Por Euler de França Belém

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Neymar Futebol Clube jogou melhor do que Brasil e Camarões no primeiro tempo

Euler de França Belém O filósofo lacerdista Carlos César Higa diz que enfrentar Camarões é fácil, mas e o que fazer quando for a vez dos tubarões? Os “tuba” são Alemanha e Holanda. O peixe-espada é o Uruguai. O filósofo Neném Prancha diria que, no primeiro tempo entre as seleções de Camarões e Brasil, havia pelo menos três times em campo: Camarões, Brasil e o Neymar Futebol Clube. O time africano jogou melhor, quase muito melhor, do que a seleção sul-americana. Mas as duas seleções não jogaram melhor do que o Neymar Futebol Clube. O jogador do Barcelona fez dois gols, todos classudos. O melhor jogador de Camarões, no primeiro tempo, foi um brasileiro: Fred. Não é piada, não. Fred foi o melhor defensor de Camarões. Hulk se torna craque perto de Fred. Ah, no início do segundo tempo, Fred “tirou” a camisa verde e fez um gol. O meio-campo continua sendo uma ficção. Não apoia o ataque e não apoia a defesa.

Morre o marinheiro que politizou o Cabo Anselmo e escreveu livros sobre a esquerda

Morreu no sábado, 21, no Rio de Janeiro, o marinheiro que, na década de 1960, contribuiu, de maneira decisiva, para politizar os demais marinheiros -- entre eles o Cabo Anselmo. Antônio Duarte dos Santos, que viveu exilado na Suécia, sofreu um infarto quando estava em Portugal. Passou vários dias internado na terra de Camões e Fernando Pessoa. Depois, foi trazido para o Brasil pela Marinha e internado no Hospital Marcílio Dias, no Rio, onde foi operado. Depois da cirurgia, sofreu uma parada cardíaca e, pouco depois, faleceu. Conversei com Antônio Duarte há poucos dias. Ele estava no Hospital Marcílio Dias e falava de suas pesquisas e de seus planos para publicar livros, um deles sobre geopolítica. Antônio Duarte era um intelectual refinado, de inteligência aguda e perspicaz -- comprometido com a mudança social. Acima de tudo, um homem decente. Permaneceu de esquerda até o fim. Em 2005, o Jornal Opção o entrevistou longamente. Um link para parte de sua entrevista pode ser conferido aqui:  https://jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/o-marinheiro-sueco-que-politizou-o-cabo-anselmo-4906/

Goebells (o gênio da comunicação), a vadia (Marta) e Hitler, o homem que ambos amavam

