Jornalistas foram agredidos por manifestantes nessa sexta-feira, 6, durante o desmonte de um acampamento de bolsonaristas em Belo Horizonte (MG). Vídeos que circulam na internet mostram quando uma mulher com a bandeira do Brasil enrolada no pescoço tenta derrubar o equipamento de filmagem de um profissional da imprensa.

Depois disso, outros manifestantes que discordavam do desmonte do acampamento começaram a agredir os demais profissionais. Daí em diante a confusão teve direito a empurra-empurra, pancadaria e gente caindo no chão.

Esse não é o primeiro caso de agressão à imprensa após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Há registros de casos parecidos em pelo menos outros estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul. Só em Minas Gerais já é a segunda ocorrência do tipo.

Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) afirmou estar preocupada com as recentes agressões a jornalistas. “Os acampamentos bolsonaristas viraram zona de risco para profissionais da imprensa desde o resultado do segundo turno das eleições, quando levantamento conjunto da FENAJ e da Abraji apontaram 70 episódios de agressão contra a categoria no país”, cita trecho do comunicado.

A Fenaj pediu que as autoridades de segurança pública estaduais reforcem a vigilância em atos antidemocráticos e recomendou ainda que os veículos de comunicação só pautem a cobertura desses acampamentos se garantirem a segurança de seus profissionais. O órgão recomendou que os profissionais agredidos registrem boletim de ocorrência.