Por Alexandre Parrode
O PSB aposta todas suas fichas em Daniel do Sindicato para prefeito de Cristalina. Mas o PSD apresenta Maks Wilson Louzada como uma alternativa consistente. Já o PV banca Castelo Branco e o PMN, Gildomar Gonçalves.
Planaltina assiste uma inflação de candidatos: Delegado Cristiomário (o Waldir Soares do Entorno de Brasília), Davi Alves Teixeira (PROS), Geraldo Guimarães (PMDB), João do Paquetá (PSOL), Juninho Luiz Alves (PSC) e Eles Reis Freitas (PTC). Políticos experimentados do Entorno de Brasília sublinham que a disputa se dará entre Cristiomário, Davi Alves e o prefeito Eles Reis.

Enio Tatico é o que se pode chamar de político itinerante. Já transferiu seu domicílio eleitoral até para Minas Gerais. Parece que não dá certo em nenhum lugar. Agora, é candidato a prefeito de Águas Lindas, município do Entorno de Brasília. Apesar de gastar muito dinheiro, não é o favorito. O prefeito Hildo do Candango, do PSDB, é o favorito. É provável que Enio Tatico dispute o segundo lugar com Geraldo Messias, do PTC. Os adversários de Enio Tatico dizem que se trata de um cavalo “boliguaio” — mistura de boliviano com paraguaio. Começa até bem, mas sempre muito mal, arrastando-se.

Um dossiê explosivo sobre a movimentada vida pessoal do candidato do PSDB a prefeito de Aparecida de Goiânia, Alcides Ribeiro, começa a circular nos bastidores. Divulgá-lo fere sua privacidade e é provável que ninguém o faça. O importante é debater ideias, e não vida pessoal. Afinal, Alcides Ribeiro é um empresário bem-sucedido na área educacional e do ramo de papelaria.

Quem conversou com o governador de Goiás, Marconi Perillo, na semana passada, impressionou-se com sua tranquilidade. O tucano-chefe fez questão de não mudar sua rotina de trabalho — de workaholic assumido — em decorrência da Operação Decantação, da Polícia Federal, que apura corrupção na Saneago. Sem nada temer, o governador disse a aliados que está convicto de que a ação investigatória contém certo exagero.

Em Catalão, há a convicção de que Adib Elias lidera mesmo. Mas não com a folga apresentada pelo instituto Serpes. O prefeito Jardel Sebba aproxima-se aos poucos do peemedebista, o que a pesquisa publicada pelo jornal “O Popular” não registra. Mas claro que a diferença ainda é grande.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, e o candidato do PSB a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso, estão cada vez mais afinados a respeito da sucessão. Sem intermediários, o tucano e o socialista estão se falando com frequência, ao menos duas vezes por dia. A relação é de confiança e, mesmo, de amizade. Consta que a senadora Lúcia Vânia fica enciumada com a proximidade.

Candidato a prefeito pelo PSB, Vanderlan Cardoso tem dito que, na falta de um gestor competente em Goiânia, o governador Marconi Perillo tem atuado como verdadeiro prefeito da capital. Basta verificar que construiu os dois maiores hospitais da cidade — o Crer e o Hugol — e inaugurou recentemente o Estádio Olímpico, inteiramente reformado e modernizado. O prefeito Paulo Garcia seria “omisso” e teria deixado para fazer algumas obras no final de seu governo. A Avenida Goiás, com o corredor para ônibus, continua caótica e dificilmente o petista será capaz de concluir a obra em quatro meses.

Se Ana Carla Abrão for candidato a senadora em 2018, a senadora Lúcia Vânia vai desistir da reeleição. Porém, como política é a vida de Lúcia, é provável que a economista vá mesmo para o governo de Michel Temer.

Francisco Júnior não tem voto, até agora, segundo as pesquisas. Mas está fazendo uma campanha profissional na televisão. Usando uma câmera go pro (pequena, é a preferida de desportistas, notadamente surfistas), o candidato a prefeito de Goiânia pelo PSD tem demonstrado que é moderno na prática, não apenas no discurso.

O PSDB, feito um amplo levantamento, concluiu que deverá eleger mais de 60 prefeitos em 2 de outubro. Já a base aliada, que inclui vários partidos, aposta que fará pelo menos 192 dos 246 prefeitos de Goiás. Se a base fizer 192 prefeitos, a notícia é negativa tanto para Ronaldo Caiado, do DEM, quanto para Daniel Vilela, que pretendem disputar mandato de governador em 2018.

O senador Ronaldo Caiado só abre mão de disputar o governo de Goiás se o candidato do PMDB a governador for Iris Rezende.

Há uma aposta generalizada de que, se Iris Rezende, do PMDB, for eleito prefeito de Goiânia, na disputa de 2 de outubro, ficará no Paço Municipal até o fim de março de 2018 e aí desincompatibilizará para disputar o governo do Estado. Resta saber se seu vice, Major Araújo, tem competência técnica e serenidade para governar Goiânia. Iris Rezende, embora negue, é o principal responsável por Paulo Garcia, do PT, na Prefeitura de Goiânia. Se não fosse o peemedebista, o petista dificilmente teria sido eleito, em 2012. “Major Araújo é Paula Garcia amanhã”, admite o peemedebista.

Se Iris Rezende bancar Ronaldo Caiado para governador em 2018, filiando-o ao PMDB, a tendência é que Daniel Vilela e seu pai, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, deixem o partido e se aliem ao governador de Goiás, Marconi Perillo. Aí Maguito Vilela seria candidato a senador, em dobradinha com Marconi Perillo.

O alto tucanato organiza uma força-tarefa, com, entre outros, o deputado federal Célio Silveira e a secretária de Cidadania do governo de Goiás, Lêda Borges, para fortalecer a candidatura do vereador Pábio Mossoró a prefeito de Valparaíso.
Sem a força-tarefa, Pábio Mossoró pode perder a eleição para Afrânio Pimentel, apontado como único que pode derrotá-lo, dada a força do dinheiro do PR de Magda Mofatto. Roberto Martins, do PT — que conta com o apoio da prefeita Lucimar Nascimento (mal avaliada) —, e Iraquitan da Silva, do PC do B, são os outros postulantes.