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Jornalista goiano vai comentar Copa para televisão da Espanha

foto coluna imprensa O jornalista goiano Thiago Arantes, radicado em Barcelona, vai comentar a Copa do Mundo de Futebol para a Gol Televisón, “a única que passará os 64 jogos” na Espanha. Expert em futebol (e outros esportes), Thiago Arantes vai comentar os jogos do Brasil. Formado em jornalismo pela Universidade de Brasília, Thiago Arantes trabalhou no “Diário da Manhã” e é correspondente da ESPN na Espanha. Na Espanha, como se sabe, há uma espécie de Campeonato Brasileiro Série AQ (Alta Qualidade), com alguns dos melhores jogadores brasileiros, como Neymar (Barcelona), Marcelo (Real Madri), Daniel Alves (Barcelona) e Diego Costa (Atlético de Madri e seleção espanhola).

11 craques que não se renderam ao sistema

Pela personalidade, por ações humanitárias ou posicionamentos políticos, um ranking subjetivo sobre jogadores que pensaram o esporte muito além das quatro linhas do gramado Elder Dias Para quem olha de fora, o mundo do futebol é habitado por seres completamente alienados. Um preconceito sob uma base real: está claro que os jogadores colaboram para essa impressão virar estereótipo. E nem só por aqui — a seleção inglesa que jogará a Copa do Mundo ficou hospedada em Miami antes de vir para o Brasil e somente um atleta, Leighton Baines, reparou que aquele senhor grisalho acomodado no mesmo hotel era o cantor Morrissey, lenda do rock britânico. A maioria das celebridades do futebol pisa na bola ao entrar (ou nem isso) no campo dos temas universais, provocados em assuntos que vão da política à cultura, da economia aos direitos humanos. Mas nem só de pagode e “vamos dar tudo de si” vivem os jogadores. Alguns deles — poucos, é bem verdade — se fizeram referência exatamente por fugir do padrão: tornaram-se não só grandes como atletas, mas também pessoas brilhantes. Pelo pensamento rápido, por uma personalidade contestadora, por ações humanitárias ou posicionamentos políticos, a lista destas próximas páginas estabelece um ranking totalmente aleatório e pessoal sobre alguns sujeitos que, sem dúvida, levaram o futebol muito além das quatro linhas de um campo. Tocantins_1885.qxd    

4 Caszely, o bravo

Tocantins_1885.qxd Considerado um dos maiores jogadores da história do Chile, o socialista Carlos Caszely, já craque da seleção, apoiou o governo de Salvador Allende no início dos anos 70 e foi também uma das celebridades do país a se opor frontalmente à ditadura de Augusto Pinochet. Tão frontalmente que, recebido com a seleção em La Moneda, o palácio presidencial, não estendeu a mão ao general, em solenidade pela conquista da vaga à Copa da Alemanha, em 74. Talvez isso tenha colaborado para que tivesse sua mãe sequestrada e torturada por agentes do governo naquele ano. Em 1980 e 1988, fez campanha contra o governo, respectivamente pela rejeição à nova Constituição e pela opção “não” no plebiscito que decidia sobre a manutenção de Pinochet no poder. Jogou as Copas de 1974 e 1982 e é o terceiro maior artilheiro da história da seleção chilena.

5 Varela, o digno

Tocantins_1885.qxd O principal causador da maior tragédia do futebol brasileiro era muito mais do que jogador e capitão da seleção uruguaia. Em 1948, liderou uma greve dos atletas do país por condições mais humanas no trabalho. Já no fim da carreira, se recusou a receber premiação diferente dos colegas. Quando seu clube fechou patrocínio, em 1954, a única camisa do time em que a marca do anunciante não estava estampada era a sua. Ele não permitiu. “Antes, nós, os negros, éramos puxados por uma argola no nariz. Esse tempo já passou”, justificou sua atitude. O durão Varela se disse arrependido de ganhar a Copa de 50, após consolar brasileiros nos bares do Rio na noite do Maracanazo. Condoeu-se por nunca ter imaginado que o futebol significasse tanto para aquela gente. Morreu pobre, em 1996.

