Por Euler de França Belém

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José Nelto disputar a Prefeitura de Águas Lindas, morando em Goiânia, é quase crime eleitoral

José Nelto (PMDB) quer disputar a Prefeitura de Águas Lindas, município onde pretende organizar loteamentos particulares. Mais uma aberração. Porque o deputado estadual eleito não mora na cidade. Isto deveria ser considerado crime eleitoral.  

Ninguém quer ser prefeito de Goianésia? Não é bem assim. Jalles Fontoura não deve disputar reeleição

O prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura (PSDB), não está muito disposto a disputar a reeleição. A situação do PMDB não é positiva no município, pois, fora Gilberto Naves, que não quer ser candidato, não tem nenhum nome consistente. Renato de Castro, eleito deputado federal pelo PT, mas que pertence ao grupo de Gilberto Naves, é cotado para a disputa. Mas pode optar por concluir seu mandato.  

Carlos Maranhão é cotado tanto para a comunicação quanto para articular a construção do VLT

Carlos Maranhão, que comandou com rara competência o marketing da campanha do governador Marconi Perillo, é cotado para gerir a comunicação do Estado ou para arrancar o VLT do papel. É tido como um craque para múltiplas funções.

Virmondes Cruvinel deve ser o vice de Jayme Rincón na disputa pela Prefeitura de Goiânia

Não há a menor dúvida: Jayme Rincon (PSDB) deverá ser candidato a prefeito de Goiânia. Com Virmondes Cruvinel Filho, do PSD, na vice. Seu marketing político será formulado pelo talentoso publicitário e marqueteiro Paulo de Tarso. Políticos começam a dizer que Jayme Rincon articula como políticos veteranos. Mas, com um mestre como o governador Marconi Perillo, que tem doutorado prático em política, o presidente da Agetop vai mesmo muito longe. Possivelmente, direto para o Paço Municipal, em 2016.  

Presidente Barack Obama aprova o assassinato como política de Estado

A imprensa internacional anunciou, durante a semana, os crimes de tortura cometidos pela CIA. Mas poucas reportagens apresentaram um contexto mais amplo. Quem quiser compreender de fato a máquina de tortura e de assassinados — inclusive listas nas quais há vários nomes — deve ler o impressionante livro “Guerras Sujas — O Mundo É um Campo de Batalha” (Companhia das Letras, 830 páginas, tradução de Donaldson Garschagen), do jornalista norte-americano Jeremy Scahill. O governo americano utiliza militares supertreinados do Comando Conjunto de Operações Especiais (Jsoc) e dos Sea, Air, Land Teams (Seals) para matar adversários-inimigos dos Estados Unidos em várias partes do mundo, notadamente no Oriente Médio. Às vezes, ao caçar terroristas, os militares matam civis inocentes, entre eles velhos, mulheres e crianças, e simplesmente dizem que houve um “pequeno erro” e seguem matando. As mais secretas elites das Forças Armadas norte-americanas sequestram, torturam e matam de maneira inapelável. São “Justiça” e justiceiras. As reportagens recentes falam mais da CIA, que também mata e tortura, mas pouco mencionam o Jsoc e os Seals. Detalhe: o presidente Barack Obama, do Partido Democrata, apoia integralmente as ações dos militares. Da mesma forma que fazia George W. Bush. Os militares, que antes o viam como maria-mole, já aprovam sua conduta dura e sem contemplação. As ações dos Estados Unidos são indefensáveis. Liberais verdadeiros, de linhagem mais filosófica do que ideológica, não deveriam defendê-las. São verdadeiros crimes contra povos e, por conseguinte, contra a humanidade. Quem duvidar que leia o livro de Jeremy Scahill, que nada tem de esquerdista radical, paranoico e delirante. Ele trabalha, no geral, com fontes oficiais. Confiáveis, portanto.