15056834 Iúri Rincon Godinho Especial para o Jornal Opção Dizer que guerras são terríveis é fácil. Difícil é falar dos avanços que ela traz para a humanidade em termos de inovação. A luta pela sobrevivência por meio das armas — de um país, uma religião, uma ideia — é tipo uma vitamina para o progresso. Longe de ser necessário, o conflito bélico indiscutivelmente tem seu lado positivo. Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a propaganda se beneficiou — se beneficia ainda no século 21 — de muitos ensinamentos do ministro da Propaganda do nazismo, Joseph Goebbels, agora explicitado à exaustão na bela, apurada e longa biografia do historiador alemão Peter Longerich, radicado na Inglaterra. Muito do que se usa hoje na comunicação foi aplicado à perfeição na Alemanha dos anos 30 e 40: o reforço das boas notícias, a maquiagem do que é considerado negativo e, em especial, a insistência em uma mentira até que ela passe a ser verdade. Esquerda, direita, centro, todo mundo usa Goebbels até hoje. Ele foi um profissional tão sofisticado que usava até a esquecida propaganda boca-a-boca, colocando os nazistas da base para espalharem nos bairros notícias que interessavam no momento. Na organização de eventos, encantava as plateias com estandartes gigantes de cores básicas e discursos sempre inflamados em amplos espaços, com vasta participação militar. Contando a vida do ministro da Propaganda de Hitler, Longerich passa com desenvoltura pela paisagem alemã pós-Primeira Guerra (1914-1918), descobrindo a história de um jovem comum, sensível, que o destino colocou para viver em um tempo extraordinário. O Goebbels adolescente e do início da juventude em nada diferia do brasileiro cheio de sonhos, de amores platônicos, amigos e bebedeiras à procura de estudo e trabalho. Mais tarde, já ao lado de Hitler, sua personalidade se transformará. Apaixonado pelo líder, não se importava em ser deixado fora das grandes decisões do Partido Nazista. Como gauleiter de Berlim — uma espécie de prefeito —, passou a não ter opinião própria. Sua vida significava o Partido Nacional-Socialista e, mais importante, o que Hitler pensava e mandava. Muitas vezes chegaria em frente ao Führer com uma ideia para sair de lá dez minutos depois convencido do contrário. Essa relação homossexual sem sexo é o ponto alto do livro, em especial quando entra em cena Magda Goebbels. Nas fotos não apresenta beleza singular, mas devia ser, para definir com uma palavra antiga, “um ‘troço’”. Quando Goebbels a conheceu, já era casada. Se vivesse hoje, vários adjetivos poderiam colar na moça: vadia, fogo na roupa, maluca. Também apaixonada por Hitler como o marido, várias vezes o visitava sozinha, não raro sem avisar Goebbels — o que admite com desassombro em seu diário. Antes de a guerra começar, em 1939, Marta quase o enlouqueceu com suas desaparecidas, discussões e encontros muito provavelmente não apenas com o Führer que, como se sabe, não era lá muito chegado na energia sexual, apesar de não haver indícios de que tenha sido homossexual. Ele apreciava a companhia feminina — pelo menos. Depois que a Polônia foi invadida, em setembro de 1939, e começa a Segunda Guerra Mundial, a vida pessoal de Goebbels passa a segundo plano. Nos seus diários, ele se ocupa exclusivamente da política, das intrigas em seu departamento e da disputa interna que travou contra a comunicação da Wehrmacht, as Forças Armadas alemãs, que tinham independência. Goebbels já era o censor, o cara que controlava o que a população podia saber pela imprensa. Com mestria se apoiava nos cinejornais, no rádio, nos folhetos, além de assistir e modificar os filmes de cinema — algumas vezes chegou a roteirizá-los. Workaholic, escrevia editoriais e lia muitos jornais. Ainda encontrou tempo, quando tudo estava perdido na Alemanha, para incentivar patéticos acordos com os países inimigos. Vendo seu país invadido a Leste pela Rússia e a Oeste pelos ingleses e americanos, Goebbels ensaia uma ruptura com Hitler, o que não impede que morram juntos no início de 1945, o ministro e sua esposa dando veneno para seus filhos e depois se suicidando. Nos seus últimos textos não demonstra arrependimento, apenas pesar por não ter vencido a guerra. E por ter de abandonar Hitler, o grande amor de sua vida. Iúri Rincon Godinho é jornalista e diretor da Contato Comunicação.

TV Anhanguera perde qualidade ao requentar notícias velhas

A TV Anhanguera conta com bons profissionais, seu jornalismo está mais agressivo, com o objetivo de superar a concorrência — que tem mais pegada, e com equipes menores, porém mais azeitadas —, mas continua pouco motivado. No afã de se “aproximar” da TV Serra Dou­rada — que supera o jornalismo da rival com frequência, segundo dados do Ibope — e da TV Record, a Anhanguera perdeu identidade com a Globo. Às vezes, em termos de seriedade jornalística, segue-se a Globo. Porém, em seguida, faz-se opção por um jornalismo modorrento, nada criativo, antigão — distanciando-se da rede. A Anhanguera, que permanece séria e tem uma equipe competente, precisa, com certa urgência, de um choque de criatividade e motivação (nada de otimismo em gotas, e sim no sentido de se fazer jornalismo com prazer e, portanto, com alegria). Jornalismo burocrático espanta telespectadores, que hoje têm dezenas, até centenas de opções, tanto em termos de televisão quanto de internet. A “fuga” para a internet — nem se fala dos canais por assinatura (cresce o número de pessoas que falam de séries e diminui o número de pessoas que falam de novelas) — parece que ainda não foi devidamente dimensionada pelos dirigentes do Grupo Jaime Câmara. Outro problema ao qual a Anhanguera precisa prestar mais atenção é a respeito da qualidade e da atualidade das informações de seu noticiário. Dada a rapidez do jornalismo que se faz na internet, e até nas emissoras de rádio e nos canais de jornalismo por assinatura, quando a Anhanguera noticia os fatos, por ser engessada pela grade de programação da Globo, eles estão “velhos”, pois foram comentados à exaustão em vá­rios sites e portais o dia todo. A Anhanguera pode dar as mesmas informações, é claro, mas precisa nuançá-las. Porque, no momento, está chegando às casas dos telespectadores com um ar, digamos, déjà vu.

