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Mudança
O que pensa dono de bar em Goiânia que aderiu à escala 4×3

Em uma movimentação ousada no setor de entretenimento goianiense, o empresário Áureo Rosa, de 30 anos, dono dos bares Maria Garrafinhas e Zé Latinha, decidiu implementar a escala 4 por 3 em seus estabelecimentos, funcionando apenas quatro dias por semana. A decisão, que pode parecer arriscada à primeira vista, tem se mostrado estratégica e benéfica tanto para os negócios quanto para os funcionários. (As localizações dos bares estão no fim da matéria).

Em uma entrevista exclusiva ao Jornal Opção, Áureo detalha, nesta segunda-feira, 6, medida que aponta o que pensa sobre como isso afeta gestores e o corpo de funcionários. “Eles [os bares] costumam ser bem movimentados, principalmente no fim de semana. A gente já tinha pensado na ideia de reduzir a escala porque, ali no meio da semana, o movimento não era tão grande. Apesar de ter público, não compensava tanto”, explica Áureo

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Zé Latinhas | Foto: Divulgação

“Aproveitamos esse aumento de demanda no fim de semana para compensar com o fechamento em um dia a mais. Isso também atende a uma necessidade da equipe, que sente falta de mais folga, já que o trabalho é puxado”, aponta.

A mudança veio acompanhada de uma reestruturação trabalhista: todos os funcionários estão sendo registrados em carteira. “Desde que anunciamos, está sendo o contrário do que muitos pensam. A gente está vendo muita gente procurar justamente para se registrar. Estamos nesse movimento de adaptação, registrando todo mundo que demonstra interesse, até para não ser uma contradição. Porque se for só freela e eu fechar um dia, não faz diferença. Mas agora, com todo mundo registrado, conseguimos dar essa folga sem perder salário”, explica.

A nova escala também trouxe benefícios para a administração dos bares. “A gente abriu outro bar agora, e com os dois funcionando o tempo todo, não conseguimos ter um momento de lazer. Já teve frequência de faltas, e percebemos uma dificuldade de mão de obra mesmo, principalmente por conta da regulamentação da CLT. Mas com esse novo modelo, conseguimos equilibrar melhor”, aponta.

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Maria Garrafinhas | Foto: Divulgação

Segundo Áureo, a escala 4x3 só é viável porque o setor de eventos permite esse tipo de adaptação. “Quando falamos em escala 4 por 3 ou até 5 por 2, estamos falando não só da implementação da escala, mas também da necessidade de reforma da CLT para se adaptar. Mas com o que temos hoje, já é possível em alguns setores. Todo comércio tem algum dia com pouco movimento que teoricamente poderia fechar”, comenta.

Ele também aponta alternativas para quem não quer fechar. “Dá para diminuir a escala da equipe sem fechar o espaço. Por exemplo, contratar algumas pessoas em outro regime para atuar nos dias que seriam fechados. Mas pra gente, fechar também era importante. Temos uma programação cultural e musical, e precisamos de tempo para planejar isso. A folga para quem administra também é essencial”, afirma.

A decisão foi tomada após cerca de duas semanas de discussão com os funcionários. “Vimos quais eram as demandas e o que poderíamos implementar de imediato. Foi bem rápido. A gente pretende que, talvez daqui uns 15 dias, todos os cargos estejam nesse regime”, aponta.

Além dos ganhos internos, a estratégia também gerou um efeito de escassez que intensificou o movimento nos dias abertos. “Nos últimos meses, o público explodiu no fim de semana. Há muito tempo não conseguimos atender todo mundo, e aumentou mais ainda. A única coisa que impedia a gente era a questão financeira. Como teve esse aumento, agora temos mais possibilidade de equilibrar”, explica.

Na avaliação de Áureo, outros bares de Goiânia poderiam adotar o mesmo modelo. “Goiânia tem uma característica cultural de quem frequenta bares em dias muito específicos, geralmente a partir de quarta ou quinta. Quem abre todos os dias sabe que tem dia que está aberto só pra dizer que está. Muitos adotam a estratégia de não fechar nenhum dia para manter o público, mas há alternativas. Tem gente que trabalha 44 horas, outros com regime de 30 horas. Basicamente, uma equipe maior que se rearranja para manter o bar aberto todos os dias”, destaca.

Mas ele reforça: “A folga é muito importante, não só para o funcionário, mas pra mim também. Faz toda a diferença. Numa semana que tive um dia de folga, fui trabalhar muito mais disposto e cheio de ideias para implementar. Pra gente, já fez muita diferença” finaliza.

Endereços dos bares:

- Zé Latinha – R. 8, 485 – Setor Central, Goiânia

- Maria Garrafinhas – R. 8, 349 – Setor Central, Goiânia

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