TV Globo deturpou o que ocorre em colégios militares goianos e vai ficar por isso mesmo

Recebi dois e-mails de estudantes de escolas militares de Goiânia. Eles perguntam praticamente a mesma coisa, por isso sintetizei suas dúvidas no texto a seguir: “Se o programa ‘Profissão Repórter’ não registrou de modo fidedigno o que acontece nos colégios militares, cometendo erros crassos, a TV Globo não deveria se retratar?” O “Profissão Repórter” tratou os colégios militares de Goiânia praticamente como se fossem quartéis da Polícia Militar, sugerindo que a disciplina é extremamente rígida e “informando” que professores de história são obrigados a ensinar aos alunos que o golpe civil-militar de 1964 deve ser tratado como “revolução”. Ocorre que, além de a disciplina não ser típica de quartéis, os livros de história das escolas citadas apresentam o golpe exatamente como golpe, não como revolução. Livros de história em geral são escritos por historiadores de esquerda. E dificilmente o governo federal, comandado por uma petista que foi guerrilheira, permitiria a adoção de um livro que usasse uma nomenclatura diferente da regra dos demais livros. Especificamente sobre a retratação, os leitores talvez não saibam, mas redes e emissoras de televisão dificilmente se retratam, exceto se acionadas judicialmente. Ademais, jornalismo, na opinião da maioria dos repórteres, é a busca incessante e a publicação do deslize. Se não há, se não foi encontrado, às vezes precisa ser inventado. Pode ter sido o caso. Ressalte-se a seriedade da Globo.

Socorro!, grita o leitor de O Popular; os editores sumiram

O “Pop” escorregou na edição de segunda-feira, 8. Na página 8, dois artigos de autores diferentes foram publicados com o mesmo título: “Os lados do mundo”. Tudo leva a crer que o do texto de Gilberto G. Pereira, que fala de conflitos no mundo, foi usado no de Carlos Alberto Di Franco. O jornal também deu uma derrapada informativa no artigo “Nunca se roubou tanto”, do sempre preciso Henrique Duarte. O jornalista se equivoca ao dizer que Paulo Francis fez denúncia contra a roubalheira da Petrobrás “em 1970”. Nessa época eram os militares (louvados pelo articulista, por sua “reconhecida e aplaudida honestidade”) que conduziam os destinos do Brasil. Paulo Francis, na verdade, fez a denúncia em 1997.

Sai em março biografia de Carlos Castello Branco, maior colunista político do Brasil

CARLOS CASTELLO BRANCOO jornalista Carlos Marchi lança, em março de 2015, o livro “Castelinho — Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade” (Record, 437 páginas). Trata-se da biografia talvez do maior colunista político da história do Brasil, o piauiense Carlos Castello Branco. Estudando em Minas Gerais, ligou-se a Otto Lara Resende — que o chamava de Homezinho (devido à estatura) —, Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino. Em 1961, foi secretário de Imprensa do presidente Jânio Quadros (da UDN de porre). Em 1962, começou a escrever a “Coluna do Castello” na “Tribuna da Imprensa”. Em 1963, o jornalista e sua coluna migraram para o “Jornal do Brasil”, onde ficou por 30 anos. A coluna só acabou com sua morte, em 1993. O livro “Militares no Poder”, de Castelinho, é imperdível.

Filósofo Roger Scruton desce o cacete no lombo de Foucault, Sartre e Perry Anderson

O livro “Pensadores da Nova Esquerda” (É Realizações, 336 páginas, tradução de Felipe Garrafiel Pimental), do polêmico e pouco ortodoxo filósofo Roger Scruton, analisa criticamente obras de 14 intelectuais, como E. P. Thompson, Ronald Dworkin, Michel Foucault, R. D. Laing, Raymond Williams, Perry Anderson. Também são analisadas as ideias de Rudolf Bahro, Antonio Gramsci, Louis Althusser, Immanuel Wallerstein, Jürgen Habermas, György Lukács, J. K. Galbraith e Jean-Paul Sartre. O cacete come solto no lombo dos estudiosos.

Daniel Aarão Reis lança livro sobre Luís Carlos Prestes, no shopping Bougainville, em Goiânia

LUIS CARLOS PRESTES - UM REVOLUCIONARIO ENTRE DOIS MUNDOS O historiador Daniel Aarão Reis, professor-doutor da Universidade Federal Fluminense [UFF], lança o livro “Luís Carlos Prestes — Um Revolucionário Entre Dois Mundos” na sexta-feira, 12, às 18 horas, no shopping Bougainville. O livro, além da biografia do líder comunista Luís Carlos Prestes, é um amplo painel da história do Brasil no século 20. Trata-se de um livraço que pode ser considerado, desde já, um clássico histórico-biográfico.

