TSE mantém inelegibilidade de prefeito reeleito em Itajá e convoca novas eleições para 2021
21 dezembro 2020 às 11h33

COMPARTILHAR
Decisão acolhe parecer do Ministério Público Eleitoral que considerou Renis César de Oliveira inelegível por motivos funcionais, haja vista que estaria em seu terceiro mandato consecutivo

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, na última sexta-feira, 18, o recurso apresentado pelo prefeito reeleito de Itajá-GO, Renis César de Oliveira (DEM), contra o acórdão que indeferiu seu registro de candidatura. Com isso, o TSE manteve a inelegibilidade do prefeito reeleito pelo município.
A decisão acolhe o parecer do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) que considerou Renis inelegível por motivos funcionais, pois estaria em seu terceiro mandato consecutivo, o que é vedado pela Constituição Federal.
De acordo com o MP Eleitoral, ele foi eleito em 2012 ao cargo de vice-prefeito de Itajá, tendo substituído o prefeito à época, Luciano Leão. Tudo aconteceu no período de 28/04/2016 a 10/05/2016, ou seja, por 13 dias.
Ainda no ano de 2016, Renis foi eleito prefeito de Itajá, para exercer a função no período de 2017 a 2020. Este ano, requereu seu registro de candidatura para concorrer novamente ao cargo de prefeito da cidade, tendo sido reeleito.
O MP Eleitoral considerou que a situação de Renis Oliveira se enquadra na causa de inelegibilidade por motivos funcionais, prevista no artigo 14, § 5º, da Constituição Federal que estabelece que o presidente da República, os governadores de Estado e do Distrito Federal, os prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos, poderão ser reeleitos apenas para um único período subsequente.
Para o MP Eleitoral, como Renis, na condição de vice-prefeito, substituiu o titular nos seis meses antes do pleito eleitoral, somente poderia candidatar-se para um único mandato subsequente, o que se deu nas eleições de 2016. Assim, não poderia concorrer ao mesmo cargo nas eleições deste ano.
Com a decisão do TSE, Renis César de Oliveira não poderá tomar posse em 1º de janeiro próximo e novas eleições serão convocadas na cidade em 2021.