Sobre o escalonamento proposto pela prefeitura de Goiânia, para evitar aglomerações, Fileti acredita que novo decreto deve abafá-lo

O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, considera que o novo decreto que prevê medidas de contenção da pandemia do coronavírus no estado de Goiás pode ocasionar “extinção de faturamento”, sobretudo nos segmentos de comércio e serviços.

Fileti afirma que a tratativa que teve com o governador Ronaldo Caiado (DEM), na tarde desta terça-feira, 12, “não foi uma boa reunião”. Os rumores é que o decreto estabeleça fechamento de setores considerados não essenciais da economia nas 30 maiores cidades do estado. Locais onde os números de Covid-19 tem crescido nas últimas semanas.

“Infelizmente, o governador já tem o decreto pronto. Toda aquela batalha que tivemos nos últimos 60 dias foi por água abaixo. Voltamos novamente ao essencial. Passamos todas as nossas solicitações, inclusive que seríamos mais rígidos, com as medidas sanitárias. Mas já está decidido”, aponta.

Fileti prevê que o impacto das novas medidas de contenção, semelhante àquelas do primeiro decreto, de 15 de março, vá impactar de maneira forte o setor produto. “Haverá extinção de faturamento. Muitas empresas vão fechar as portas e teremos demissões em massa”, alerta.

Escalonamento

Sobre o escalonamento proposto pela prefeitura de Goiânia, como alternativa para evitar grandes aglomerações sobretudo no transporte público, Fileti salienta que o decreto estadual deve abafá-lo.

Caso haja ainda a possibilidade de ser feito, o presidente da Acieg considera que é frágil, já que coloca nas mãos dos comerciantes a fiscalização mais bruta sobre a movimentação na cidade. Seria, assim, com pouca efetividade.

Os representantes da entidade esperam que haja antecipações por parte do governo estadual ou mesmo suporte de financiamento para as empresas e serviços do estado para suportarem a crise provocada pelo coronavírus.