Cristóvão Tormin perde a primeira para Marcelo Melo. Prenúncio do que pode ocorrer em 2016

[caption id="attachment_23056" align="alignleft" width="300"]Télio Rodrigues e Marcelo Melo: aliança que começou em 2014 e vai crescer em 2016 Télio Rodrigues e Marcelo Melo: aliança que começou em 2014 e vai crescer em 2016[/caption] O prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD), sofre sua primeira grande derrota e exatamente para aquele que vai enfrentá-lo nas eleições de 2016 — o ex-deputado federal Marcelo Melo, do PMDB. O vereador Télio Rodrigues, do PSDB, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Luziânia, com o apoio de Marcelo Melo, derrotando Cassiana Tormin, que contou com o apoio de Cristóvão Tormin, seu primo. O tucano teve o apoio do deputado federal eleito Célio Silveira (PSDB) e do deputado estadual Valcenor Braz. Télio Rodrigues foi eleito com 10 votos. Sua adversária obteve 9 votos. O detalhe decisivo: a vereadora Ana Lúcia, do PSD (partido do prefeito), votou em Télio Rodrigues. Um líder do PSD disse ao Jornal Opção: “O prefeito, com a máquina nas mãos, ‘deu’ conta de perder para seus adversários”. Em 2016, Marcelo Melo será candidato a prefeito e é apontado por todos em Luziânia, até pelas crianças, como imbatível. “A administração de Cristóvão Tormin é desastrosa. Reluto até em chamá-la de ‘administração’”, afirma o ex-deputado federal. Curiosidade: toda a cidade está comemorando a vitória de Télio Rodrigues. Motivo: é um sinal de que, em 2016, os eleitores vão arrancar Cristóvão Tormin da prefeitura.

O procurador do Estado Francisco Kleber Paes Landim sofre AVC e está internado

O procurador do Estado de Goiás Francisco Kleber Paes Landim, de 49 anos, sofreu um AVC na quarta-feira, 10, e está internado no Instituto de Neurologia de Goiânia. Seu estado, dizem os médicos, é regular. Ele está consciente, mas com déficit motor e da fala. Francisco Kleber não pode receber visitas. “Os médicos estão tentando desobstruir o coágulo com o uso de medicamentos”, relata um amigo médico. O procurador teve um AVC há algum tempo e se recuperou integralmente. Como músico, Francisco Kleber participou de várias bandas, como a 17º Sexo. Ele estava se preparando para gravar um CD. No sábado, 6, ele e o jornalista Iúri Rincon Godinho fizeram uma música. "O Chico Kleber estava ótimo", afirma Iúri.

E-book conta a história de Pedrinho, o menino que foi sequestrado por Vilma Martins

O e-book está nas livrarias. A edição impressa vai sair em 2015. Renato Alves é repórter experimentado e é dos que mais conhecem a história. Pedrinho casou-se e tem um filho

Armando Vergílio deve ser candidato a prefeito de Goiânia, diz Silvio Sousa

O líder do Solidariedade Silvio Sousa disse ao Jornal Opção que o deputado federal Armando Vergílio, presidente regional do partido, deve ser candidato a prefeito de Goiânia. "Nós, a partir de agora, vamos estruturar o partido em todas as cidades de Goiás. Em Goiânia, nosso nome mais forte é o de Armando Vergílio. Em 2012, nos queríamos lançá-lo a prefeito, mas não foi possível. Agora, é", afirma Silvio Sousa. Consta que, se Iris Rezende disputar a Prefeitura de Goiânia, gostaria de ter Armando Vergílio como vice. Silvio Sousa sugere que o quadro, em 2016, não será este.

