci, qualificado para administrar Goiânia, é o criador da Bolsa Universitária, da Renda Cidadã e do Vapt Vupt. É um político moderno, com ideias para requalificar a cidade”, afirma Afrêni Gonçalves. O que falta para Giuseppe Vecci pontuar de maneira mais adequada nas pesquisas de intenção de voto? “Ser mais conhecido. Quando o eleitor fica sabendo quem é e o que fez por Goiás, nos últimos anos, passa a aprová-lo”, garante Afrêni Gonçalves.