Irapuan Costa Junior lança livro de contos da vida real ou de não-ficção

[caption id="attachment_7680" align="alignright" width="269"]imprensa0001 “Teimosas Lembranças” contém histórias incríveis, como a do tenente brasileiro que desafiou o exército americano, na Itália, para liberar um pracinha rebelde[/caption] Um belo livro acaba de ser publicado, mas não terá lançamento e possivelmente não será vendido nas livrarias — por desinteresse do autor, que não se considera escritor, quando, na verdade, o é e, mais, é um estilista da Língua Portuguesa. “Teimosas Lembranças”, do ex-governador de Goiás Irapuan Costa Junior, contém aquilo que se pode chamar de contos (ou crônicas) da vida real, ou, à maneira de Truman Capote, é possível indicar que são contos de não-ficção. Usando a imaginação de maneira poderosa, Irapuan recria histórias reais, sem distorcê-las, mas tornando-as muito mais interessantes do que, possivelmente, foram na vida real. Para não ferir suscetibilidades, às vezes muda o nome das pessoas. Há uma delicadeza ímpar ao se contar histórias espinhosas. Pode-se dizer que há algo de insípido na vida cotidiana, isto para um observador desatento, o que não é o caso. [caption id="attachment_7673" align="alignleft" width="150"]Irapuan Costa Junior: o ex-governador de Goiás é um escritor nato, com imaginação poderosa Irapuan Costa Junior: o ex-governador de Goiás é um escritor nato, com imaginação poderosa[/caption] Leitor frequente de livros em língua estrangeira (seu forte é o francês) — como um recente sobre Fidel Castro, o ditador cubano que adora mordomias —, Irapuan comprou num sebo o romance “The Fowler”, da inglesa Beatrice Harraden. Ao chegar em casa, percebeu que havia um dedicatória breve, de um homem para uma mulher. A partir daí, Irapuan, mostrando-se escritor consumado — senhor da forma e dono de uma imaginação fumegante —, recria a história de Neda e de M. Aranha. “Reflexões sobre uma pequena dedicatória” é o conto mais imaginativo e bem escrito do livro. É literatura pura. Puríssima. “Chico Paraíba” merece figurar nos livros de história da Segunda Guerra Mundial. O pracinha Chico Paraíba foi preso pelos americanos, na Itália. O tenente Ithamar, oficial corajoso, enfrentou a arrogância dos militares de Roosevelt e Eisenhower, e libertou-o. A história é contada com graça e sutileza. A história da cachorrinha Fumaça lembra, na maneira de contá-la, um conto do russo Anton Tchekhov. A odisseia lancinante de Emília e André parece saída de um conto (ou romance; “Dom Casmurro”, por exemplo) de Machado de Assis, tal a perspicácia do narrador, que vai nos enredando, conduzindo-nos para um rumo e, no fim, a história toma outro caminho — doloroso, trágico. “O Vulto da Outra” é um conto da vida real que, nas mãos de Hitchcock, daria um filme de suspense (ou, talvez, dramático), como “Um Corpo Que Cai”. Ou, quem sabe, “Rebeca — A Mulher Ines­quecível”. O engenheiro Alexandre apaixona-se por Marta, mas ela morre. Deprimido, passa a beber. Tempos depois, casa-se de novo, com uma nova Marta, ao menos na aparência. Entretanto, se era semelhante, dado ao estilo sugerido (ou imposto) por Alexandre, Irene não era Marta — e tudo acabou mal. Poderia dizer ao leitor: “Nasce um escritor”. Mas seria impreciso. Irapuan é escritor há muito tempo — o que provam seus textos publicados no Jornal Opção. Só não havia publicado um livro, por falta de vaidade. Fica-se na torcida para que nos dê outros livros. Há algum tempo que tento convencê-lo a escrever um livro sobre Jack London. O escritor norte-americano não é nenhum James Joyce ou William Faulkner. Mas é daqueles autores que quando se pega um de seus livros e se lê as duas primeiras páginas não se para mais. Trata-se de um notável contador de histórias, que puxa o leitor para uma espécie de imersão profunda, sugerindo que também está participando delas. Irapuan é um jacklondófilo. Sabe tudo sobre a obra e sobre a vida do autor de “Caninos Brancos”, “O Chamado Selvagem” e “O Lobo do Mar” (um belo romance filosófico). A obra é apresentada pelos escritores Hélio Moreira (autor de um ótimo romance sobre Couto Ma­galhães) e Aidenor Aires. As ilustrações são de Amaury Menezes.

