Vereador entende que Prefeitura de Goiânia quer industrializar sistema de multas ao impor aos cidadãos apenas opção de ato infracional

Vereador Felisberto Tavares | Foto: Alberto Maia/Câmara de Goiânia

Segundo o vereador Felisberto Tavares (PR), o usuário do Aeroporto Santa Genoveva tende a ser penalizado com a instalação de câmeras de monitoramento, por parte da Prefeitura de Goiânia, nos estacionamentos de embarque e desembarque.

“As vias locais estão com sinalização de proibido estacionar. Se tirar as vagas do embarque e desembarque, fica impraticável buscar alguém no Aeroporto de Goiânia”, diz Felisberto Tavares.

O vereador interpreta o recado do Paço goianiense como tentativa de industrializar o sistema de multas nos arredores do local. “Obriga as pessoas a estacionarem no local pago, cujo preço é R$ 20 por hora. É desproporcional. Tem vaga para taxista, mas não para motorista de aplicativo, por exemplo. Como ele vai fazer para buscar passageiro?”, questiona Tavares.

O local onde funciona um estacionamento privado, cedido pela administração municipal a um permissionário, pode ser obrigado a cobrar preços razoáveis pelo uso rotativo das vagas, caso uma discussão sobre o preço avance na Comissão de Direitos do Consumidor da Câmara Municipal de Goiânia. Tavares conseguiu um companheiro para levar o debate a Assembleia Legislativa de Goiás: deputado Amilton Filho (SD).

“O permissionário pode explorar o estacionamento, mas a um preço razoável. A prefeitura quer implantar a indústria da multa ao não dar outra alternativa ao cidadão. Querem dar uma opção ao cidadão: a infracional”, lamenta Tavares.