Fernando Honorato Souza diz que SGPA precisa mostrar para a sociedade goianiense que tem importante função social
15 outubro 2014 às 17h38

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Se eleito, o médico e empresário pretende fazer o cartão SGPA para associados que dará descontos para compras e serviços, além de abrir o Museu Agropecuário para o público em geral

O médico, empresário e produtor rural Fernando Honorato Souza é um dos candidatos à Presidência da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA). As eleições vão ocorrer na próxima segunda-feira, 20 e a chapa liderada por ele — SGPA para os Sócios — pretende implementar políticas voltadas para a valorização dos mais de 5 mil associados além de buscar novas formas de renda para o Parque de Exposições da Nova Vila, em Goiânia. Segundo o candidato, a SGPA tem 72 anos de história e precisa se aproximar mais da sociedade goianiense ao mostrar que tem função social.
Em entrevista ao Jornal Opção Online na quarta-feira, 15, Fernando Honorato Souza falou sobre os projetos que pretende implantar, como o cartão SGPA para sócios, novas formas de renda e exploração racional do Parque de Exposição, a reestruturação do SGPA Mulher, o fomento de intercâmbio entre produtores rurais de Goiás para a efetivação de negócios em países e a abertura do Museu Agropecuário para o público em geral.
Quais são as principais propostas da chapa SGPA para os Sócios?
Queremos os associados para dentro do Parque de Exposições, ou seja, para casa dele. A SGPA é um clube, portanto os associados têm direitos aos serviços que a associação oferece o ano inteiro. Essa é a intenção primordial para nós. Queremos também defender os interesses de nossos associados fora da SGPA, como por exemplo, resguardar os pontos de vista do produtor rural em relação ao novo código florestal.
O senhor tem algum plano para a área do Parque de Exposições Agropecuária de Goiânia?
Isso é uma coisa que tem que ficar bem claro. Aquela área foi uma doação da família do Dr. Altamiro de Moura Pacheco, sendo a metade, e a outra parte foi doação do governo estadual. Todas as duas doações tem finalidade de ser um parque de exposições. Se esse parque amanhã, ou depois, perder a função de ser de exposições, ele tem que voltar para a origem. Não temos como neste exato momento negociar aquela área e com o dinheiro da venda fazermos um novo parque. O que essa diretoria pretende? Se capitalizar, fazer com que o parque renda divisas para ele, para não ficar dependente do evento da Exposição de maio, para aí sim, construir um parque com recursos próprios. Há uma dificuldade dos governos estaduais e municipais. Como vamos exigir deles R$ 150 milhões e ainda devolver a área de quem de direito é. O Parque deve continuar prestando serviço para SGPA e nós devemos ter condições financeiras para construir um parque com estrutura para atender principalmente a agricultura. Atualmente, a pecuária é muito bem alojada lá dentro do Parque de Exposições da Nova Vila, mas a agricultura ficou meio capenga por falta de espaço físico. E o que nós pretendemos fazer? Nós temos uma área que fica na saída para Santo Antônio de Goiás, que tem lá 15 alqueires. Pretendemos abrir lá o polo para a agricultura. Durante a exposição, o associado vai e conhece as máquinas agrícolas e demais inovações e pode conferir ela plantando e colhendo em nosso campo.
Uma das propostas de sua chapa é a criação do cartão SGPA para sócios, que daria aos associados descontos em farmácias e demais serviços e estabelecimentos. Como seria viabilizado este cartão?
Vai ser como um cartão fidelidade que para SGPA terá custo zero. Nós vamos conversar com algumas empresas, algumas inclusive, já estão em negociação para que a carteira da SGPA seja o cartão de desconto dele. Outra ideia é o ponto de encontro do agropecuarista sócio da SGPA. Fazendo uma alusão, seria como o Café Central. Nós juntamos três ou quatro amigos, conversamos sobre a arroba do boi e outros assuntos relacionados, e daí pode surgir um negócio. É um ponto de apoio onde acaba saindo um bom negócio e o associado se sente seguro. A ideia é essa, a SGPA ser um ponto de referencia para o sócio.
Outra proposta seria o fomento do intercambio global cultural e de negócios entre Goiás e os outros países. Como seria isso?
Isso já tem uma semente plantada. Na exposição de maio deste ano vieram 12 embaixadas para Goiás. Nós fizemos negócios com a Bélgica, com a Indonésia, com a Coreia do Sul, Alemanha, Vietnam e Cabo Verde. Começamos um negócio com esses países. Nossa maior dificuldade não é produzir é comercializar. Precisamos agregar valores e acho que, com esse intercambio internacional nós conseguimos fazer uma ponte com Goiás lá fora.
Como seria a proposta da reabertura da SGPA Mulher? Ela já existe e estaria desativada?
Não é que está desativado. A ideia antigamente era voltada a esposa do sócio. Mas hoje a mulher está inserida no mercado de trabalho temos na nossa própria chapa cinco mulheres que são da área agropecuária, são pessoa ativas. A mulher deixou de ser do lar e passou a ser junta do produtor rural. Não queremos mais a SGPA Mulher como um clube social, mas sim mulheres empreendedoras que fazem parte da SGPA.
Como seria a proposta do Museu Agropecuário?
Outra coisa que precisamos fazer é agregar o serviço da SGPA, junto com a comunidade. Temos este museu que conta toda nossa história, como a viagens de carro de boi, a produção de açúcar, de roupa, aliás, a exposição de maio teve a presença de fiandeiras mostrando como é que fiava o algodão cru para transformar em roupa. Isso tudo é história goiana. É uma forma de trazer a comunidade para dentro do Parque de Exposições. Nós fizemos a reforma do tatersal de elite. Hoje nós já temos eventos até janeiro do ano que vem: formaturas, encontros religiosos, festas e confraternizações. Temos a ideia de fazer um campeonato infantil amador lá dentro do parque para a comunidade. Pretendemos devolver para SGPA a feira do produtor. Precisamos mostrar para a sociedade goianiense que a SGPA tem uma função social importante.