Para Aava Santiago (PSDB), momento é de fortalecimento do diálogo dos partidos e das ideias

Aava Santiago | Foto: Fernando Diniz / Câmara Municipal


A vereadora Aava Santiago (PSDB) avaliou em entrevista ao Jornal Opção, a possibilidade de possível composição ou formação de frente ampla dos tucanos com o PT para trabalharem contra o governo Caiado no ano que vem. “Eu acredito que o momento é de fortalecimento do diálogo dos partidos e das ideias que transitam dentro do campo democrático”, disse.

O presidente do PSDB em Goiás, o ex-governador José Eliton não descarta a possibilidade de uma aliança com o PT a nível estadual para enfrentar o atual governador Ronaldo Caiado (DEM) na disputa em 2022. Ao Opção, a vereadora Aava Santiago declarou que, “dialogar não significa eliminar as diferenças, pelo contrário significa fortalecer uma arena democrática onde essas diferenças possam germinar e conviver harmonicamente sobretudo de forma republicana. Acredito que o caminho é esse, que todos os partidos que tiverem interessados em conversar para defender a democracia, a ciência e a vida podem sim criar uma agenda em comum”, afirma.

Perdas para a sigla

Questionada se um essa possível aliança pode culminar em perdas para o partido, a vereadora avalia que as coisas mudaram desde 2018. “De lá para cá muita coisa mudou e essa mudança é muito favorável para o partido, é um momento em que o partido está na oposição e tem condições de se reposicionar e trazer de volta com força total a agenda da social democracia que é uma luta contra as desigualdades. Vejo que se houver alguma perda, será compensada pelas pessoas que podem agregar nessa nova caminhada do partido nesse tempo de reposicionamento”, disse Aava.

Na avaliação da vereadora, o encontro dos exs-presidente Lula e o Fernando Henrique Cardoso (FHC),  não foi um ponto de partida, “mas já um resultado de conversas que vinham amadurecendo nos estados a muito tempo”, e continua ao citar sua relação com o também vereador Mauro Rubem do PT: “Temos nossas diferenças, mas conseguimos convergir para o que é prioridade”, diz.

Para Aava, as sinalizações veem desde 2018. “Essas sinalizações dessas possibilidades vem entendendo que as nossas grandes ameaças estão hoje em Goiás, no governo Caiado e nacionalmente no governo Bolsonaro, já vinham ocorrendo e agora estão se consolidando e dando sinais mais públicos de que tem tudo para acontecer e dar certo”, afirma.

Resistência partidária

Para a vereadora é natural que haja resistência de ambos os lados. “Acho que há resistência em quadros dos dois partidos. Porque são partidos que historicamente antagonizaram dentro do campo democrático e essas resistências são naturais. Isso não é um movimento para excluir essas diferenças, as críticas, é um movimento para que nos pontos de convergências a gente consiga reforçar e fazer uma aliança em prol do Brasil” pontua.

Ao concluir, Aava cita que o momento agora é de posicionamento da agenda política. “A discussão sobre candidaturas e sobre composições é ainda prematura é preciso que o eleitorado goiano consiga identificar quem são os atores políticos que aglutinam em torno de um projeto”.