“Ucrânia será destruída como Sodoma e Gomorra”, dispara vice da Rússia
25 agosto 2024 às 10h32
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O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, fez duras críticas na sexta-feira, 23, ao projeto de lei aprovado pelo Parlamento da Ucrânia, que visa banir uma facção da Igreja Ortodoxa Russa. Medvedev afirmou que essa legislação levará à destruição da Ucrânia, comparando o país a “Sodoma e Gomorra”.
Ele descreveu a medida como um “ato de satanismo”, acusando o Ocidente de apoiar essa ação para prejudicar a Rússia. “Esta história não será em vão. O país será destruído como Sodoma e Gomorra, e os demônios cairão inevitavelmente”, declarou ele no Telegram. “O castigo não virá num futuro distante, após a transição para o outro mundo. Pelo contrário, o castigo será terreno, cruel, doloroso e será cumprido em breve”, acrescentou.
Segundo Medvedev, a “história ignóbil” dos “cães neonazistas” que decidiram “proibir completamente a Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Moscou” teve início com o ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko, que em 2018 impulsionou a criação de uma Igreja Ortodoxa ucraniana independente de Moscou.
Medvedev expressou sua convicção de que a “verdadeira Igreja Ortodoxa nas antigas terras ucranianas brilhará na sua antiga grandeza”. O Parlamento ucraniano aprovou na terça, 20, um projeto de lei que proíbe uma facção da Igreja Ortodoxa Russa, vista por Kiev como um braço do regime de Vladimir Putin.
A medida afeta a Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), que anteriormente estava ligada ao Patriarcado de Moscou, cujo líder, Cirilo, tem demonstrado apoio à invasão russa desde fevereiro de 2022. Durante o conflito, a liderança da Igreja Ortodoxa Ucraniana rompeu formalmente com o Patriarcado de Moscou, mas o governo de Zelensky suspeita que alguns membros ainda colaborem com o Kremlin.
Paralelamente, o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoli Antonov, declarou que o presidente russo, Vladimir Putin, “tomou uma decisão” de punir severamente todos os responsáveis pela invasão ucraniana da região de Kursk. Ele afirmou que os invasores “serão eliminados”, e não apenas repelidos, conforme relatado pela agência Tass.
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