Segundo o estudo da Síntese de Indicadores Sociais, maior percentual deste grupo está localizado nos estados do Sudeste. Já a minoria é encontrada em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul   

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“Geração nem-nem” é minoria no Centro-oeste (6,7%) | Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

Um em cada cinco jovens brasileiros entre 15 anos e 29 anos (20,3%) não estudava nem trabalhava no ano passado. O dado é da Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quarta-feira (17/12). De acordo com o instituto, a faixa etária que mais concentra os chamados “nem-nem” é a de 18 anos a 24 anos, em que 24% da população não estão nas escolas nem no mercado de trabalho.

Ainda segundo o estudo, a maioria, cerca de 44% dos jovens dessa faixa etária só trabalha. Já a porcentagem de brasileiros nesta mesma faixa etária que só estuda é de 22,7%. Os jovens de 15 a 29 anos de idade são um quarto da população brasileira e estão em metade das casas das famílias brasileiras.

A taxa de jovens do Sudeste entre 15 a 29 anos que não trabalham ou estudam é de 37,9%.  Entre os jovens do Sudeste, o número é 35,2%. A “geração nem-nem” é minoria no Norte (10,6%), Sul (9,6%) e Centro-Oeste (6,7%).

O estudo comparou ainda o mercado de trabalho de 2013 com o de 2004. Segundo a análise, neste período, a população de 16 anos ou mais aumentou 18,7%, mas a população economicamente ativa, ou seja, aquela que trabalha ou procura emprego, cresceu apenas 13,6%. A maior parte dessa população acabou se deslocando para a população não economicamente ativa que não trabalha nem procura emprego, gerando um percentual de 30,6%.

A pesquisa do IBGE revelou que a população total desocupada, em todas as faixas etárias, teve um crescimento maior (17,2%) do que a população ocupada (16,5%) no período. O emprego formal cresceu mais (47,8%) do que o informal (10,1%), mas o rendimento teve um crescimento mais expressivo nos trabalhos sem carteira assinada (51,8%) do que nos formais (26,7%).

As mulheres tiveram um desempenho melhor do que os homens no mercado de trabalho, com crescimento de 18,1% na população ocupada e 56% no emprego formal. Entre os homens, os índices de crescimento foram 15,3% e 42,4%, respectivamente.

**Com informações da ABC