Emprego formal avança entre os mais pobres e contraria fala do ‘rei do ovo’ sobre ‘dependência de bolsa família’

17 junho 2025 às 15h34

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O emprego formal cresceu entre os mais pobres entre 2019 e 2023, de acordo com análise por quintos da distribuição de renda domiciliar per capita. Na faixa, o trabalho com carteira assinada cresceu 1,1 ponto percentual.
O dado contraria a fala do empresário Ricardo Faria, 50, conhecido como “rei do ovo”, listado como uma das pessoas mais ricas do Brasil. Ricardo afirmou que os mais pobres no país “estão viciados no Bolsa Família” e que não querem trabalhar.
Mesmo com o aumento do valor do Bolsa Família para cerca de R$ 600, a taxa de desocupação hoje é menor do que há dez anos, quando o programa pagava menos de R$ 100 por pessoa. Além disso, a renda dos ocupados também subiu em todas as faixas, mas sobretudo entre os mais pobres (+9,5% ao ano, ou +43,6% acumulados no período).
Em 2014, o Brasil registrou a menor taxa de desemprego da série histórica até então, com uma média anual de 4,8%, a desocupação atingia 4,4% da população com 14 anos ou mais –e havia 58,1% de ocupados, perfazendo 62,5% dos brasileiros no mercado de trabalho.
Já em 2024, a taxa de desocupação, com o Bolsa Família já a R$ 600, foi menor: 4,2%, com 58,6% dos brasileiros ocupados e 62,8% no mercado.
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