O Popular põe palavras de Silvio Sousa na boca de Armando Vergílio

Depois de distorcer as palavras de Ana Paula, filha de Iris Rezende — a jovem teria atacado Júnior Friboi quando as gravações indicam que estava criticando o governo tucano —, o “Pop” comete mais um erro. No seu lançamento como vice de Iris, o deputado federal Armando Vergílio não disse que o governador Marconi Perillo promete e não entrega. Basta checar as gravações para verificar que não há nenhuma fala do presidente do Solidariedade a respeito. O “Pop” tem como apresentar gravações para se defender? Não tem, garante Armando Vergílio. Na verdade, a fala é de Silvio Souza, aliado de Armando Vergílio. A suposta fala do deputado foi a deixa para o vice do governador Marconi Perillo, José Eliton, ser acionado rapidamente por Jarbas Rodrigues Jr., da coluna “Giro”, e fazer a defesa do governo. Como a editora-chefe Cileide Alves sabe, tudo está muito ensaiadinho para ser jornalismo. Mas não sabe o que está realmente acontecendo debaixo de seus olhos de Capitu. As competentes editoras Cileide Alves e Silvana Bittencourt precisam ficar mais atentas àquilo que as empresas às vezes chamam de controle de qualidade. A editoria política tem falhado com frequência e o jornal raramente publica correções.

O Popular continua perdendo seus melhores repórteres

Ricardo César e Pedro Palazzo, dois repórteres competentes e experientes, deixaram a redação do “Pop”. O primeiro escapou da “escravidão” das edições de fim de semana. Ricardo César estaria sendo “discriminado”. O segundo pretendia ficar no jornal, mas, ao assumir a assessoria do vereador Elias Vaz (PSB), candidato a deputado estadual, foi convidado a se retirar. Cileide Alves disse ao jornalista que era eticamente incompatível trabalhar como repórter e assessor. A editora-chefe tem razão. Mas por que é incompatível só para Pedro Palazzo? Em três ou quatro anos, o “Pop” perdeu alguns de seus me­lhores repórteres — todos eles empregados noutros lugares, e com salários bem maiores —, por falta de uma política salarial adequada e de um ambiente de trabalho menos conflituoso. Uma lista mínima inclui: Rodrigo Craveiro (saiu há mais tempo; está no “Correio Braziliense”), Almiro Marcos (Cor­reio), Vinicius Sassine (“O Globo”), Deire Assis (trocou o jornal por uma agência de publicidade), Marília Assunção, Pedro Palazzo, Ricardo César. Uma verdadeira redação, e de alta qualidade.

Repórter e editor de O Popular esqueceram de estudar tabuada

O “Pop” publica na edição de terça-feira, 17, manchete explosiva, sugerindo uma guerra na capital: “Goiânia já tem 30 homicídios em cinco dias”. O jornal acrescenta: “Goiânia vive dias sangrentos. Desde o dia 12, em média, uma pessoa é assassinada a cada três horas na capital. Foram 30 homicídios em cinco dias — onze de domingo para segunda. Entre as vítimas, Taynara Cruz, 13 anos, morta no domingo por um motoqueiro em praça no Bairro Goiá”. Roberto Civita, falecido dirigente da Editora Abril, dizia que jornalista não sabe contar. Pode ser o caso da reportagem do “Pop”. Deixando de lado a matemática à Fradique Mendes do “Pop”, examinemos os dados: se foram 30 mortes em cinco dias, então são seis casos por dia. Como um dia tem 24 horas, então é um assassinato a cada quatro horas e não três como atesta a tabuada do jornal (6x3: 18; 6x4: 24 ou, se o leitor preferir, 24 horas divididas por seis, que resultam em quatro).

