Mobilização é contra aumento para 50% da coparticipação de servidores no plano de saúde

Funcionários dos Correios temem Programa de Demissão Voluntária (PDV). Foto: Reprodução / Tânia Rêgo – Agência Brasil.

Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) podem entrar de greve até o fim do mês de janeiro. A razão é o descumprimento da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que definiu a coparticipação dos servidores em 30% no custeio do plano de saúde, o Postal Saúde. Os Correios aumentou o percentual para 50%.

“O percentual de 30% foi definido no julgamento do dissídio coletivo. Caso o ataque continue vamos paralisar as atividades no dia 30 de janeiro” afirmou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e suas Concessionárias, Permissionárias, Franqueadas, Coligadas e Subsidiárias no Estado de Goiás (Sintect), Edimar Ferreira.

O Sintect acredita que a decisão foi uma estratégia para que os funcionários saiam do plano de saúde. “A dívida do Postal Saúde hoje ultrapassa os R$ 300 milhões. Com isso, temos poucos profissionais credenciados e no interior a situação é ainda mais precária” completou o diretor.

Além disso, Ferreira denunciou que o último concurso para os Correios foi em 2011. Desde então muitos saíram e o quadro não foi recomposto. A ECT também anunciou um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para junho. De acordo com ele, essas são estratégias para convencer a opinião pública da suposta necessidade de privatizar.