Trabalho escravo: apenas 4,2% dos que empregam são condenados no Brasil

27 janeiro 2021 às 13h24

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Segundo dados dos Relatórios Globais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Ministério do Trabalho já resgatou mais de 53 mil trabalhadores

Mais de 53 mil trabalhadores foram resgatados no Brasil pelo Ministério do Trabalho segundo dados dos Relatórios Globais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre os anos 1995 e 2018. Número corresponde a trabalhadores em situações análogas a escravidão e o pagamento de indenizações que somam mais de 100 milhões de reais.
Em pesquisa realizada pela Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas (CTETP) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram realizadas 3.450 operações de fiscalização de trabalho escravo, entre 2008 e 2019 e mais de 20 mil trabalhadores foram resgatados. Porém, apenas 112 pessoas foram responsabilizadas penalmente pelo crime, o que corresponde a 4,2% de todos os acusados.
Lista Suja
A chamada ‘Lista Suja’, impossibilita o empregador de conseguir créditos. De acordo com a inclusão de empregadores na lista suja por Estado 23,3% dos nomes vem do Pará; 11,8% de Minas Gerais e 11,7% do Mato Grosso. Maranhão e Tocantins representam, respectivamente, 7,7 e 7,5% dos empregadores incluídos na lista suja do trabalho escravo contemporâneo.