Gustavo Mendanha pode ser o vice de Ronaldo Caiado em 2022
25 abril 2021 às 00h00
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Há quem aposte que o emedebista pode disputar o governo. Daniel Vilela é cotado para disputar mandato de deputado federal, para puxar votos para o partido
Comenta-se, nos bastidores e na imprensa, que o presidente do MDB, Daniel Vilela, pode ser o vice do governador Ronaldo Caiado na disputa de 2022. O que há de firmado? Nada. Até porque, na base do governador, há resistência a uma articulação política entre os dois. Mas as relações políticas e pessoais entre ambos são cordiais e republicanas. E a questão é que acordos não serão fechados em 2021. Mas as conversas já começaram. “As portas estão abertas e, como dizia Tancredo Neves, não se deve arrombar portas abertas”, assinala um emedebista.
Nos bastidores, bem lá nos bastidores, há a conversa de que o vice de Ronaldo Caiado, se o MDB for indicá-lo, não será Daniel Vilela, e sim o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha.
Se isto proceder, o que acontecerá? Daniel Vilela disputará mandato de deputado federal e se tornará o grande puxador de votos do MDB. No momento, o partido não tem nenhum grande nome para a Câmara dos Deputados. A cúpula do MDB nacional tem cobrado aos diretórios estaduais que trabalhem, de maneira intensa, para eleger deputados federais em 2022. Porque, quanto mais tem deputados federais tiver, mais o partido terá tempo de televisão e recursos do fundo partidário e do fundo eleitoral.
Uma chapa com Ronaldo Caiado e Gustavo Mendanha significaria duas novas questões. Primeiro, o grupo do governador estaria se renovando ao se aliar a um jovem com menos de 40 anos e com reconhecida capacidade administrativa. Segundo, o prefeito de Aparecida de Goiânia é da Assembleia de Deus — o que contribuiria para fortalecer a chapa num eleitorado que valoriza políticos que pertencem às igrejas evangélicos.
Comenta-se, em Aparecida de Goiânia, mas não em outras cidades, que Gustavo Mendanha quer ser candidato a governador. Fala-se, até, que um empecilho crucial já teria sido “removido”. Seu vice, Vilmarzinho Mariano, do MDB, teria pedido três secretarias — Finanças, Saúde e Educação — e, ao não ser atendido, teria rompido com o gestor municipal. Há pouco tempo, teria se aproximado de políticos ligados ao governo estadual.
No entanto, segundo um secretário de Gustavo Mendanha, o problema teria sido contornado. Portanto, se sair para uma disputa, em 2022, o emedebista teria, em tese, o apoio de Vilmarzinho Mariano.
O problema de Gustavo Mendanha talvez seja outro. O prefeito foi eleito para administrar Aparecida por quatro anos. Se sair em 2022, para ser candidato a governador ou a vice, terá ficado tão-somente um ano e quatro meses na prefeitura — o que pode não ser bem assimilado pelos eleitores.