6 Sócrates, o democrata

Tocantins_1885.qxd Sócrates, que jogou as Copas de 82 e 86, pode ser considerado o maior “antijogador” da história do futebol brasileiro. Revelação do Botafogo de Ribeirão Preto (SP), sua terra natal, recusou-se a ir para o Corinthians antes de terminar a faculdade de Medicina. No Timão, além de um dos maiores ídolos da história, foi um dos responsáveis pela implantação da Democracia Corintiana, movimento em que decisões sobre o time e o clube eram votadas por dirigentes, jogadores e funcionários. Outra prova de sua politização foi subir e discursar nos palanques das Diretas, em 1984. Era contra a concentração antes dos jogos. Fumava e bebia muito quando ainda era atleta. O álcool foi o causador de sua morte prematura, aos 57 anos, em 2011.

7 Cruijff, o sarcástico

Tocantins_1885.qxdVice-campeão mundial em 1974, ano em que a Laranja Mecânica comandada por ele em campo perdeu a decisão para a Alemanha, Johann Cruijff já jogava no Barcelona em 1973, quando resolveu dar ao terceiro filho o nome de Jordi, o padroeiro da Catalunha (no Brasil, São Jorge). Vivia-se ainda o período ditatorial do franquismo e tinha sido banida qualquer referência aos símbolos nacionais catalães. Como não pôde então registrar o filho em Barcelona, Cruijff se dirigiu ao país natal e Jordi pôde ser Jordi em Amsterdã. Para debochar de Franco, se deixou ser fichado como “máquina agrícola”, já que tinha sido considerado “muito caro” como jogador de futebol. Outra ditadura, a do argentino Jorge Videla, teria sido o motivo de sua não ida à Copa de 78. Por atitudes como essas, Cruijff é reverenciado por torcedores do Barcelona e nacionalistas da Catalunha muito além do craque que foi em campo. É um dos maiores jogadores de todos os tempos e o maior da Holanda.

8 Redondo, o indomável

Tocantins_1885.qxdUm dos mais talentosos jogadores argentinos dos anos 90, Fernando Redondo foi um habilidoso volante que se destacou especialmente no Real Madrid. Depois de jogar a Copa de 1994, envolveu-se em uma polêmica por causa de uma ordem bizarra do então técnico da seleção Daniel Passarella em 1998: para serem convocados, todos os atletas deveriam ter cabelos curtos. “Eu disse a Passarella que não iria cortar meu cabelo, porque ele faz parte da minha personalidade. E, antes de ser jogador, eu sou uma pessoa.” A personalidade forte do cabeludo Redondo já havia sido demonstrada em 1990, ao recusar a convocação do técnico Carlos Bilardo para a Copa. Mais tarde ele confirmaria que não concordava com o estilo de jogo proposto pelo treinador.

9 Romário, o ferino

Tocantins_1885.qxdUm dos maiores camisas 9 (embora jogasse com a 11) da história do futebol mundial, o “Baixinho” espalhou tanto talento quanto desafetos no futebol: teve atritos (alguns com vias de fato) com os colegas Edmundo, Zico, Andrei, Pelé, Ronaldo e o argentino Simeone, entre outros; com os treinadores Alexandre Gama, Zagallo e Luxemburgo; e com os dirigentes Roberto Dinamite (Vasco), Edmundo dos Santos Silva (Flamengo) e Ricardo Teixeira (CBF). Poderia ter jogado cinco Mundiais (entre 1986 e 2002), mas, de fato, apesar de ter estado em 1990 como reserva — só entrando contra a Escócia —, brilhou quatro anos depois: a conquista do tetra foi também a “Copa do Romário”. Além de boêmio — amava a noite, dizia que não era atleta e achava que jogava melhor quando antes fazia sexo —, foi um frasista polêmico. Entre elas disse: “Pelé, calado, é um poeta” e “O cara entrou no ônibus agora, não está nem em pé e já quer sentar na janela” (sobre Alexandre Gama, então técnico do Fluminense). Hoje sua língua ferina o ajuda nos debates no Congresso, como deputado federal pelo PSB do Rio. Grata surpresa da política e ferrenho crítico da CBF, em outubro Romário deve disputar o Senado.

