Saiba quem é Rogério Cardoso, nutrólogo que atenderá Bolsonaro nesta sexta

Conhecido como Doutor Bumbum, o nutrólogo Rogério Cardoso fala em entrevista exclusiva ao Jornal Opção sobre acusação de integrar quadrilha que fraudava vestibulares e conta porque decidiu se capacitar na área de remodelação glútea.

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Rogério é um dos nutrólogos mais conhecidos de Goiânia. Possui mais de 48 mil seguidores nas suas redes sociais, que anunciam a promessa da longevidade e do corpo “perfeito”. Esse especialista em nutrologia, emagrecimento e hipertrofia deve atender o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira, 18, para ajudar o ex-capitão em seu processo de emagrecimento.

Doutor, você gostaria de esclarecer algo sobre o processo que divulgamos ontem que mostra a acusação do MPGO sobre uma possível associação a quadrilha de fraude em vestibulares?

Eu não tenho muito que esclarecer em relação a essa acusação. O processo tramita em segredo de justiça, e dentro do processo, não há nenhuma prova. Estou extremamente tranquilo em relação a isso. Nem lembrava, porque aconteceu em 2017, 2018. E, além disso, essa acusação envolve meu pai. Existe a questão de parentesco e dos nomes parecidos, mas não existe qualquer relação minha. Você pode olhar, não aparece foto minha, não aparece o nome meu, não aparece nada.

Na verdade, aparece o seu pai, apontado como líder do esquema, e o seu nome aparece como participante.

Os participantes, concorda comigo? Eu estava morando no sul de Minas onde me formei à época desses eventos e ficava praticamente um ano sem encontrar meu pai. Às vezes nos encontrávamos em algum almoço ou feriado. Agora falam em ligação porque supostamente estou passando um feriado na casa de uma pessoa que está sendo investigada como um chefe de uma organização?

Então seu pai era chefe dessa organização?

Não sei dessa questão de ser chefe, e de nada. É a justiça que tem que deve provar isso. E, esse processo já tem seis anos e não conseguiram provar nada. Continua em aberto. Na época meu pai foi até preso, uma prisão preventiva, mas soltaram porque não tinha sustentação para mantê-lo na cadeia. Quando a justiça pede a prisão preventiva, é porque acredita que a pessoa pode atrapalhar na investigação, mas nem sempre é aquela pessoa 100%. Não se diz comprovado, se diz acusado.

O senhor é um dos médicos mais conhecidos de Goiânia na área de nutrologia, certo?

Então, exatamente por isso preciso falar em relação ao meu nome. Sou conhecido pelo trabalho que faço, pela minha humildade e humanidade. Eu não deixei de aprender com ninguém, faço inúmeras ações sociais. Vivo fazendo procedimento em paciente que não tem condição de pagar. E, eu não divulgo isso com intenção de me autopromover, todo mundo que está no meu redor sabe. Eu tenho minha consciência tranquila com relação a esse processo (dos vestibulares) e não tenho envolvimento com ele. Se vocês tivessem acesso a esse processo, tivessem lido ele, veriam isso. Não sei de onde partiu a ideia dessa reportagem. A gente faz um trabalho legal, e as pessoas conhecem. Só que o pessoal da medicina com os outros colegas médicos, eles não aceitam o crescimento do outro. Já fui vítima de inveja, sabe? Além disso, acredito que essa história também teve ligação com a vinda do Bolsonaro. É uma pessoa que vive sob ataque da imprensa.

Na época dessa acusação, ela interferiu de alguma forma com relação à sua formatura em medicina?

Não interferiu em nada. Quem me tornou médico foi a faculdade e se eles tivessem entendido que havia ilegalidade, eles não me manteriam nela.  Eu nunca fui nem chamado na faculdade nessa época desse ocorrido. Olha que foi uma proporção muito grande e não fui nem chamado. Com certeza os advogados da faculdade puderam olhar o processo e falar: “eu não vou incomodar esse cara, é ótimo aluno, preceptor de outros”. Para você ter noção, a gente precisa de mais de 200 hora extras para poder formar, e eu tinha 800, quase 900 horas.

Inclusive, doutor Rogério, uma das alegações de sua defesa foi que você não atuava como nutrólogo, mas eu encontrei um registro antigo seu no Hospital Vital e eles informaram que o senhor era nutrólogo. Tá errada a minha informação ou sua especialidade é outra?

Não, é isso mesmo.  Eu não fiz residência de de UTI, que é medicina intensiva, mas eu tenho quase 3 anos de experiência de UTI. Já fui coordenador de UTI. Eu sou médico intensivista, sei fazer qualquer coisa que você imaginar dentro de uma UTI. Consegui uma oportunidade com um dos dos principais gestores de UTI de São Paulo, que é o doutor Anis. Ele logo me conheceu, conquistei ele já me colocou na coordenação da Santa Casa de Amparo, hospital metropolitano de Campinas. Quando eu voltei para Goiás, fui coordenador da UTI porque tenho uma experiência vasta intensiva. Só que em consultório, minha área é a Nutrologia.  De uns dois anos para cá, eu me tornei a principal referência em remodelação glútea. A nutrologia trabalha com performance, com melhor qualidade de vida. Meu grande público é mulher, mulher que quer definição, mulher que quer ficar mais bonita mais. Antigamente chegava um ponto que uma queixa frequente era o bumbum não evoluir. Eu faço acontecer a evolução.