Deputada não vê riscos de embargo de exportações após casos de gripe aviária em aves silvestres

14 junho 2023 às 09h23

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O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou nesta segunda-feira, 12, mais um caso de gripe aviária H5N1 no Brasil. De acordo com a pasta, o caso ocorreu com uma ave silvestre, o que sobe para 31 ocorrências no país, além de outros oito investigados – com maioria sendo na espécie trinta-réis-de-bando. Até o momento não foram detectados casos em animais domésticos.
Apesar da situação, não houve alterações no status brasileiro de livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). A razão seria porque os casos ocorreram apenas com animais silvestres, sem nenhum registro na produção comercial. Por isso, a vice-presidente da região Centro-Oeste da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputada federal Marussa Boldrin (MDB), não vê riscos de embargo das exportações.
“O trabalho de prevenção feito no Brasil e no estado de Goiás é bem severo”, apontou a parlamentar, em entrevista para o Jornal Opção. “Os protocolos exigidos são rígidos e nós temos empresas que exportam para mais de 100 países. Existe uma preocupação, mas está sendo trabalhada entre o Governo e as entidades que representam o setor, todos atentos ao que está acontecendo”, completou.
Segundo a parlamentar, a situação atual é diferente do embargo da carne bovina, em fevereiro. Na época, a China suspendeu as importações por conta de um caso de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como mal da vaca louca no Pará. “Até o momento foram casos apenas em aves migratórias silvestres, mas existe uma preocupação porque isso é um problema internacional e esse vírus espalha rapidamente”, afirmou.