10 Best, o boêmio

Tocantins_1885.qxdÉ do norte-irlandês talvez a frase mais sarcástica de um jogador de futebol para definir hedonismo: “Gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres e carros potentes. O resto eu desperdicei.” Em plena efervescência da beatlemania, George Best foi o primeiro jogador pop star do futebol mundial e o maior frasista de seu ramo. Nunca disputou uma Copa do Mundo — sua seleção, a Irlanda do Norte, não conseguiu êxito nas eliminatórias de 1962 a 1978 —, mas é considerado um dos maiores jogadores da história do Manchester United. Sua vida de “bon vivant” foi também o que o matou: ainda tinha carreira em alta quando se entregou ao álcool. Sofrendo de cirrose, passou por transplante de fígado em 2002, mas voltou a beber mesmo assim. Morreu em 2005, aos 59 anos. Como último e digno ato, deixou-se fotografar moribundo no hospital Cronwell, em Londres, pedindo para que o registro fosse legendado com uma última grande frase: “Não façam como eu.” O aeroporto de Belfast, sua cidade natal, foi rebatizado com seu nome.

11 Breitner, o sincero

Tocantins_1885.qxdPaul Breitner penou por dizer sempre o que pensava. No tempo em que o Muro de Berlim ainda estava de pé, tinha fortes posições políticas e não fugia de polêmicas. Campeão mundial em 1974 pela Alemanha, só voltaria a jogar pela seleção em 1981. É que chamara o então técnico Helmut Schön de “senil”, o auxiliar Jupp Derwall de “idiota” e seus colegas de time de “burros”. Em plena guerra fria, foi considerado maoísta por confessar que tinha um livro do ditador chinês. Foi também o técnico da seleção com recorde negativo de tempo de permanência: 17 horas, tempo que levou para ser reprovado pelo conselho da federação alemã. Sobre o motivo da rejeição, disse Breitner à época: “Talvez seja sincero demais para ser técnico da seleção.”

Obdulio Varela, o homem que veio ao Brasil para levar a Copa embora

Não fosse ele, tudo teria sido diferente em 1950. O capitão uruguaio era mais do que um jogador: era um ícone em campo — e isso fez toda a diferença

Confira a lista dos 23 jogadores da Seleção Brasileira convocados para a Copa do Mundo

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Técnico Felipão anunciou lista de convocados nesta quarta-feira. Hernanes foi chamado e Robinho ficou de fora
Técnico Felipão anunciou lista de convocados nesta quarta-feira. Hernanes foi chamado e Robinho ficou de fora. Foto: CBF TV/Reprodução[/caption] O técnico da Seleção Brasileira de futebol, Luís Felipe Scolari, divulgou no final da manhã desta quarta-feira (7/5) a lista com os 23 jogadores convocados para a Copa do Mundo no Brasil. Em anúncio feito no Rio de Janeiro ele revelou que sua última decisão, tomada na noite de ontem, foi sobre o quarto zagueiro a ser convocado, Henrique, do Napoli, a surpresa da lista. Os sete jogadores que vão compor a lista de espera serão anunciados na próxima terça-feira (12). Veja, abaixo, a lista dos atletas. Goleiros: Julio Cesar (Toronto), Jefferson (Botafogo), Victor (Atlético Mineiro) Laterais: Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Roma), Marcelo (Real Mdrid), Maxwell (PSG) Zagueiros: Thiago Silva (PSG), David Luiz (Chelsea), Dante (Bayern de Munique), Henrique (Napoli) Meio-campo: Luiz Gustavo (Wolfsburg), Hernanes (Inter de Milão), Paulinho (Tottenham), Ramires (Chelsea), Oscar (Chelsea), Fernandinho (Manchester City), Willian (Chelsea) Atacantes: Hulk (Zenit), Neymar (Barcelona), Fred (Fluminense), Jô (Atlético Mineiro), Bernard (Shaktar Donetsk)