Resultados do marcador: Pragmatismo

Quase um octogenário, o presidente está confortável para fazer o que acha que é melhor para o Brasil e, entre o pragmatismo e a moral, fica com o primeiro

"Gustavo fala do seu projeto vitorioso de 2020, mas se esquece do principal: sem 2016, quando foi bancado por Maguito Vilela e Daniel Vilela, não existiria 2020"

[caption id="attachment_83862" align="alignleft" width="140"] Iris durante posse do secretariado | Foto: Marcos Souza[/caption]
De um deputado: “O objetivo de Iris Rezende é retomar o comando do PMDB com o propósito de lançar um candidato a governador de Goiás que não seja Maguito Vilela ou Daniel Vilela”. Pode ser o senador Ronaldo Caiado?
O deputado afirma que, se não bancar Maguito Vilela ou Daniel Vilela, dificilmente Iris Rezende terá condições de bancar Ronaldo Caiado. “O PMDB não aceita apoiar alguém de fora. Nem mesmo Iris Rezende, com toda a sua força política, terá condições de impor o senador do DEM como candidato do peemedebismo.”
A deputada federal Magda Mofatto é uma política pragmática. Ao pressentir cheiro de derrota em Goiânia — uma tragédia política anunciadíssima —, está concentrando suas energias em eleger prefeitos de algumas cidades do interior. Magda Mofatto, que tem faro político e empresarial, está certíssima. Afinal, pretende ser candidato a senadora em 2018. Ela e Flávio Canedo fazem um trabalho muito bem articulado no interior. Em Goiânia, até tentam ajudar, mas não conseguem, nem são ouvidos.

A deputada federal Flávia Morais, que decidiu apoiar o governador Marconi Perillo na semana passda, não pode ser tachada de oportunista. Como quaisquer outros políticos, é pragmática. A líder do PDT havia acertado um acordo com Júnior Friboi, mas, como o pemedebista desistiu da disputa, optou pelo tucano-chefe.
Flávia Morais fechou aliança com o PSDB pela estrutura e pela chapa. Com Vanderlan Cardoso, seria bem votada, mas não seria eleita. Espalharam que a deputada recebeu uma fortuna para aderir. Fofoca pura. Desde a saída de Friboi do páreo, a pré-campanha ficou mais barata, sem nenhuma inflação. Acrescente-se que dinheiro não está sobrando.
Os políticos estão dizendo que os empresários, temendo processos e denúncias do Ministério Público, estão fugindo deles.
Quem não se interessa pela política do real avalia, contundente, que tudo é fisiologismo. Porém, se há fisiologismo, há também pragmatismo. A deputada federal Flávia Morais (PDT) está entre dois amores e um ex-amor. De um lado, dois políticos sedutores — o governador Marconi Perillo (PSDB) e o peemedebista Júnior Friboi —, que oferecem uma estrutura adequada que, bem utilizada, pode garantir sua reeleição. Flávia, direta (ela mesma) e indiretamente (o marido George Morais), conversou com Friboi e Marconi e está avaliando em que chapão sua reeleição é mais garantida. De outro lado, está Vanderlan Cardoso. Flávia o respeita, apesar do atrito recente, mas sabe que, se ficar na sua chapa, pensando em amor e esquecendo a razão, não terá condições de reeleger.