Kafkiano, governador petista processa repórter da Folha de S. Paulo

A secretária de Justiça do governo de São Paulo, Eloisa Arruda, disse, numa nota a respeito de refugiados haitianos, que o governador do Acre, Tião Viana (PT), estava se comportando como “coiote” (estaria “en­viando” haitianos para São Paulo). O petista processou tanto a secretária quanto a jornalista que publicou a notícia, Vera Magalhães, da “Folha de S. Paulo”, alegando que cometeram crime de “injúria”. O advogado da “Folha”, Luiz Francisco de Carvalho Filho, sustenta que a repórter limitou-se a exercer “sua função de informar”. O Portal Imprensa conta que Tião Viana disse que incluiu a jornalista em cumprimento a uma exigência legal: “A desistência da ação em relação à jornalista representaria também a desistência da ação em relação à secretária”. Noutras palavras, mesmo não sendo sua intenção, o petista está praticamente “isentando” a repórter. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo divulgou nota na qual repudia a ação por considerar como “desproporcional e ilegítimo o uso do direito penal como restrição à liberdade de expressão”.

Imobiliárias de Goiânia estão se libertando dos Classificados do Pop

As imobiliárias de Goiânia estão aos poucos se libertando do “Pop”. Como o jornal está na internet apenas para assinantes, significando que pode ser acessado por poucas pessoas — fora do Estado, nem pensar, porque o jornal é distribuído apenas em Goiás —, as imobiliárias estão criando seus próprios sites e anunciando casas e apartamentos. Assim, gastam menos e expõem seus negócios de maneira mais ampla. Se o “Pop” não tomar uma providência, seus “Classificados” vão se tornar obsoletos brevemente. Acrescente-se que o setor imobiliário pretende se libertar dos jornais, não apenas do “Pop”, nos próximos meses ou anos — caminhando, a curto ou médio prazo, para uma presença mais forte na internet.

Chico Abreu , ex-deputado do PR, será o 1º suplente de Vilmar Rocha. Representa Aparecida de Goiânia

O ex-deputado federal Chico Abreu (PR) será o primeiro suplente do candidato a senador pelo PSD, Vilmar Rocha. Trata-se de uma indicação do PR da deputada federal Magda Mofatto. A escolha também se deve ao fato de que Abreu tem forte presença política em Aparecida de Goiânia, município da Grande Goiânia que tem o segundo maior eleitorado de Goiás, perdendo apenas para a capital e superando Anápolis. Com o PR na chapa majoritária, a aliança do governador Marconi Perillo, que já tem o PSD de Vilmar Rocha e o PP do vice-governador José Eliton, fica mais robusta. O empresário Luciano Martins Ribeiro, diretor-presidente das lojas Novo Mundo, é cotado para a segunda suplência.

Mídia Ninja lança portal interativo pra competir com mídia dominante

Ao lançar um portal interativo (hospedado na plataforma Oximity.com), que terá a participação de colaboradores do Brasil (como Sílvia Moretzsohn, professora da Universidade Federal Fluminense) e do mundo, a Mídia Ninja, na opinião de um de seus coordenadores, Felipe Altenfelder, pretende “mudar a relação com os leitores. Eles podem logar e produzir conteúdo dentro da plataforma”. Numa entrevista ao Portal dos Jornalistas, Altenfelder diz que, “mais do que trabalhar com correspondentes, temos pessoas que são colaboradoras. Como dá visibilidade às pautas, vai permitir que cada vez mais gente possa se comunicar”. Não fica claro, mas fica a impressão de que a Mídia Ninja pretende trabalhar com uma espécie de trabalho quase escravo. “Na lógica colaborativista, é preciso saber fazer barato. Informação não é commodity, mas prestação de serviço público”, teoriza, mas sem explicar se vai ou não ter exploração do trabalho alheio. O Portal dos Jornalistas pergunta sobre quem vai financiar o portal, e Altenfelder garante que não será o governo federal. “Não tem dinheiro do governo. Somos um veículo que defende políticas públicas. Propomos uma nova forma de se relacionar”, informa. Porém, como fazer jornalismo custa dinheiro, mesmo que às vezes pouco dinheiro, Altenfelder não soube, ou não quis, explicar como a Mídia Ninja vai financiar o portal. Ele revela como vai ser o novo milagre da multiplicação dos pães. Até agora, a Mídia Ninja tem sido de um amadorismo atroz. Como, então, vai competir com a mídia dominante?

