Witzel optou pelo encerramento da sessão antes de senadores inscritos terminarem de fazer seus questionamentos. Eles propuseram então que fosse realizada uma outra reunião, mais reservada, para que Witzel terminasse de prestar esclarecimentos considerados importantes

Wilson Witzel presta depoimento na CPI da Pandemia. | Foto: Agência Senado.

Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro, pediu para deixar a CPI da Pandemia, após mais de 4 horas de depoimento nesta quarta-feira, 16. Segundo uma decisão do ministro Nunes Marques do Supremo Tribunal Federal (STF), Witzel teria o direito de ficar em silêncio e não firmar o compromisso de dizer a verdade, podendo ainda se retirar da sessão assim que quisesse. 

Devido a isso, o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que não poderia fazer nada diante da decisão do ex-governador do Rio de Janeiro de acabar com o depoimento mesmo antes de responder às perguntas de todos os senadores. Os presentes na reunião sugeriram então que fosse realizada uma oitiva reservada com Witzel, uma vez que consideram que ele ainda tem informações importantes para dar. 

O ex-governador, que é réu em um processo de corrupção e lavagem de dinheiro, concordou com a proposição e afirmou que fará questão de apresentar novos elementos durante a reunião reservada, vindo a explicar inclusive os motivos que levaram ao seu rompimento com a família Bolsonaro, o que segundo ele, foi motivado por fatos graves.