Marcos Delfino estava em comércio para comprar refrigerante. Ao presenciar criminosos com armas, reagiu e acabou sendo morto. Um suspeito se entregou no último dia 18

Cabo Delfino no momento em que atira contra suspeitos. Ele foi morto logo depois. Foto: Reprodução de Vídeo/Polícia Civil
Cabo Delfino no momento em que atira contra suspeitos. Ele foi morto logo depois. Foto: Reprodução de Vídeo/Polícia Civil

Uma troca de olhares seguida de discussão entre Andres Silva Santos, de 24 anos, Danilo Ferraz de Faria, 22, e um terceiro homem ainda não identificado resultaram na morte do cabo da Polícia Militar Marcos Antônio Delfino, de 46 anos, em uma distribuidora de bebidas no Setor Bairro Floresta, Região Noroeste de Goiânia. O crime aconteceu na noite da última sexta-feira (13/6), quando o agente estava acompanhado de dois filhos.

As informações foram coletadas em depoimento de Andres, funcionário da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), ao delegado-adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), Fábio Meireles Vieira. Com medo de ser morto, o jovem se entregou à polícia na tarde de quarta-feira (18), após três dias de negociações entre seu advogado e o delegado que investiga o caso. O servidor público municipal foi apresentado à imprensa na manhã desta sexta-feira (20).

Em entrevista ao Jornal Opção Online, o delegado explicou que no dia do crime Andres e Danilo foram ao local para colocar crédito no celular. Após a troca de olhares entre o último e a pessoa ainda não identificada, foi iniciada uma discussão.

Os dois sacaram as armas, o que causou a reação de Delfino, que atingiu Danilo por quatro vezes. O militar foi alvejado na coluna e, já caído no chão, foi atingido com cinco tiros na cabeça por Andres, que roubou a pistola e desferiu um chute na cabeça do cabo. O policial não resistiu aos ferimentos e morreu em frente à distribuidora.

Coletor de lixo na Comurg, Andres Santos foi a distribuidora para inserir crédito no celular e se envolveu em discussão. Ele acertou PM já caído no chão. Foto: Reprodução/Polícia Civil
Coletor de lixo na Comurg, Andres Santos foi à distribuidora para inserir crédito no celular e se envolveu em discussão. Ele acertou PM já caído. Foto: Reprodução/Polícia Civil

Danilo, foi preso em flagrante momentos depois no Cais do Jardim Nova Era, tinha sido condenado por roubo e estava em liberdade condicional. Já Andres tinha passagem por posse e uso de entorpecentes. As armas utilizadas foram dois revólveres 38. Meireles informou que ambos estavam armados por terem desafetos na região. Apesar da apresentação espontânea, Andres permanecerá preso, pois um mandado de prisão preventiva contra ele já havia sido decretado.