Em meio a um mandato que pode ser breve, o suplente Marcos Antonio (PDT) assumiu a cadeira na Câmara Municipal de Goiânia após o titular Juarez Lopes (PDT), além do primeiro suplente Guilherme Graus (PDT), terem se licenciado para disputar as eleições municipais em 2024.

Apesar do curto período que tem pela frente, Marcos Antonio já definiu suas prioridades. “Quando fui candidato, tinha traçado três linhas de atuação para Goiânia: uma cidade mais justa, mais solidária e mais sustentável. E é isso que vou tentar implementar nesse tempo que me resta”, afirma.

Antonio, que vê no parlamento uma oportunidade de retomar discussões que, segundo ele, ficaram paralisadas nos últimos anos, acredita que o foco da gestão anterior em questões burocráticas e embates internos impediu o avanço de pautas essenciais para a cidade. “Nós tivemos uma gestão ligeiramente conturbada, e o parlamento ficou ocupado com essas demandas”, critica, referindo-se a impasses administrativos que desviaram a atenção de projetos relevantes.

Entre suas principais propostas, o vereador destaca a criação de uma lei que torne a coleta seletiva obrigatória e permanente em Goiânia. “Queremos colocar os catadores de recicláveis no centro desse debate. Eles prestam um serviço à sociedade e não recebem por isso. É uma questão de justiça”, pontua.

Outro foco é a implementação de uma política municipal de economia solidária. Antonio acredita que é preciso criar mecanismos para apoiar empreendedores que lutam para se estabelecer na cidade. “Nossa ideia é fomentar uma economia mais solidária e circular, ajudando aqueles que têm uma iniciativa empreendedora, mas encontram dificuldade de acesso a crédito e outros recursos”, explica.

Apesar do pouco tempo de mandato, o vereador interino se mostra otimista. “Sei que o prazo é curto, mas acredito que há tempo para tramitar algumas dessas propostas. Queremos pavimentar o caminho para que o próximo prefeito, independentemente de quem seja, encontre as bases para continuar esse trabalho”, declara.

Questionado sobre a duração de seu mandato, Antonio admite que ainda é incerto. “O vereador titular está licenciado para a eleição, e eu não sou candidato. Vai depender de uma reflexão a ser feita com ele e com o PDT nos próximos dias”, diz. Mesmo sem garantia de permanecer até o fim do ano, ele reforça seu compromisso. “Estou aqui para fortalecer o projeto do partido e entregar uma atuação parlamentar de qualidade”, finaliza.

Para o vereador, as propostas que agora leva ao parlamento são fruto de uma escuta com a população e de compromissos assumidos há anos, que ele pretende, mesmo em curto prazo, começar a colocar em prática.

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