Veneno de cobra brasileira possui molécula capaz de inibir o coronavírus
26 agosto 2021 às 11h51

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A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara (SP)

Foi identificado na molécula da cobra jararacuçu uma proteína capaz de inibir em 75% a multiplicação do coronavírus. O estudo foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara (SP).
O teste foi aplicado em células de macaco e aconteceu no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), onde há uma amostra isolada do coronavírus. Com esse resultado, é possível pensar medicamentos para tratar a Covid-19 usando essa proteína.
Os estudos mostraram que essa proteína encontrada bloqueia a PLPro, uma das enzimas presentes em todas as cepas do coronavírus e que faz com que ela se multiplique no corpo dos indivíduos. Dessa forma, é possível que a molécula da cobra consiga ser eficaz no tratamento de todas as variantes do SARS-CoV-2.
A iniciativa de estudar a proteína da cobra, surgiu após os cientistas do Instituto de Química da Unesp descobrirem que a molécula tinha ação antibacteriana. Agora o estudo seguirá nas fases de testes para ver se os cientistas conseguem desenvolver o medicamento que atue diretamente no tratamento da patologia e não gere reações adversas.
A pesquisa foi publicada na revista científica internacional Molecules.