Político ficará inelegível por oito anos, mas sua vice, Maria Aparecida, acusada de estar envolvida no caso, poderá manter candidatura na chapa de Caiado

David Alves Teixeira Lima e Maria Aparecida dos Santos (Pros) | Foto: reprodução

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) julgou nesta terça-feira (8) o parecer do Ministério Público Eleitoral e decidiu manter a cassação do diploma do prefeito de Planaltina, David Alves Teixeira Lima, e de sua vice-prefeita, Maria Aparecida dos Santos (ambos do Pros). Eles foram acusados de compra de votos na eleição de 2016, de abuso de poder econômico e terão de pagar uma multa de R$ 30 mil cada.

Apesar da cassação do diploma dos dois políticos, apenas o David ficará inelegível por oito anos. Maria Aparecida dos Santos poderá, mesmo acusada de estar envolvida no caso, continuar como candidata a deputada federal na chapa de Ronaldo Caiado (DEM).

A vice-prefeita está com a vaga que era do deputado estadual Lincoln Tejota, que agora é candidato a vice de Caiado.

Caso

As investigações evidenciaram que David Alves Teixeira Lima fez promessas de empregos a ex-funcionários de companhia de transporte da cidade, de propriedade de Iroilton Nunes Pereira (também julgado).

Além disso, a empresa, que presta serviço público, veiculou, nos ônibus de transporte rodoviário que fazem a linha Planaltina–Brasília, material de propaganda eleitoral em favor do candidato.

De acordo com o procurador regional eleitoral, Alexandre Moreira Tavares dos Santos, “a reunião realizada com classe específica de ex-empregados de empresas de transporte, com a promessa de que caso o candidato fosse eleito eles seriam contratados, ofende a liberdade do voto e caracteriza captação ilícita de sufrágio”.