Marcelo Miranda: “Chega de reclamar. Vamos é trabalhar pelo Tocantins”
21 março 2015 às 08h41
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O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), fez uma visita cordial ao Jornal Opção na tarde de sexta-feira, 20. Despojado e sem assessores, o peemedebista falou sobre o rombo de aproximadamente R$ 5 bilhões deixados pela gestão passada, a expectativa para os próximos meses e o foco que pretende dar à nova administração.
De pronto, Marcelo destacou que não pretende ficar lamentando a situação precária em que recebeu o Estado: “Tinha consciência do tamanho descontrole financeiro. Mas, chega de reclamar. O que eu quero é trabalhar pelo Tocantins”. Com a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015 finalmente aprovada, o governador pretende dar início ao plano de recuperação do Estado. “Conseguimos resolver a questão do Igeprev, estamos, aos poucos, recuperando os créditos perdidos, trazendo investimentos privados e fechando parcerias com grandes bancos, como o Banco Mundial”, adiantou ele.
A grande aposta do peemedebista será no desenvolvimento das hidrovias: “A Araguaia Tocantins já é uma realidade. Temos o Ecoporto Praia Norte que já é navegável e começamos vislumbrar uma nova maneira de escoar nossos produtos”.
No entanto, apesar de otimista, Marcelo reconhece que o caminho será longo e acredita que este primeiro ano será de ajuste. “O problema dos servidores, por exemplo. Estamos, aos poucos, chegando a um denominador comum. Recebemos o Estado com a folha de pagamento já atrasada. Quer dizer, este ano vamos pagar 14 folhas… Estou em dia com o servidor público. Agora, continuaremos a dialogar”, explica. Questionado sobre uma solução para o momento delicado por que passa o Tocantins (e todo o Brasil), Marcelo resume: “É enxugar a máquina e cada secretário entender que o momento é de se recolher. É preciso fechar a torneira”. A entrevista completa estará disponível na edição on-line do Jornal Opção.
“Game of Thrones” versão Goiânia: PUC x UFG
Nem na série norte-americana “Game of Thrones” um assento é tão disputado. Alunos da UFG se envolveram em uma polêmica após levarem uma cadeira — feita de madeira, entalhada com o brasão da então República dos Estados Unidos do Brasil e carregada de simbolismo — de dentro do Centro Acadêmico de Direito da PUC Goiás.
As teorias quanto à procedência e posse do móvel são diretamente proporcionais ao tamanho da confusão que foi causada após o fato. Enquanto os alunos da Federal alegam que apenas foram buscar algo que lhes pertence por direito, os estudantes da PUC falam em crime. Até agora, nenhuma das duas universidades se pronunciou sobre o caso. E a “guerra” continua…
Novo Pacote anticorrupção criminaliza caixa-2
A presidente Dilma Rousseff (PT) lançou o tão esperado — e promessa de campanha — “pacote anticorrupção”. Após as manifestações do domingo, 15, o governo federal respondeu com medidas como a tipificação do crime de caixa 2 e a elaboração de um projeto de lei que institui a obrigatoriedade de ficha limpa para todos os servidores públicos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Pela proposta, quem for condenado poderá ser sentenciado à reclusão de três a seis anos. Um ponto interessante é que a punição será estendida aos doadores – inclusive responsáveis por doações de pessoas jurídicas – e aos partidos. A proposta prevê ainda aplicação de multa de cinco a dez vezes sobre o valor doado e não declarado, proporcional aos crimes praticados por pessoa física, jurídica ou partido que se aproveitar das condutas ilícitas. Será que passa?
Novo aeroporto de Goiânia fica pronto em novembro
Durante o evento de lançamento das obras do BRT Norte-Sul em Goiânia, Dilma Rousseff (PT) anunciou também a entrega do novo terminal do aeroporto da capital. De acordo com a presidente, as obras vão ser retomadas no dia 6 de abril e concluídas até novembro.
“Estamos chegando quase ao final dessa obra e não poderia deixar de passar a oportunidade e dizer que trago uma boa notícia: as obras do pátio e da pista que foram abandonadas lá atrás, vão ser iniciadas na primeira semana de abril, mais especificamente no dia 6 e devem ser concluídas em novembro”, comemorou.
Falou até que “cobrará” do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha. No que se refere a prazos, o governo Dilma nos dá pouca esperança.
Prefeito de Goianira é afastado e tem bens bloqueados
O prefeito Randel Miller de Assis Santos, Miller (PP), e o secretário de Infraestrutura e Transporte, Belchior Augusto Caetano, foram afastados de seus cargos por 30 dias. Na sexta-feira, 20, o TJ-GO divulgou a decisão da juíza Fláviah Lançoni Costa Pinheiro, que também pediu o bloqueio dos bens de ambos.
Eles são acusados de improbidade administrativa por contrato temporário de prestadores de serviços sem autorização legislativa e realização de processo seletivo simplificado.
Além disso, foram constatados vestígios de que houve contratação de servidores para cargos não autorizados pela norma legal, contratos temporários celebrados antes da publicação, vigência do conjunto normativo e ausência do processo seletivo simplificado legalmente exigido.
O Jornal Opção tentou contato com o prefeito de Goianira, mas as ligações não foram atendidas.
Dilma, Marconi e Paulo Garcia: pela tolerância

A visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Goiânia pode ser definida em uma palavra: republicanismo. Pelo menos é o que pregaram as três grandes estrelas do evento. O anfitrião, prefeito Paulo Garcia (PT), elogiou o governador Marconi Perillo (PSDB), que por sua vez elogiou a presidente Dilma, que elogiou Paulo Garcia, que foi elogiado por Marconi.
Para o lançamento das obras do BRT Norte-Sul, um forte esquema de segurança foi montado nas proximidades do Paço Municipal, justamente para isolar Dilma de possíveis protestos. No entanto, quem acabou sendo hostilizado foi o governador — só puderam participar da solenidade pessoas cadastradas pela prefeitura, do PT.
Resultado: Marconi subiu ao púlpito, calou os críticos e proferiu um discurso caloroso: “Onde quer que eu esteja, presidente, conte comigo. Não à intolerância e pela democracia!”, clamou o tucano antes de ser ovacionado.
Entre aspas
“Prefiro ser chamado de mal educado que de achacador”
Ex-ministro da Educação Cid Gomes ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante sessão que lhe custou o cargo