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Há quem aposte que o emedebista pode disputar o governo. Daniel Vilela é cotado para disputar mandato de deputado federal, para puxar votos para o partido

Os candidatos-estrelas, como os atuais deputados federais, terão de cuidar de suas campanhas e das campanhas de seus aliados de partido

O vice atual, Lincoln Tejota, não foi bem nas eleições municipais. Ele é cotado para ir para o TCM ou para disputar mandato de deputado federal

O marqueteiro frisa que o prefeito de Goiânia está se comportando como quem planeja que vai disputar a reeleição

[caption id="attachment_131163" align="alignleft" width="130"] Pastor Bertiê Magalhães [/caption]
Os evangélicos de Anápolis estão divididos. Uma parte fechou com o pré-candidato a governador pelo DEM, Ronaldo Caiado. Mas a maioria fez opção pelo apoio ao governador José Eliton, do PSDB, que postula a reeleição.
Pastores respeitados de Anápolis sinalizam que vão apoiar José Eliton por dois motivos. Eles avaliam que os governos de Marconi Perillo-José Eliton “fizeram muito” para o município e “valorizaram os evangélicos”.
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Entre os evangélicos de peso que estão com José Eliton podem ser citados os pastores Bertiê Magalhães, da Assembleia de Deus-Madureira, Clarimundo César, da Assembleia de Deus-Anápolis, Washington Luiz Albuquerque, da Igreja Quadrangular, e Victor Hugo Queiroz, da Igreja Cristo Vida Nova. Eles representam pelo menos 70% do “PIB” evangélico de Anápolis.
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[caption id="attachment_64275" align="alignright" width="620"] Michel Temer, se assumir a Presidência da República, pode fortalecer o projeto político de Daniel Vilela para 2018: a disputa do governo[/caption]
Não há favas contadas em política e a realidade, sempre dinâmica, muda de uma hora para outra. O PSDB acreditava que ficaria no mínimo 20 anos no poder e acabou ficando “apenas” oito anos (sem contar o período de Itamar Franco). O PT parece ter projetado um período ainda maior, ao estilo do PRI no México, mas, dada a corrupção sistêmica que criou para governar e, em seguida, para locupletar-se — contaminando políticos de vários partidos, como PMDB, PP, PTB e PR —, tende a deixar o poder este ano, depois de um longo reinado de 13 anos. Se confirmado o impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado, Michel Temer assume a Presidência e, como em 1992, o PMDB se tornará protagonista. O resultado é que o fortalecimento nacional tende a fortalecer o partido no plano estadual.
Em Goiás, para a eleição de 2018, há dois projetos básicos para o PMDB. O primeiro é bancar seu presidente, o deputado federal Daniel Vilela, para o governo. Político jovem, com boa estampa e discurso cada vez mais afiado, com a incorporação de uma argumentação mais técnica e abrangente — escapando ao populismo caboclo de Iris Rezende —, o parlamentar tem condições de disputar o governo. Pode até não ganhar de José Eliton, que deve ser o candidato do PSDB, mas tende a fazer boa figuração. Tanto pode jogar para ganhar em 2018 quanto pode jogar para ganhar musculatura tendo a disputa de 2022 como meta prioritária.
O segundo jogo do PMDB é apostar na figura experimentada do senador Ronaldo Caiado. Este pode candidatar-se pelo DEM ou pode trocar este partido, em 2018, pelo PMDB. Mas os velhos e novos peemedebistas sabem que, se eleito, o presidente do partido Democratas tende a trabalhar para constituir um grupo político com o objetivo de não cair sob controle do PMDB. Então, ganhar com Caiado pode ser, mais do que uma vitória, uma perda. Por isso, o mais certo é que, aproveitando-se do “empurrão” de Michel Temer, Daniel Vilela dispute o governo do Estado.

[caption id="attachment_51599" align="alignleft" width="620"] Marconi Perillo, Aécio Neves, Wilder Morais e Lúcia Vânia| Fotos: Wagnas Cabral/ George Gianni/ Fernando Leite/ Fernando Leite[/caption]
Políticos que planejam disputar mandato de senador em 2018 sugerem que o governador Marconi Perillo, do PSDB, dará um salto nacional já em 2018.
Marconi Perillo, na visão destes políticos, será candidato a presidente da República ou, no mínimo, vice-presidente na chapa do senador mineiro Aécio Neves.
Se isto acontecer, muda a configuração da chapa majoritária em Goiás. Há quem aposte que será a seguinte: José Eliton para governador, Thiago Peixoto na vice, e Lúcia Vânia e Wilder Morais para senador. É um chapão consistente embora Wilder Morais não seja popular, tampouco é conhecido do eleitorado (o que, às vezes, é mais virtude do que defeito).
O PSDB fica com uma vaga (José Eliton), o PSD leva a vice (Thiago Peixoto), o PSB (Lúcia Vânia) e o PP (Wilder Morais) ficam com as vagas para o Senado.
Noutra configuração, Thiago Peixoto sai do páreo e Vilmar Rocha, do PSD, seria candidato a senador.