Vai comprar presente no final do ano? Procon Goiás dá dicas para não se endividar
13 dezembro 2023 às 16h27
COMPARTILHAR
O Procon Goiás fez uma série de recomendação e orientações para evitar o endividamento dos consumidores nas compras de final de ano. Com o pagamento do 13º e a chegada das festividades, o consumidor tende a gastar mais com presentes, confraternizações e produtos festivos. Soma-se isso aos gastos com férias e compromissos anuais, como renovação de matrícula, compras de materiais escolares e pagamentos de IPVA e IPTU, o risco de contrair uma dívida aumenta.
Superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Cornélio, pontua que a principal estratégia é o planejamento financeiro. “Esse período é um convite ao consumismo desenfreado. Nossa dica é: viu algo interessante e quer comprar? Saia da loja, vá para casa e pense um pouco. Analise se é um produto que você realmente precisa, se o preço está bom e, principalmente, se cabe no seu bolso”, afirma.
Cartão de crédito é o principal vilão
Com 71,9 milhões de inadimplentes, o cartão de crédito é o maior vilão dos consumidores, se as compras não forem feitas com cuidado e planejamento. O órgão indica a pesquisa de preços em diferentes locais, sejam em lojas físicas ou online, e avaliar melhores ofertas.
O indicado é consultar preços em pelo menos três estabelecimentos diferentes. É importante entender a variação de preços entre as lojas, além de considerar os custos de frete ou deslocamento até a loja, o que pode resultar em uma economia significativa no seu orçamento.
O superintendente do Procon Goiás também alerta para o uso do cartão de crédito. De acordo com pesquisa recente do Instituto Locomotiva, o cartão é a principal dívida para 60% das pessoas que estão inadimplentes. “Essa costuma ser a saída para quem quer comprar algo que, no momento, não consegue adquirir, mas sabe que parcelando se dá um jeitinho. Um dos perigos disso é já começar o ano com dívidas pendentes e um risco bem alto de não conseguir pagá-las”, afirma Levy Rafael.
13º pode ajudar a pagar dívidas
O ideal, segundo Levy, é utilizar o valor extra recebido através do 13º para quitar boletos atrasados ou o pagamento de dívidas. Outra utilização do 13º é o pagamento a vista para ter descontos. Para os pagamentos à vista, muitas empresas fazem renegociações excelentes. Recorra ao 13º para isso, se for o caso, mas tente não jogar prestações para o ano que vem. Seu saldo bancário agradece”, indica.
Superendividados
Para o consumidor que necessitar de ajuda, o Procon Goiás possui o Núcleo de Apoio e Atendimento aos Superendividados. O departamento está disponível para auxiliar os consumidores superendividados, que são aqueles que não conseguem quitar suas despesas sem comprometer o básico para sobreviverem.
O Núcleo realiza audiências de conciliação entre consumidores e credores, com a proposta de repactuação das dívidas, desde que seja mantido o mínimo existencial. Durante a audiência, as partes poderão chegar a um acordo para a quitação da dívida à vista, geralmente com descontos oferecidos pelos credores, o que dará aos consumidores o direito de solicitar a retirada de seu nome do cadastro dos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa.
O consumidor em situação de superendividamento deve procurar a sede do Procon Goiás e passará por uma triagem. “Após o atendimento inicial, a equipe entrará em contato com os credores para saber se há interesse em fazer a negociação para o agendamento de uma audiência de conciliação. É preciso apresentar documentos pessoais, comprovante de renda individual e familiar, além do demonstrativo das dívidas”, explica o coordenador do núcleo, Antônio Carlos Ribeiro.
Quem necessitar entrar em contato com o Núcleo de Atendimento ao Superendividados, o telefone é o (62) 3201-2891. O consumidor endividado também poderá buscar atendimento presencialmente na sede do Procon Goiás, que fica na Rua 8, esquina com Rua 3, no Centro de Goiânia.
Leia também:
Procon autua 22 empresas por irregularidades contra o consumidor na Black Friday em Goiás
Procon Goiânia aponta variação de até 227,20% nos preços de produtos da cesta básica