Moralismo domina a mídia e as novas vítimas são Anderson Silva e sua suposta amante, Taiz Lelis

Philip Roth, autor do romance “A Marca Humana”, na qual ecoa o escândalo que envolveu Bill Clinton e Monica Lewinsky, se não tivesse parado de publicar, poderia escrever um livro sobre o Brasil com o título de “O Moralismo Está no Ar” ou, quem sabe, “A Imprensa Patropi Copia o Puritanismo Americano”. Há, de fato, uma onda moralista no País. Primeiro, uma jornalista insinuou que o ex-jogador Raí e o apresentador de televisão Zeca Camargo mantinham um relacionamento homossexual. Tudo indica que o relacionamento é uma ficção criada por alguém que se apresenta como repórter. Porém, mesmo que fosse verdade, qual é o interesse em expor uma relação que interessa no máximo, talvez, a duas pessoas? Em seguida, quando noticiaram que o goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, teve um filho fora do casamento, e que havia mantido um caso longevo, a patrulha moralista saiu da toca e começou a atacá-lo. O jogador deixou de ser um cidadão exemplar porque teve um filho extracasamento? No caso, Rogério não deixou de ser um homem sério devido a isto. Mas foi condenado e execrado por setores da mídia. Agora, chegou a vez do grande lutador de MMA Anderson Silva, que teria uma amante. O atento colunista Leo Dias publicou no jornal “O Dia” — seguido pelo portal R7 — uma nota, sob o título de “Escândalo sexual abala a carreira do lutador Anderson Silva”, na terça-feira, 9. Ter uma amante é mesmo um escândalo sexual? Relata o repórter, autor de vários furos sobre famosos: “Sua mulher, Dayane Silva [ao lado de Anderson Silva, na foto acima], com quem é casado há mais de 20 anos, descobriu mais uma recente traição do marido. Dessa vez com uma moça chamada Taiz Souza Lelis”. Não teria sido interessante ouvir Anderson Silva, Dayane Silva e Taiz Souza Lelis? A nota sequer diz que foram procurados. Segundo Leo Dias, Dayane Silva estaria exigindo “o fim do romance” de Anderson Silva, o Spider Man, e ameaçando “fazer um grande escândalo”. A mulher do lutador teria sido ouvida? “A vida sexual de Anderson sempre foi bastante movimentada: muitas amantes fizeram parte de sua vida”, afirma o jornalista. Pode ser verdade? Pode. Mas cadê os nomes, as evidências? Depois, e se for verdade, o que muda na vida e na carreira de Anderson Silva? Ele sempre lutou muito bem, independentemente de sua vida sexual ser muito ativa ou não. “A imagem de bom pai, bom marido e campeão, enfim, está prestes a cair por terra”, garante Leo Dias. Será que isto é apenas uma opinião, gratuita, ou uma verdade incontestável? Será que, por ter uma namorada, Anderson Silva deixou de ser “bom pai”? Improvável, por certo. Será que não voltará ser campeão por que teria uma amante? Se estiver em forma, se estiver bem psicologicamente, Anderson Silva tem condições de vencer tanto Chris Weidman quanto Victor Belfort. Há informações que precisam se nuance. “Os patrocinadores estão insatisfeitos com o lutador, que chegou a ser campeão mundial dos pesos médios do UFC, mas não tem mais perspectiva de ascensão”, anota Leo Dias. Primeiro, não há notícia de que os patrocinadores estejam insatisfeitos com Anderson Silva. Segundo, se vencer Nick Dias de maneira convincente, não será surpresa se for colocado para disputar o título contra Chris Weidman ou, no caso de vitória deste, Victor Belfort. “Aos 39 anos, Anderson reluta em se aposentar”, escreve Leo Dias. Não é bem assim. Os dirigentes do UFC sabem que Anderson Silva ainda rende muito pague-pra-ver e, por isso, ainda não querem a sua aposentadoria. É provável que Leo Dias não esteja acompanhando o mercado das lutas. Dana White está chamando de volta lutadores mais velhos, porque os mais novos não estão empolgando. Anderson Silva ainda é uma estrela e não se dispensa um lutador de sua categoria de uma hora para a outra. Os informantes de Leo Dias não parecem muito categorizados, pelo menos não em termos gerais — podem ser que estejam certos em um ou dois aspectos —, mas o que mais impressiona é o moralismo da notícia. A função do jornalismo, se o jornalismo tem alguma função, não é ditar normas de conduta, não é pautar ou nortear comportamentos.