Sai em português livro de Joyce que pode ter sido a matriz de Finnegans Wake

O que James Joyce escreveu de melhor já está publicado em inglês e português: “Dublinenses”, “Um Retrato do Artista Quando Jovem”, “Ulysses” e “Finnegans Wake”. Mas, como se trata de um dos maiores escritores do século 20, qualquer rascunho é publicado com estardalhaço. Talvez não seja o caso de “Finn’s Hotel” (Companhia das Letras, 160 páginas, tradução de Caetano Galindo). “No início dos anos 1990, o surgimento de um manuscrito causou alvoroço entre os estudiosos de James Joyce. Encontrado em meio a seus papéis e anotações, Finn’s Hotel foi anunciado como embrião daquele que seria o mais enigmático dos livros do irlandês, o gargantuesco e caudaloso Finnegans Wake. “Todavia, uma longa briga judicial privou os leitores do acesso ao texto. Apenas agora, mais de duas décadas depois de sua aparição, é que 'Finn’s Hotel' chega às mãos dos fãs de Joyce. “Tremendamente claro e acessível, é composto de onze pequenos contos, que poderiam ser chamados de fábulas, sobre a história da Irlanda. “Não se sabe ao certo as intenções de Joyce com o manuscrito, e se essas histórias de fato compõem uma versão anterior do Finnegans Wake. Ainda assim, estão lá Humphrey Chimpden Earwicker, protagonista do ‘Wake’, bem como um esboço inicial da magnífica carta de Anna Livia Plurabelle, uma das peças mais belas da língua inglesa.” A edição “traz uma nova tradução do poema ‘Giacomo Joyce’, também traduzido por Galindo”.

Luiz Carlos do Carmo será o primeiro suplente do senatoriável Ronaldo Caiado

[caption id="attachment_7563" align="alignleft" width="610"]Deputado estadual Luiz Carlos do Carmo (PMDB), à esquerda, e deputado federal pré-candidato ao Senado Ronaldo Caiado (DEM), à direita Deputado estadual Luiz Carlos do Carmo (PMDB), à esquerda; deputado federal e pré-candidato ao Senado Ronaldo Caiado (DEM), à direita[/caption] O deputado estadual Luiz Carlos do Carmo (PMDB) será o primeiro suplente do candidato a senador pelo DEM, deputado federal Ronaldo Caiado. Carmo é irmão do pastor Oídes José do Carmo, um dos mais influentes líderes evangélicos de Goiás, e do prefeito de Bela Vista de Goiás, Eurípedes José do Carmo. Caiado disse a aliados que fica “honrado” de ter Carmo como suplente e que, em parceria com os evangélicos, vai trabalhar pela família brasileira. Caiado já tinha outro importante apoio entre os evangélicos. O presidente da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, o bispo Manoel Ferreira, vai apoiá-lo para senador. Manoel Ferreira é apontado como tradicional aliado do governador Marconi Perillo. Os evangélicos têm peso na política de Goiás.

José Eliton será o vice, diz Jayme Rincon. Balestra vai a deputado federal

A articulação para retirar José Eliton da vice do governador Marconi Perilo não foi adiante. O presidente da Agetop, Jayme Rincon, disse ao Jornal Opção que a chapa está mesmo definida: será Marconi para governador, José Eliton (PP) na vice e o deputado federal Vilmar Rocha para senador. O deputado federal Roberto Balestra chegou a ser cogitado para senador — Vilmar iria a vice —, mas o governador Marconi bateu o martelo. José Eliton deve ser o vice. Trocar agora seria prova de fraqueza e sugestão de que a mudança teria decorrido da candidatura de Ronaldo Caiado a senador na chapa de Iris Rezende.